A sinopse nos conta que é uma noite especial para a Família Buoitton. Charles e Linda, casal extremamente rico, convidam seus amigos mais próximos e familiares para jantar. Antes de o jantar ser servido, Charles levanta a taça para um brinde à família e cai de cara no prato MORTO. Linda confessa que o envenenou e que envenenou todos os presentes para conseguir o dinheiro. Os convidados têm uma escolha: matar uma pessoa entre eles e assumir a culpa pelos dois assassinatos para conseguir o antídoto ou - MORRER em uma hora. O que se segue é uma troca histérica entre os membros estressados do grupo que, na tentativa de estabelecer quem deveria morrer e quem deveria ser o assassino, revelam todos os esqueletos no armário que eles esconderam uns dos outros durante anos.
O diretor e roteirista estreante em longas, Leonardo Foti, até foi bem com sua trama, trabalhando com os atores meio que jogados em grupos, grandes sacadas pelos diversos crimes que cada um estava fazendo na riqueza da família e soube usar o argumento ao seu favor para que alguns atos soassem divertidos e bem colocados, mas infelizmente o filme famoso com a mesma história acabou saindo antes por aqui (pois pelas datas, sua ideia foi lançada em alguns festivais em 2017, mas como amarraram muito para lançar mundialmente, perderam a oportunidade de ser o original!), e assim sendo já vamos conferir cada momento sabendo bem como tudo vai terminar, e como cada desenvoltura é entregue através de sacadas simples, e efetivas. Ou seja, o diretor fez bem seu serviço, mas acaba sendo algo tão comum de ideias, que não empolga.
Sobre as atuações, chega a ser engraçado que praticamente nenhum dos personagens principais conseguem se destacar, virando uma falação quase que sem direção, com todos entregando situações bizarras para suas defesas de não poder morrer, ou de poder ficar com a herança, ao ponto que acabamos ficando em destaque apenas o mordomo Jean, vivido por Brendan Bradley, que foi sagaz na maior parte dos momentos, sabendo chamar a atenção para si em cada um dos atos pensados. Também focamos bem nos momentos em que Edward Asner aparece com seu Charles para mostrar seus planos, mas nada que seja surpreendente de atuação. E Sean Young sempre bela e imponente mesmo já bem velha, se impondo com sua Linda, em alguns atos também foi algo funcional visualmente, mas sem ser algo brilhante ou que lembraremos muito daqui a alguns dias. Dentre os demais, tivemos personagens de todos os estilos, desde os trambiqueiros, passando pelos ricaços que já dormiram com famosos, o gay não assumido, a bêbada, a chorona, os maridos interesseiros, e por aí vai na festa tradicional, que cada um até tentou se aparecer, mas nada que apresentasse algo chamativo para a câmera focar, e claro nosso olhar seguir.
Visualmente a casa é praticamente um grande labirinto interligando vários cômodos, todos com uma decoração bem rústica, mas imponente, mostrando a riqueza da família tanto pelos elementos cênicos da mansão, como em seus figurinos luxuosos para dar a representação que a equipe de arte desejava. Ou seja, o filme nem tem tantos símbolos para se desenvolver, mas souberam ser bem diretos na montagem completa visual, funcionando por mostrar elementos de época como telefones, armas, pratarias e tudo mais.
Enfim, é um filme passatempo, que com toda certeza todos vão olhar e ter a certeza que já viu algo igualzinho (no caso quem conferiu o "Entre Facas e Segredos" no ano passado), mas que por conhecer bem o estilo, acabarão se divertindo e esperando acontecer cada um dos atos já bem marcados, ou seja, não posso dizer que não recomendo o longa que é bem feitinho, mas também não posso dizer que é daqueles que você vai se apaixonar pela semelhança com vários outros, então apenas é algo que serve para passar o tempo. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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