Netflix - Desperados

7/04/2020 08:38:00 PM |


Ver uma boa comédia atualmente é algo que tem sido bem difícil de conseguir, pois atualmente a maioria tem optado por romances simples e/ou confusos, piadas bobas e jogadas ou então caindo para o famoso besteirol, e isso é algo que não empolga o público geral que quer rir sem parar em uma trama, e ao ver a ideia/sinopse do filme da Netflix, "Desperados", acreditei que fosse ver algo um pouco melhorzinho, com uma pitada de loucura, desespero em um outro país atrás de um computador, e por aí vai, mas infelizmente vi o tradicional que vem acontecendo: mulheres brigando por temperamento, cenas forçadas, personagens sem tino cômico, ou seja, um desastre completo e apelativo, ao ponto de que até sorrimos em uma ou outra cena, mas que no resultado final chega a ser mais um daqueles longas que amanhã já nem lembraremos de ter visto, ou seja, fraco demais.

A sinopse nos conta que uma jovem em pânico, junta com suas relutantes amigas apressadas, correm para o México para tentar excluir um e-mail ofensivo que ela enviou para o novo namorado.

A diretora LP, que tem uma tonelada de curtas em seu currículo, tentou fazer em seu primeiro longa algo diferente do casual, que trabalhasse amizade, destempero emocional e desespero por tentar buscar corrigir algo de errado que a protagonista fez. Porém ao ser diferenciada, ela precisaria saber que seu longa necessitaria algum tipo de comicidade, ou ao menos algo que puxasse para um romance dramático ou qualquer gênero para atingir, mas não, usou apenas elementos de apelação como uma mãe gritando por um filho vendo seus primeiros atos sensuais, uma discussão sobre remédios masculinos, e um leve romance desengonçado ocorrendo nos bastidores, além de outros subtemas jogados de lado ocorrendo com as amigas em outro lugar, ou seja, uma tremenda bagunça daquelas que você termina de assistir e se pergunta: "o que a diretora quis mostrar?", e a resposta não vem. Ou seja, fizeram um longa desesperado para atingir um público específico, de encontros bagunçados às cegas, mas não atingiram nada.

Sobre as atuações, Nasim Pedrad não conseguiu manter o protagonismo com sua Wes, apelando a todo momento, fazendo caras e bocas, e soando falso demais tudo o que fez, de forma que não chama a atenção e não tem química com ninguém. Anna Camp parece aquelas que viajam só para reclamar de tudo, mas ao final sua Brooke acaba tendo até mais destaque que a própria protagonista pelas sacadas usadas. Sarah Burns trouxe um ar desesperado por engravidar para sua Kailey, mas não empolga como poderia, fazendo momentos mais calmos no meio das duas demais. Robbie Amell até teria um tino bacana para chamar atenção com seu Jared, daria uma pegada bem marcada com o envolvimento com a protagonista, mas ficou apenas num hospital, e assim seu resultado foi de apenas um rostinho bonito na produção. Agora o destaque claro ficou para Lamorne Morris com seu Sean, bem sacado, com trejeitos leves e descontraídos, e contendo no meio uma história bacana, ou seja, salvou um pouco o filme. Quanto aos demais, é melhor nem falar, pois é desastre em cima de desastre, sejam dos garçons do hotel, passando pela mãe louca e o filho, e sendo assim, mais atrapalharam que ajudaram no resultado.

Visualmente o longa até tem bons anseios, com praias mexicanas bem bonitas, um hotel incrível, uma pousada estranha, mas foram apelativos ao ponto de usar vibradores, sexo com golfinhos, choque em cerca elétrica, cabras na estrada, ou seja, tudo para tentar ser diferentes, ou ao menos uma tentativa de um "Se Beber, Não Case" em outro rumo, mas não salva nada.

Enfim é uma bagunça daquelas que não tem nada que salve, ao ponto de que quem gosta de algo bobo até curtir um pouco, mas que certamente terminará o filme e nem lembrará direito o que viu, ou seja, sendo assim não dá nem para recomendar ele. Bem é isso pessoal, eu fico por aqui, mas já vou ver outra coisa, pois não conto esse como algo que tenha sido como uma conferida gostosa, então abraços e até logo mais.

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