Se tem um estilo de filme que veria um dia inteiro sem cansar é o de competições, pois mesmo sendo bem bobinhos, tendo motes motivacionais completamente clichês, com personagens que geralmente são motivo de riso, e tudo mais, acabam sempre emocionando com algo, divertindo em algum ponto, e principalmente acabam sempre de uma forma positiva, inclusivo os que falham horrores durante toda a execução conseguem ao final fechar com algo bem feito. E dito isso, claro que veria o lançamento da Netflix da semana, "Feel The Beat", que de cara, passado os primeiros minutos você já sabe exatamente o que vai acontecer em cada uma das cenas, mas ainda assim acaba sendo gostoso ver tudo acontecer com os personagens, criar o carisma positivo/negativo em cima da protagonista, e principalmente ver a desenvoltura das crianças, que certamente foram escolhidas nas escolas de dança para darem um show nos atos finais. Ou seja, o tradicional filme de ver num domingão tranquilo apenas relaxando e vendo acontecer, sem esperar nada além do que é mostrado.
A sinopse é bem simples e nos mostra que ao fracassar na Broadway, a dançarina April volta para sua cidade natal e aceita treinar um grupo de crianças para uma competição.
A diretora Elissa Down não quis florear muito seu longa, de forma que se formos olhar a fundo daria até para aumentar ele com as situações envolvendo um pouco da história da protagonista, seu passado e tudo mais, mas certamente demandaria muito tempo, mais cenas, e o resultado não mudaria tanto, então ao optar por trabalhar o desenvolvimento das crianças, os problemas com pais, e claro a competição em si, o resultado que vemos foi bons atos, uma edição meio que acelerada (mostrando poucas competições realmente! Com um candidato só por etapa contra, de forma que nem sabemos quantas equipes tinham competindo!), mas sendo funcional com o resultado, ao ponto de curtirmos cada estilo escolhido. E com isso até vemos que o roteiro que usou seria mais amplo, porém escolheu ser direta e objetiva, o que agrada, mas parece acelerado demais, o que não atrapalha, afinal o estilo pede algo assim mais bonitinho de ver, sem muitas preocupações. Ou seja, o resultado da direção nem é tão visto, pois tudo ocorre sem muitas aberturas, mas como já estamos acostumados com o estilo, o resultado empolga e emociona ao menos, e é isso que é necessário.
Sobre as atuações, basicamente temos de falar de Sofia Carson com sua April bem cheia de estilo, trabalhando olhares e sensações, se mostrando fraca em alguns atos, mas bem imponente em outros, e que acaba agradando bastante nos diversos momentos, ou seja, faz sua personagem de maneira bem oscilante e funcional, o que é interessante de ver, e mostra que a jovem tem boas dinâmicas e bons olhares, além de ser bem bonita também (de forma que o pessoal que vê séries até já conheciam ela, mas para mim foi o primeiro filme, e já mostrou ser boa de estilo). O par romântico da protagonista, afinal o estilo pede, Wolfgang Novogratz é outro que está aparecendo em todas as produções da Netflix sempre como coadjuvante, de modo que ainda não teve nenhum grande chamariz, mas aqui seu Nick foi bem colocado, teve algumas atitudes bonitinhas, e teve seu charme também, de modo que não errou. Quanto aos demais adultos da produção, todos tentaram aparecer um pouco, mas sem muito o que falar, dando dinâmicas e fazendo até algumas besteiras comuns do estilo também, tendo leves destaques para Enrico Colanto como pai da protagonista, Donna Lynne Champlin como Barb a professora e dona da escola de dança da cidade, mas nada que fossem expressivos ou chamativos, apenas bem encaixados. Agora quanto das crianças, todas tiveram seu charme, apareceram bem para seus atos, tendo claro destaque para Eva Hauge com sua Sarah por ter um papel mais chamativo já que é irmã do par romântico, e claro para a doçura carismática de Justin Caruso Allan que surpreende a todos com seu Dicky nos atos certos.
Visualmente o longa brinca com muitas cores nos figurinos das crianças, afinal competições de dança tem esse chamariz, e trabalha com cenários casuais para contrapor bem cidades grandes e cidades interioranas, com sua ruralidade, pessoas simples, e tudo mais, além disso colocaram bem um celeiro que acaba mudando durante a produção, um estúdio de dança simples, além de diversos teatros durante cada uma das fases do concurso, aumentando em tamanho e qualidade, o que deu um tom bacana para o filme, mas que poderiam até ter ido além se mostrassem mais as competições, além claro da fase final toda mais produzida, com flores e tudo mais, o que mostra que a equipe de arte foi bem simples, mas não economizou em detalhes.
Enfim, é o tradicional do estilo, envolve, é bonitinho pelas crianças se superando, tem boas sacadas, tem todo o lance moral que o gênero pede, e funciona sem precisarmos ficar pensando muito, ou seja, uma diversão gostosa de ver, que muitos nem gostam por ser básico demais, mas que vale o passatempo. Sendo assim recomendo ele para toda a família, e fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos.
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