Netflix - Conspiração Terrorista (Unlocked)

7/18/2020 01:05:00 AM |


Muitas vezes o acaso acaba dando certo, pois hoje estava nos planos de ver uma das duas comédias que estreou na Netflix, mas na briga com a internet o controle remoto jogou mais para baixo em um filme que nem na minha lista estava, mas que pareceu bem interessante, então resolvi dar o play, mesmo com a com a lentidão que estava com tudo, e eis que olha cai numa trama tão bem envolvente, cheia de reviravoltas marcantes, uma confusão tremenda para saber quem é bonzinho ou não no meio de tantas mentiras, e que contando com um elenco incrível o resultado final é daqueles que se você gosta de uma boa trama policial cheia de investigação e conflitos pode dar o play aí também em "Conspiração Terrorista". O longa não é tão novo, já estando na plataforma de streaming desde 2018, mas garanto que quem não viu ainda e curte um bom longa cheio de conspirações, cheio de tramas que não dá para esperar nada, além de um final chocante, certamente irá curtir bastante, pois é daqueles que valem o tempo na frente da tela.

O longa nos conta que Alice Racine é uma ex-agente da CIA especializada em interrogatórios. Depois de passar um tempo afastada de suas antigas funções, ela é chamada para uma operação especial: extrair informações de um homem capturado pela agência a fim de evitar um ataque biológico planejado por um grupo terroristas. No entanto, durante o processo, ela descobre ser vítima de uma armadilha e precisa agir por conta própria para que consiga salvar sua vida e a cidade de Londres.

O diretor Michael Apted já é bem velho de guerra, e já fez diversos longas de conspirações, de investigações, policiais e afins, de modo que sabemos bem o quão bom ele é com o estilo, e aqui não foi diferente, pois pegou um roteiro que esteve entre os mais valorizados no mercado de roteiros, do jovem estreante Peter O'Brien, e aparou todas as arestas possíveis para que o filme ficasse vivo, ao ponto que em determinado momento da trama já nem sabemos mais em quem confiar, pois todos parecem ser algo de ruim para a protagonista, e claro que a genialidade de desenvolver as várias aberturas fez com que o filme não ficasse cansativo de forma alguma, tanto que vamos fluindo e quando vemos já estamos no final. Porém diria que talvez tenha faltado desenvolver um pouco mais o antagonista da trama e seu lado de criar/comprar uma arma biológica para destruir tudo, pois o vendedor mesmo praticamente nem aparece direito, ou seja, ficou meio que jogado, mas não é nada que atrapalhe tanto, então o resultado ainda continuou bem bom.

Sobre as atuações, com um elenco desse não dá nem para reclamar, pois até os quase figurantes saíram bem no que fizeram, e claro para começar temos de falar dela, a preferida dos filmes investigativos atuais, Noomi Rapace (e se você assistiu qualquer outro filme dela, sabe o potencial imenso que a atriz sempre entrega) que aqui entrega uma Alice inicialmente traumatizada, mas com muita vontade e destemida para resolver o problema em que se meteu, ao ponto de vermos a atriz se jogando com tudo, enfrentando tudo e todos, e que inclusive quebrou o nariz durante as gravações, ou seja, ela é daquelas que não faz nada pela metade, e detona no filme. Toni Collette também entrega com muita imponência sua Emily, que mesmo aparecendo pouco tem estilo e agrada bem nos atos mais dinâmicos com a protagonista. John Malkovich é um ator que geralmente entrega situações bem diferentes, e aqui seu Bob Hunter é daqueles que tem poucas cenas, mas que queremos ver bem mais dele, e o ator coloca tudo com uma calma que nem parece um dos chefões de tudo. Michael Douglas é incrível com as palavras, e seus atos parecem ser direcionados tão fortes, que acabamos gostando muito do que faz em cena com seu Eric, de forma que como mentor, ele domina bem como passar tudo para as pessoas. Orlando Bloom deu um ar cômico para seu Jack, além claro de cenas bem rápidas, cheias de pegadas, tiros, socos e tudo mais, ao ponto que talvez seja o responsável pelo miolo do filme não soar cansativo. E teria de falar de muitos outros secundários que chamaram atenção, como a turma árabe toda que deu um tom misterioso bem colocado, os demais capangas que pareciam gente de bem, mas na sequência tentavam matar a protagonista, mas tenho de falar da certa decepção que já falei no parágrafo anterior, que foi não terem desenvolvido mais o papel de Michael Epp com seu Mercer, pois ao mesmo tempo que aparenta ser apenas um negociador do vírus, também parece ser um entusiasta, e só ficou passeando pelas cenas, ou seja, poderia ter ido bem além.

Visualmente o longa tem alguns atos cheios de tiros pra todos os lados, algumas perseguições interessantes, começa bem com um interrogatório bem armado em uma pequena sala, mas com muitos elementos para serem usados, algumas cenas em meio a parques escuros, mas bem armados, cenas em prédios com muita ação, uma fortíssima cena com cachorros em um elevador, laboratórios, e claro o tradicional de armas biológicas: um estádio lotado para algum jogo, ou seja, alguns clichês colocados, mas tudo muito bem produzido, com cenas bem realistas, e bons momentos que funcionam, ou seja, um trabalho da equipe de arte bem mantido por uma fotografia levemente escura para dar tensão, e que agradará bastante quem gosta do estilo.

Enfim, é um filme bem dinâmico, com a pegada tradicional que gostamos de ver em filmes investigativos cheios de reviravoltas, que no miolo pode até confundir um pouco a cabeça com tudo o que está ocorrendo, mas que ao final tudo se encaixa, e o resultado acaba agradando bastante, então vale muito a conferida. Sendo assim recomendo a trama, mesmo com os exageros e bagunças, e fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.

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