Coloquei na minha lista da Netflix o filme "Sleight - O Truque Perfeito" por gostar de tramas envolvendo mágicas, e também pela ideia geral que parecia ter sobre um jovem que vende drogas para manter a família, porém esperava ver algo a mais na ideia toda, afinal o estilo parecia coerente, logo de cara já vemos o selo da "BlumHouse" que costuma investir bem o dinheiro em boas produções, porém a trama se prende demais, os personagens não entregam tanto carisma, e ao final ainda fecham a trama com algo meio jogado, quase como se quisessem permitir uma continuação sem fechamento. Ou seja, não é um filme ruim, porém faltou algo a mais para que o diretor entregasse realmente um filme de drogas e mágica, que empolgaria do começo ao fim, e não ficasse como uma trama levemente perdida, mas dá para passar um tempo pelo menos conferindo.
O longa conta a história de um jovem mágico de rua que é deixado para cuidar de sua irmã mais nova após a morte de seus pais, e recorre a atividades ilegais para manter um teto sobre suas cabeças. Quando ele se aprofunda, sua irmã é sequestrada e ele é forçado a usar sua mente mágica e brilhante para salvá-la.
O ponto fraco de uma trama geralmente recai sobre uma direção fraca de atitudes, e aqui J.D. Dillard trabalhou o seu roteiro de uma maneira até coesa, mostrando que lidar com drogas e família é algo quase que incompatível, mostrou algumas lições de moral meio que jogadas, tentou mostrar a aplicação nas aulas de ciências, e também brincou um pouco com mágica, que é algo que sempre chama o público (aliás eu caí nesse filme por esse motivo!!), porém ele não conseguiu fazer com que seu protagonista tivesse um carisma suficiente, que os vilões fossem imponentes, e nem emplacou o romance como algo bonitinho de ver, ficando em cima do muro em todos os estilos. Ou seja, ele quis fazer um filme com tantas aberturas, e no final soou apenas como algo simples demais, além de não entregar bem um fechamento, deixando liberdade para uma continuação ou algo do tipo, e assim, o filme ficando ainda mais frouxo. Claro que a trama tem seu valor, afinal vemos grandes brincadeiras com o estilo Homem De Ferro, por todo o lance da eletrônica, vemos algumas dinâmicas coesas para o jovem se virar, mas na junção de tudo, ficamos esperando algo a mais acontecer, parecendo sessões espalhadas boas, que juntando tudo acaba fraco demais.
Sobre as atuações posso dizer facilmente que o jovem Jacob Latimore até tem uma boa presença cênica, fez caras e bocas com seu Bo, brincou bastante com a magia, trabalhou bem com uma maquiagem e uma traquitana bem presa no seu braço, e até ousou chamar atenção em algumas cenas, mas nada demais que empolgasse, de modo que ficou talvez muito sem ação por parte do diretor, e isso acabou não dando algo a mais que o personagem poderia fazer. Dulé Hill deu uma certa intensidade para seu Angelo, ao ponto de até ser um traficante bem imponente, mas suas cenas foram colocadas espaçadas demais, com momentos fortes oscilando com temperamentos mais comuns, e assim o resultado não chega a causar um afronte, e assim não empolga tanto. Seychelle Gabriel e Storm Reid até fizeram cenas carismáticas com suas Holy e Tina junto do protagonista, mas são praticamente símbolos apenas para tudo o que ocorre, não entregando nem grandes diálogos, nem nada que empolgasse como poderia. E quanto aos demais, alguns apareceram mais e tiveram alguma dinâmica como foram Sasheer Zamata com sua Georgi, e Cameron Esposito com sua Luna, enquanto outros só serviram rapidamente e quase nem foram apresentados como Frank Clem com seu Granger, ou seja, o filme focou demais no garoto e não entregou como poderia.
Visualmente a trama teve bons contrapontos, com o dia alegre cheio de mágica, olhares felizes, truques de cartas e levitações de objetos usando eletricidade, e a noite o bicho pegando com entregas de drogas e acertos de contas entre traficantes, colocando uma festa no meio, alguns jantares românticos, um ou outro envolvimento na casa do protagonista, e nada indo muito além, tendo como destaque somente as cenas finais aonde a equipe de efeitos precisou brincar bastante para mostrar a eletricidade do jovem como algo poderoso, mas sem muito o que destacar realmente a não ser que as cenas tiveram uma dinâmica de movimentos interessante de ver, mas que não fizeram nada além na trama.
Enfim, é um filme bem básico, que até serve de passatempo, mas certamente poderiam ter ido bem além em tudo, e principalmente fechado o filme, não deixado jogado uma possibilidade de continuação, pois não acredito que isso ocorra, então quem tiver sem muitas opções até pode conferir, mas não diria que indico ele com muita força não. Bem é isso pessoal, eu fico por aqui agora, mas vou tentar ver algo mais imponente a noite, então abraços e até logo mais.
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