O filme acompanha a vida de vários soldados norte-americanos que retornaram das guerras do Iraque e do Afeganistão sofrendo de transtorno de estresse pós-traumático (PTSD, na sigla em inglês) e de outros traumas. Tais condições interferem nas suas rotinas e abala a vida de várias famílias.
Depois de atuar no filme "Sniper Americano" certamente a curiosidade de Jason Hall sobre como era a vida de ex-combatentes foi muito além, ao ponto que acabou pesquisando bastante e chegou a conclusão que deveria estrear na direção de um longa contando como o governo "ajuda" seus veteranos, e dessa forma eis que junto de David Finkel acabaram criando uma história até que envolvente, aonde vamos fluindo junto com os personagens, mas que rapidamente chegaram aos mesmos trâmites que outros filmes do gênero já entregaram, largando meio que de lado os processos burocráticos do governo. Ou seja, a ideia até era bem boa, criaria algo politicamente direto de estrutura, porém faltou atitude para o diretor estreante ir além, e assim sendo o filme tem seus bons momentos dramáticos, mas se segura demais, ao ponto que não vemos nenhuma das histórias nos comover ou fazer sentir algo a mais. Claro que afirmo não ser algo ruim, pois vemos bem a dinâmica dos quatro personagens principais, vemos alguns bons atos de tensão, mas um diretor mais experiente certamente saberia aonde ir para chamar mais atenção para seu filme.
Sobre as atuações, temos que pontuar que Miles Teller está cada vez melhor em trejeitos, e aqui embora ele seja novo demais para seu Adam, o resultado de suas cenas são bem interessantes e consegue agradar, chamando atenção para tudo o que faz, com bons olhares, boa entonação nos atos ao ponto de envolver bastante. Haley Bennett também foi muito bem com sua Saskia, passando bem a personalidade da mulher que tenta ajudar o marido com seus traumas, mas não tem o retorno, ou seja, a atriz fez olhares vagos, mas bem encaixado no que o longa pedia. Beulah Koale entregou muito envolvimento para seu Tausolo Aieti, trabalhando tanto a perca da memória como o desespero por conseguir algo, e o ator foi dinâmico, simples e direto nos atos, mostrando personalidade e agradando bastante. Joe Cole trabalhou intensamente seu Billy, de forma que seus atos são os mais dramáticos com tudo o que acabou acontecendo, e o ator foi muito bem em tudo o que fez, chamando muita atenção, mesmo que pouco. Scott Haze apareceu pouco com seu Emory, aliás até surpreendeu sua aparição, pois de cara imaginamos outra coisa, mas o jovem voltou bem e agradou também. Quanto os demais foram mais conexões, mas não decepcionaram com o que fizeram, embora todos pudessem ir além.
Visualmente o longa teve boas cenas representando os momentos de guerra, com carros preparados, armas, figurinos e tudo mais, teve cenas bem trabalhadas em centros médicos bem montados com soldados de todos os tipos, com incontinência urinária, com implantes, sem braços, pernas e tudo mais, montaram cenas trabalhando o visual da casa da família bonita que a família deseja voltar a morar, e claro a que mora mais simples onde moram atualmente, mostrou casas mais simples de madeira em outras cidades, trabalhou com o mundo das drogas e crimes como rinha de cachorros, e claro a doença em estágios diferentes, sendo bem representado por tudo, com símbolos bem colocados.
Enfim, é um filme simples, com uma boa premissa, que até agrada com o que é mostrado, porém saiu do elo da proposta que era discutir um pouco o tratamento do governo com seus "heróis" de guerra, mas que serve bastante para quem gosta de ver um longa que mostra bem o estresse pós-guerra. Não diria que seja um longa que recomendo totalmente, mas que como não é algo ruim, vale o tempo assistindo. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos.
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