Se tem algo que é bem difícil de achar é um filme que misture toda uma ideia para ficar pensando com ação e aventura comercial, e hoje felizmente a indicação da Netflix foi "A Caverna", que felizmente não traduziram o nome real, que seria "Armadilha do Tempo", ou seja, acabaria um pouco com o mistério da história, afinal vi o longa sem saber nada nem a sinopse, apenas dando o play no filme, e é o que recomendo, pois, até mesmo o pôster revela algumas coisas. Dito isso o filme é daqueles que explodem nossa cabeça com toda a ideia maluca de espaço/tempo, e que trabalhando bem o suspense, todos os acontecimentos acabam sendo impressionantes e assustadores ao ponto de pensarmos se isso poderia existir em algum lugar (o que julgo impossível), mas que foram bem criativos, e o resultado final acaba impressionando pelo absurdo maior ainda. Ou seja, veja o filme, se espante com tudo, e curta, pois o que vale é a ideia toda, principalmente sem saber muito do que o longa trata.
A sinopse nos conta que um grupo de jovens segue os rastros de seu professor, misteriosamente desaparecido, e acaba preso dentro de uma misteriosa caverna, onde descobrem que o tempo passa de maneira diferente embaixo da terra.
Os diretores e roteiristas Mark Dennis e Ben Foster brincaram bastante com toda a ideia, trabalhando basicamente com um cenário só sem muito o que desenvolver ali, meio como uma gruta em labirinto, mas usando de efeitos inteligentes conseguiram deixar sua trama com uma vida gigantesca, pois a abertura para o espaço/tempo foi uma sacada incrível que muito se fala, mas pouco se pode provar, e muitos acreditam nessa possibilidade que hoje ainda é muito usada em filmes ficcionais, e que resultam situações incríveis quando bem trabalhadas. Ou seja, o filme em si é bem simples, mas a ideia toda condensada acaba fluindo bem, e agrada bastante com toda a desenvoltura escolhida para fechar, brincando com épocas, com fonte da juventude, com passado, futuro e tudo mais, sendo uma grata surpresa tanto visual quanto pela ideia em si.
Não diria que as atuações são surpreendentes, mas ao menos não nos desapontam, de forma que acompanhamos bem os jovens e suas desenvolturas desesperadoras, outrora tensas, e o resultado do que fazem ao menos são boas caras com toda a situação. Andrew Wilson apareceu rapidamente no começo, e depois que seu Hopper entra na caverna praticamente não o vemos mais, aparecendo bem rapidamente em uma cena já quase no final, e com isso o ator nem precisou fazer muitos trejeitos, mas passou um pouco de sensação de dor. Agora falando em dor, os jovens que caem poderiam ter feito mais caras reais, pois uma queda que tem machuca, e só ficar com o pé meio que enfaixado e o outro se movimentando com a outra mão ficou meio que jogado, ou seja, Reiley McClendon e Cassidy Gifford foram interessantes com seus Taylor e Cara, e mesmo com esse defeito de pouca expressividade foram bem no que fizeram. Já Brianne Howey e Olivia Draguicevich acabaram tendo mais sensações com suas Jackie e Veeves, ao ponto que entregaram mais desespero e olhares mais esforçados durante todo o longa. Agora o garotinho Max Wright apelou demais com trejeitos, fez diversas cenas bobas, e o resultado ficou meio que jogado, ao ponto que até ficamos felizes com ele ficando pra trás no começo, mas logo depois volta a ser usado, e ao menos ali foi bem no que fez.
Visualmente o longa é bem simples, pois passa praticamente todo dentro de uma caverna, com alguns leves efeitos especiais dando impressões de umidade ou algo tipo uma parede transparente, alguns elementos de escalada, muitas estalactites, isso tudo no primeiro e segundo ato, aí no terceiro, já vemos vários elementos futuristas, figurinos de passado e futuro, além de muitos outros efeitos especiais bem imponentes, ou seja, a trama muda completamente, e a equipe de arte largou mão do comum e foi para o computacional, ou seja, temos outro filme, e talvez até uma continuação mais para frente bem interessante se quiserem brincar.
Enfim, é um filmaço que quem gosta de realidades paralelas certamente irá conferir o longa e ficar com o queixo no chão após toda a ideologia ser mostrada, valendo muito a conferida, e que até podemos torcer para ter algum tipo de continuação com o fechamento (não acredito que ocorra, mas não custa torcer!). E é isso pessoal, fica a dica de filme para quem gosta de coisas abstratas bem interessantes, e eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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