Hoje foi mais um dia para matar um filme que os trailers dos cinemas nos deixou com vontade e depois a distribuidora desistiu de mandar para as telonas, e agora disponível para locação digital, eis que "Bons Meninos" entrega um misto de filmes de comédia forçada, aonde todo o besteirol acaba dominando, junto com a simplicidade de garotos pré-adolescentes como eles se definem, ou seja, é algo bem divertido, com um teor pesado sem forçar a barra, mas que certamente poderiam ir mais fundo na comicidade, pois preferiram manter o tom da briga de amigos mais para o fim, da desconexão comum da idade aonde cada um escolhe seu tipo, e com isso a trama que trabalhava algo mais cômico cai um pouco ao final, mas ainda assim foi bem sacado, com virtudes clássicas de filmes mais maduros, e que certamente funciona bem pela história junto do carisma dos garotos, pois talvez não funcionasse tão bem de outra forma.
A sinopse nos conta que depois de ser convidado para sua primeira festa de beijos, Max está em pânico porque não sabe como beijar. Ansioso por algumas dicas, Max e seus melhores amigos Thor e Lucas decidem usar o drone do pai de Max - que Max está proibido de tocar - para espionar (eles pensam) em um casal adolescente se beijando ao lado.
Mas quando as coisas dão ridiculamente errado, o drone é destruído. Desesperados para substituí-lo antes que o pai de Max chegue em casa, os meninos pulam a escola e partem em uma odisseia de decisões épicas ruins, envolvendo algumas drogas roubadas acidentalmente, paintball de fraternidade e fugindo de ambos, policiais e adolescentes aterrorizantes.
Em seu primeiro longa como diretor, Gene Stupnitsky até mostrou um bom serviço, trabalhando bem com o estilo de comédias absurdas, mas não ousou tanto como poderia, e como certamente os produtores desejavam, pois a trama tem uma pegada ousada por trás de tudo, e ele apenas dosou as piadas e as loucuras para o padrão dos garotos (o que foi certíssimo, pois se apelasse mais, iríamos assustar, e até traumatizar os jovens), mas ainda assim o resultado soou bem maluco e funcional, ao ponto de fazer rir bastante, principalmente pelas conexões inocentes e loucas dos jovens com apetrechos sexuais sem saber bem as finalidades, ou seja, sacaram bem alguns elos, e fizeram com que o filme fluísse, mas certamente poderiam ter ido além. Não digo que a direção de Gene tenha sido falha, mas talvez nas mãos de um diretor com maior experiência cômica o resultado talvez fosse ainda melhor.
Sobre as atuações, os jovens foram bem dinâmicos e cheios de estilo para com seus papeis, de forma que acabamos nos conectando bem a eles, e vendo que suas desenvolturas foram bem válidas, lembrando um pouco de diversos outros filmes. Jacob Tremblay sempre foi ótimo como criancinha em todos os filmes que fez, e aqui já começa a mostrar um estilo um pouco diferente com seu Max, de forma que até agrada bem, porém já não é mais aquele jovem brilhante e carismático que aparentava tanto, além de sua voz não combinar mais tanto com seu corpo, ou seja, se antes apostávamos bem as fichas nele, já não garanto tanto no futuro, mas ainda assim o jovem soube conduzir bem seus atos, trabalhar os momentos com estilo e resultar num bom protagonista ao menos. Tinha quase certeza de já ter visto o jovem Brady Noon, mas aqui foi seu primeiro filme, e o garoto mandou muito bem com seu Thor, tendo personalidade, sendo carismático e chamando até mais atenção do que Jacob que é o mais conhecido da produção, e isso mostra firmeza de estilo, mostrando olhares, desenvoltura, e até se portando bem nas cenas mais doidas, ou seja, pode ter um bom futuro também. Keith L. Williams já se portou como o mais calmo dos três, não se entregando tanto, mas também não ficando inerte, de forma que seu Max tem estilo, e seu tema (separação) foi o que mais deu um tom infantil para o filme, ou seja, ele foi bem em diversos momentos, e talvez faltou um pouco mais de usarem ele na trama com seu tema. Quanto os demais, a maioria só aparece jogada na trama, sem muitas cenas imponentes nem nada, de forma que só vale um pouco os trejeitos de Molly Gordon e Midori Francis como Hannah e Lily, mas que só chamaram atenção por correr atrás dos garotos freneticamente, mas nada de muito além.
A trama contou com boas sacadas visuais na correria dos garotos para conseguir buscar um drone novo e até mesmo no envolvimento com as drogas, passando por uma movimentada rodovia, uma fraternidade maluca, e algumas casas dos protagonistas, incluindo a tal festa do beijo, ou seja, tudo cheio de detalhes cênicos bem feitos, muito símbolo para as piadas de duplo sentido e até diversos objetos sexuais usados com finalidades não muito comuns pelos garotos, e assim a equipe de arte precisou trabalhar bem no desenvolvimento dos elementos, e até acertou mesmo com poucos desastres, pois como sabemos os produtores desse estilo de filme costumam destruir muita coisa, e aqui foi leve.
Enfim, é um filme bacana, meio bobinho, mas que consegue divertir bastante, principalmente no miolo, ou seja, cumpre com a premissa de uma boa comédia. Claro que por tudo que foi falado na época do lançamento do trailer, estava esperando bem mais dele, mas ainda assim vale a conferida, e fica a dica para todos. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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