A sinopse nos conta que Goro, um gênio do crime, planeja roubar um enorme tesouro de ouro da família Rossini. Sem o conhecimento de Goro e seus soldados da fortuna, um dos convidados de Rossini é um agente da Interpol altamente treinado que luta não apenas para salvar os reféns e o ouro, mas também sua família em perigo.
O estilo do diretor italiano Giorgio Bruno é de filmes de terror violentos segundo seu currículo, e aqui até temos algumas cenas bem fortes de mortes, porém ele pegou um roteiro talvez aberto demais, e ao invés de trabalhar ele, saiu filmando e cortando sem pensar muito, e isso fez com que o filme parecesse meio perdido em todos os momentos da trama. Ou seja, vemos um filme sem começo, com um miolo desesperado, e com um final fraco demais, de modo que quem conferir o longa acabará se perguntando no final se realmente entendeu tudo, ou se tinha realmente algo para entender, pois não vemos algumas dinâmicas acontecer, enquanto outras dinâmicas tão absurdas acabam sendo jogadas de lado sem muita explicação. Sendo assim, fica difícil até atirar em quem foi a falha, pois tanto pode ser um roteiro ruim, quanto uma direção estranha, ou até mesmo um grande erro de montagem que eliminou cenas importantes do fechamento completo, pois não é possível que tenham falhado tanto ao ponto de o filme ficar abstrato e jogado como foi feito.
Sobre as atuações, ou melhor, sobre a tentativa de interpretações dos personagens, vemos o brucutu Dolph Lundgren andando com seu Michael pelo cenário, atirando e interagindo por telefone com outros personagens, de modo que ele não faz a linha de policial de inteligência como o personagem pedia, mas sim aqueles personagens mais imponentes que até tentam chamar atenção pelo nome, e não consegue. Natalie Burn já faz tudo o que o protagonista não consegue com sua Emma, se joga pra cima de todos os vilões, dá cruzado de perna, mata-leão, cambalhotas mil, tiros e facadas pra todos os lados, de forma que até parece ser a protagonista da história, mas é apenas uma policial infiltrada correndo pra todos os lados. Hal Yamanouchi é daqueles vilões que nem sabemos como surgiu, que consegue convencer os outros na conversa (inclusive os policiais italianos), e que faz coisas mais idiotas possíveis nas negociações, ao ponto que seu Goro na sinopse é dito como um gênio do crime, mas a genialidade dele é bem limitada. Quanto aos demais, a maioria apenas faz conexões bizarras a todo momento com algum dos protagonistas, e cada cena é mais jogada que a outra, desde a fuga da filha do protagonista para um hotel no meio da escuridão, saindo da casa tranquilamente sem que o sniper a veja, até a ex-esposa tentando salvar uma vida em cima de uma mesa da cozinha, até chegar no dono da festa que apenas entra e sai de uma salinha de pedras bizarra, ou seja, é melhor nem dar destaque para nenhum ator, pois todos foram bem ruins.
Visualmente a trama também não tem grandes facetas, pois se passa todo em uma casa/vila italiana, que até poderia ter algum charme com os vários corredores e quartos espalhados aonde os vilões encheram de bombas, mas praticamente todo se passa no jardim aonde vemos apenas alguns vasos e árvores com trocas de tiros e tudo mais, além claro da cozinha aonde a ex-esposa fica tentando salvar uma mulher baleada, alguns quartos com reféns, alguns carros da polícia, e claro o início de um luxuoso jantar, que segundos depois já nem lembramos mais de nada que ocorreu ali, sumindo empregados e tudo mais. Ou seja, a equipe de arte ao ver o resultado final certamente se decepcionou com tudo o que fez.
Enfim, é daqueles filmes que até passamos um tempo assistindo esperando que algo a mais aconteça, mas o resultado final é tão ruim, que quando chega a acontecer algo nem sabemos o motivo daquilo, ou seja, é melhor pular esse, e ver outra coisa melhor com certeza, pois não dá para recomendar de forma alguma. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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