Pois bem, teve uma época que quase sempre tinha um filme diferente de dança sendo lançado, com competições, rivalidades, e tudo mais, e parece que isto está voltando com as plataformas de streaming investindo nos atores dançarinos, e não é ruim, pois geralmente são longas dinâmicos, que empolgam e até entregam um certo enredo bacana de conferir, porém um detalhe que precisam focar mais é na escolha do elenco, pois sem carisma nesses filmes acabamos ficando com algo sem muito sentimento, e isso não é legal de ver. Comecei falando assim do novo longa da Netflix, "Dançarina Imperfeita", pois o filme até entrega situações bem colocadas, mesmo sendo algo completamente absurdo tudo o que é mostrado, mas a competição soa interessante ao ponto de entreter, e com um bom ritmo o filme até vale a conferida, porém é tão difícil se conectar com qualquer um dos personagens ou com qualquer um dos atores que o resultado acaba soando fraco demais. Ou seja, é um filme que tem estilo, tem boas danças, tem boas dinâmicas, mas que vamos esquecer daqui a algumas horas com toda certeza.
Diria que o estilo da diretora Laura Terruso foi ousado sem ser apelativo, pois a trama até entrega clichês tradicionais do gênero, mas não chega a forçar para isso acontecer, e dessa forma o filme flui mais aberto, o que é incomum de vermos no formato de danças. Claro que você verá embates musicais, verá sedução entre personagens, verá crescimento de personagem durante a trama, muita inclusão de pessoas diferentes, e tudo mais que se espera do estilo, mas a diretora não quis algo comum, e assim escolheu atores bem desconhecidos da maioria para papeis secundários, e dando destaque a alguns queridinhos do público teen atual, ela acabou fazendo com que seu filme ficasse sem muita atitude, parecendo algum episódio de luxo de alguma série, e não era isso que queria com certeza. Ou seja, o filme passa bem longe de ser ruim, mas não empolga em momento algum, e apenas serve de passatempo, mas que poderia ter ido mais além emocionando em algo, o que não ocorre.
Sobre as atuações, diria que o grupo foi meio que forçado demais para não dizer eclético demais, pois vemos pessoas fora de conexão total para um grupo de dança, que até se entregam bem na dinâmica toda, mas como não fazem uso de poucos diálogos, e só em situações mais jogadas, o filme acabou ficando sem muita base. Dito isso sobre o elenco geral, os protagonistas até que chamaram atenção e fizeram bem suas cenas, de modo que Sabrina Carpenter até tem um pouco de carisma com sua Quinn, dança meio que desengonçada, mas agrada de certa forma com sua maneira insistente. Jordan Fisher acaba dando boas nuances de dança com seu Jake, trabalha bem o romance, e até acaba sendo sutil ao ponto de não incomodar. E Liza Koshy trabalhou sua Jasmine com um lado um pouco apelativo para que sua personagem chamasse atenção. E claro Keiynan Lonsdale se jogou completamente com seu Juilliard, colocando exagero em tudo, mas sendo o tradicional "vilão" do estilo que o filme pedia, agradando no modo mais forçado possível. Quanto aos demais, é melhor nem falar, pois foram pontuais demais, tendo alguns leves destaques em poucas cenas, mas nada que seja surpreendente de ver.
Visualmente o longa tem muitas cores, efeitos de luzes, locações casuais para uma escola, e alguns envolvimentos bem montados em lugares abertos, como um viaduto aonde o casal dança, um estúdio, um lar de idosos, e até mesmo as cenas na casa da protagonista acabam criando dinâmicas, mas nada que seja um espetáculo até chegar na competição realmente, aonde até lá arrumaram espaço para coreografias em grupo fora do palco, ou seja, o filme forçou bastante e fez com que a equipe de arte trabalhasse pra valer.
Como todo filme de dança, a playlist deve ser algo bem conectado na trama, ao ponto que a equipe escolheu canções bem dinâmicas, e o resultado acaba chamando atenção e valendo a conferida até mais por ela que pelo filme em si, então claro que deixo o link para a conferida.
Enfim, é um filme bem mediano para fraco, que até entretém, mas que não atinge nenhum ápice nem no estilo de dança livre, nem como uma história que emocione ou chame atenção, que friso que servirá de passatempo para o público mais jovem pelos atores/cantores mais conhecidos deles, mas que certamente irão esquecer até da existência do longa. Ou seja, não digo que recomendo, mas também não abomino quem curtir, pois não é um filme ruim. Bem é isso pessoal, eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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