O longa nos conta que no Halloween, quando um grupo de amigos decide entrar em uma casa assombrada “extrema” que teoricamente irá atacar seus medos mais profundos. No entanto, as coisas pioram quando alguns dos monstros dentro da casa se revelam reais. Agora, o desafio é sair vivo.
Confesso que tomei uns sustos e fiquei bem espantado com a forma real que fizeram algumas mortes no filme, ao ponto que colocaria os diretores e roteiristas Scott Beck e Bryan Woods como sérios candidatos a psicopatas do ano, pois como escritores de "Um Lugar Silencioso" já mostraram serviço com uma ideia bem trabalhada, e aqui foram mais intensos e diretos em algo que até tem uma premissa mais simples, meio que talvez até aberta para trabalhar o lado mais forte do passado da protagonista, mas como não vai muito além nisso, o que acaba valendo é a intensidade dos malucos que montaram uma senhora casa assombrada, com labirintos assassinos e claro personagens bem bizarros. Ou seja, o roteiro não tem um primor por uma história que vai ser memorável, mas como diretores souberam entregar algo clássico de filme de labirintos, com situações bem intensas e principalmente com uma formatação de fuga bem trabalhada, que acabará surpreendendo bem quem gosta do estilo, mostrando que a dupla tem muito potencial ainda para mostrar, e que vão além no que desejam.
Sobre as atuações, temos boas interpretações de personagens fracos, pois o desespero deles deveria ser algo mais intenso, ter mais choro, mais gritaria, mas ficam praticamente o tempo todo parados, esperando acontecer, e isso não é algo comum de ver em filmes de terror, mas ao menos os dois protagonistas principais foram pra cima, e a desenvoltura fluiu. Katie Stevens até conseguiu segurar bem a responsabilidade do segundo ato com sua Harper, pois inicialmente ficou boba demais com um relacionamento abusivo, vinda de uma família aonde a mãe também sofria o mesmo, e não parecia ir muito além, mas quando se bota pra valer para tentar fugir dos psicopatas, e matar também cada um para se defender, ela ligou o turbo no ódio e foi muito bem no que fez, principalmente na ideia final, e assim acabou resultando em algo bacana de ver. Will Brittain trabalhou seu Nathan sem muita empolgação inicial também, parecendo ser meio tímido e contraído demais, mas quando precisou de atitudes nas cenas finais foi bem, e conseguiu chamar atenção, ou seja, funcionou no que precisava. Quanto aos demais, diria que todos foram contidos e funcionaram bem para cada momento da trama, uns servindo mais para matar, e outros mais para morrer, ao ponto que vamos acompanhando cada um com sua funcionalidade, e o resultado é bacana ao menos, além de termos os vilões com maquiagens bem fortes e intensas por baixo das máscaras, assustando ainda mais com tudo.
Visualmente diria que a equipe de arte foi tão psicopata quanto os diretores, afinal toda produção de Eli Roth costuma ser imponente de elementos, e aqui tivemos uma casa preparadíssima para matar ou pelo menos machucar quem entrasse nela, com figurinos imponentes dos vilões, maquiagens minuciosas, e claro muitos elementos cênicos importantes para que o filme fluísse e causasse muito. Ou seja, é daqueles filmes que ficamos esperando o pior, ou pelo menos um grande susto a cada curva, e acaba ocorrendo e funcionando bastante.
Enfim, é um filme feito para os fãs de longas de terror com sustos, que muito bem produzido e dirigido acaba até suprimindo algumas falhas do roteiro, e sendo assim vale muito a conferida para quem curte o estilo, então veja e se divirta com os sustos que vai tomar, e se choque com as mortes intensas bem feitas, pois recomendo com certeza. Bem é isso pessoal, eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais um texto, então abraços e até logo mais.
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