Netflix - A Incrível Cozinha de Anesu (Cook Off)

Hoje vou ser bem sucinto em dizer que caí novamente em outro filme africano, agora do Zimbábue, e assim como a parente mais rica do continente (Nollywood), aqui temos um filme digamos com uma pegada interessante, mas que é amador demais, quase como uma produção de faculdade, sem muitos recursos, com roteiros fracos, atores bem medianos, e o principal, sem muito ritmo, ou seja, difícil de engolir. Porém, o longa da Netflix, "A Incrível Cozinha de Anesu", ao menos tem carisma, de modo que quem gosta de realities culinários, e curte as intrigas e romances de bastidores até vai se interessar pelo que os personagens fazem, ou seja, é um filme bem fraco, mas que conquistou o público em seu país de origem, principalmente por esse carisma, e assim sendo, quem tiver estômago para rir de situações bem bobinhas até pode passar um tempo conferindo o longa, mas não recomendo.

A sinopse nos conta que a vida da mãe solteira Anesu é virada de cabeça para baixo quando seu filho a inscreve em uma competição de reality show gastronômica. 

Basicamente o diretor e roteirista Tomas Brickhill teve sua estreia em longas com uma comédia romântica misturada com programa de gastronomia, aonde temos situações digamos bobinhas demais para algo que pense em ir além, mas que mesmo errando consegue cativar o público a continuar assistindo, de modo que falamos: "impossível alguém fazer isso, aí ele vai e faz!". Ou seja, não posso afirmar de forma alguma que o longa tem acertos técnicos, e que principalmente alguém daria muitos prêmios para o longa, mas ganhou, e além disso foi selecionado para vários festivais, então o que posso dizer, é que a ideia em si do longa é bem interessante, e talvez com uma produção maior, nas mãos de um diretor experiente, com atores mais expressivos, veríamos realmente uma comédia romântica bem interessante, mas não conheço muito das produções do país, então o resultado aqui comparado com outros lugares, é bem fraco, e não dá para elogiar muito além da ideia.

Sobre as atuações, volto a frisar em cima do carisma de todos, principalmente da protagonista Tendaiishe Chitima que deu um bom tom para sua Anesu, brincou bastante com os elementos tradicionais das competições culinárias, fez seu romance de uma forma bem tímida, e principalmente teve pegadas menos exageradas que alguns personagens, acertando ao menos no estilo. Quanto aos demais, é bacana ver o estilo sagaz do garotinho Eugene Zimbudzi com seu Tapiwa, o parceiro romântico da protagonista Tehn Diamond faz bem seu Prince no melhor estilo de príncipe encantado no final da trama, e a vilã Fungai Majaya é bizarra com sua Milly Ann, ao ponto de soar estranho demais vê-la, e até o diretor faz uma pontinha com seu JJ, mas não atua muito.

Visualmente a trama é o básico das competições culinárias que vemos na TV, mas com um orçamento bem mais enxuto, entregando os bastidores de um realitie, com os participantes vivendo juntos, vemos boas comidas, vemos casas simples, competições sem muito chamariz, e até restaurantes mais simples, ou seja, nada de muito impressionante, mas mostrando bem como funciona uma produção por trás de outra, ou seja, algo básico, mas funcional ao menos.

Enfim, falei que seria sucinto e não enrolei quem vai ler meu texto, não recomendo ele como filme, mas a ideia é interessante, então quem estiver sem nada para ver, e quiser arriscar talvez se encante pelos personagens, e não se irrite tanto com uma produção pequena, pois o resultado acaba sendo bem mediano. E é isso pessoal, eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.