O longa nos mostra como os magos da tecnologia possuem o controle sobre a maneira em que pensamos, agimos e vivemos. Frequentadores do Vale do Silício revelam como as plataformas de mídias sociais estão reprogramando a sociedade e sua forma de enxergar a vida.
A trama do diretor Jeff Orlowski certamente deverá figurar nas listas das maiores premiações tanto pelo conteúdo polêmico e muito bem trabalhado, quanto por ter uns figurões do meio que certamente irão puxar alguns votinhos, e isso não é ruim, muito pelo contrário, pois o filme mostra como somos facilmente influenciados pelas diversas redes sociais através de algoritmos que foram criados e hoje nem mesmo quem os criou conseguem controlar. Uma grande faceta do diretor foi mostrar lados positivos e negativos, brincar com uma história de fundo com uma família sendo manipulada pelos algoritmos muito bem interpretados por Vincent Kartheiser, e claro sempre defendendo muito o lado humano que as redes deveriam trabalhar mais, tudo isso com um aporte bem generoso de Tristan Harris, que acaba sendo o nome principal da trama, mostrando tudo o que conhece por já ter vivido no meio de todas as redes, e claro saber onde está o grande vilão de tudo. Ou seja, o diretor conseguiu construir com informações e depoimentos de tantos lugares, que tenho até dó do editor do longa, pois certamente foram muitas horas para decupar, muitos depoimentos incríveis sobre tudo o que rola nos bastidores de cada rede, e principalmente daria ainda para ir muito além caso quisesse opinar ainda mais sobre os malefícios e benefícios da rede.
Claro que pelas diversas posições mais fortes em cima de que você desinstale todas suas redes sociais, pelo fervoroso discurso usado pelo malucão Jaron Lanier que enfatiza que você deve viver mais fora do mundo virtual, e além de apontar muito mais os dedos para cima dos malefícios viciantes que as redes nos colocam, o diretor fluiu o documentário como sendo as redes algo problemático e desesperador que deveríamos nem dormir direito, aliás, com a encenação dramatizada que rola com atores entrando em conflito através de fake news, falsos profetas, e "jornalistas" malucos que acabam mudando o rumo de algo comum, o resultado é uma explosão negativa monstruosa, porém ele tenta apaziguar um pouco no miolo e com isso até podemos relaxar um pouco com tudo.
Ou seja, não vou falar muito aqui sobre cada ponto discutido na trama, afinal volto no ponto que comecei o texto e disse que não sou muito fã de falar sobre documentários, que é muito melhor sentar e discutir com uma outra pessoa e não criar um texto sobre tudo o que é mostrado, mas como costumo dizer todos os diretores tem o dever de deixar sua opinião sobre aonde desejava chegar com sua trama, e falei acima que creio que Jeff já deve ter até apagado todas suas redes sociais após filmar todos os depoimentos (ou não, apenas esperando ver os resultados do engajamento de seu filme nelas - que está levantando uma polêmica gigantesca em todas as redes), e claro então deixo a minha opinião sobre esses malefícios benéficos, pois acredito que hoje o mundo está tão polarizado que muitos estão usando as redes para o lado ruim, gastando muito com posts imponentes patrocinados, conseguindo fazer com que notícias falsas rodem o mundo e poluam a mente dos mais fracos, mas que se bem usado, para um aprendizado, ou então para uma diversão, ou então para uma divulgação real, todas as redes fazem um bem tamanho, seja para aqueles que vivem e querem mostrar algo a mais, ou para aqueles que nem tem muito o que fazer, seja numa cidade pequena aonde não tem nada, ou até para aqueles mais tímidos que não gostam realmente do mundo real, afinal uso uma frase que muitos sempre ouvem de mim: "que prefiro ver um longa de ficção do que um documentário, pois o mundo real anda chato e problemático demais, então se posso sonhar com uma abstração, qual mal tem?".
Bem é isso pessoal, o longa tem uma qualidade técnica incrível, cortes precisos e frases de efeito bem usadas, tem uma dinâmica maravilhosa que não cansa de forma alguma, além disso foi usado muito bem a música "I Put a Spell On You" de Nina Simone, que a letra diz tudo sobre como veem a influência das redes no filme. E sendo assim, vale demais a conferida, e claro a discussão com amigos e tudo mais sobre tudo o que rola na tela, pois como é dito logo no começo do longa com uma frase de Sófocles: "Nada grandioso entra nas vidas dos mortais sem uma maldição". Eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, e claro, se alguém quiser discutir um pouco mais, só mandar ver nos comentários abaixo, então abraços e até logo mais.
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