A trama nos conta que dentro dos corredores de uma academia de artes de elite, uma estudante de música tímida começa a ofuscar sua irmã gêmea mais talentosa e extrovertida ao descobrir um caderno misterioso pertencente a uma colega de classe recentemente falecida.
Costumo falar sempre isso, e aqui boto mais uma vez a mão no fogo que Jason Blum deveria ter pego a boa história que Zu Quirke criou e dado para outro diretor mais imponente transformar num longa mais intenso, pois a diretora até soube dominar bem a interação de cada um dos personagens, brincar com os símbolos da negociação diabólica no caderno musical, e deu as dinâmicas de uma forma coesa para que cada atriz se destacasse, porém não deu nem ritmo, nem virtudes maiores para que sua trama ficasse coerente, nem finalizou de uma maneira que surpreendesse positivamente, pois vemos sim um final que faz ficar intrigado, mas não fecha o ciclo como foi modelado, e assim sendo o longa parece que foi feito apenas por encomenda, e não como uma trama deve ser realmente.
Sobre as atuações é fato que deram um ar extremamente tímido para Sydney Sweeney com sua Juliet, ao ponto que chegamos a pensar que a garota fosse daquelas interioranas de nível máximo, e nem em sonho ser gêmea de Madison Iseman com sua Vivian, pois é um disparate imenso de personalidades e até atuações, porém Sweeney conseguiu ir tendo um leve crescimento devido seu interesse no livro, e suas cenas finais até entregam algo mais imponente, ao ponto de até convencer levemente sua influência no pacto, mas merecia um pouco mais de atenção para melhorar o miolo também. Madison Iseman já se jogou na personagem, foi extrovertida em níveis máximos, e fez cenas bem dinâmicas, porém sempre com um ar de superioridade exagerado demais, ao ponto que chega a ser uma birra bem pessoal entre as irmãs. Ivan Shaw trabalhou bem seu professor, fazendo cenas misteriosas e tal, mas não chegou a ter nenhum grande momento de ápice, o que acabamos ficando esperando por algo a mais dele. Jacques Colimon trouxe para seu Max quase que um enfeite de uso das irmãs, fazendo alguns trejeitos marcados, mas também sem muita desenvoltura, ao ponto que o personagem acaba nem fazendo muita diferença na trama.
Visualmente o longa tem um estilo simples e direto, mostrando bem as salas do conservatório com seus vários pianos, os quartos dos alojamentos simples, mas sempre dando um ar amplo para os pensamentos malucos das garotas, e claro o quarto da suicida cheio de elementos gráficos bem interessantes, que brincaram bastante com luzes fortes para dar o visual de um sol ou até mesmo do inferno caso quisessem representar isso de alguma forma, e além disso, trabalharam bem com os desenhos do caderno da jovem, fazendo as animações terem vida com os elementos e rituais do pacto.
Enfim, é um filme bom de proposta, que talvez tivesse um rumo melhor definido em outras mãos, e principalmente com símbolos satanistas mais imponentes, pois tanto o pacto quanto o acontecimento de terror mesmo ficou em linhas bem subliminares, ao ponto de não causar, nem assustar como poderia. Ou seja, é um filme que falhou mais do que acertou, e sendo assim, muitos nem irão entender nada, e outros que entenderem nem irão gostar tanto dele, pois é bem fraco de essência, e sendo assim, não dá para recomendar ele. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos.
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