O longa nos conta que dois casais em um retiro à beira-mar começam a suspeitar de que o dono da casa alugada, aparentemente perfeita, pode estar espionando-os. Em pouco tempo, o que deveria ser uma viagem comemorativa de fim de semana se transforma em algo muito mais sinistro, à medida que segredos bem guardados são expostos e os quatro velhos amigos passam a se ver sob uma luz totalmente nova.
Diria que a estreia de Dave Franco em uma nova posição no cinema foi até que muito bem feita, pois o longa tem um clima tenso do começo ao fim, e mesmo com a ideologia estranha de matar por matar (sei que existem malucos assim, mas não é o melhor do terror!) acaba entregando cenas que ficamos esperando por qualquer coisa que possa nos assustar ou chocar, e como costumo dizer, essa é a essência de um terror tradicional. Ou seja, a história criada por Franco é boa, tem uma pegada intensa, porém faltou aquele extra para que ao final nos impressionássemos com tudo, ficássemos com medo de um maluco desse solto por aí, e até quisesse quem sabe uma continuação (que praticamente já foi mostrada inteira nos créditos), e assim sendo ele estrearia com chave de ouro. Mas uma grande sacada dele foi não apelar tanto para as diversas câmeras da casa, que até daria um clima mais diferenciado para o longa, porém cansaria e não impactaria, de forma que o que vemos até que foi funcional, e só não foi bem finalizado.
Sobre as atuações, o elenco conseguiu se entregar bem em cada um dos momentos, fazendo trejeitos de todos os estilos, e sabendo dosar as intensidades cênicas para que o filme ficasse mais aberto, e isso foi bom para a proposta, de modo que chegamos a desconfiar bem do principal elemento, e claro ficamos indignados com as besteiras que acabam fazendo para ocultar suas mentiras, e assim sendo diria que todos foram muito bem escalados e dirigidos. Dan Stevens deu seu tradicional ar canastrão de galã, que logo de cara já sabemos aonde vai dar com seu Charlie, e a cada nova cena tudo é preparado para os demais momentos, ao ponto que o ator colocou até um pouco de raiva para chamar atenção, mas nem precisaria, funcionando bem até o fim. Alison Brie exagerou um pouco em trejeitos desesperados, e seus atos nervosos ficaram bem artificiais, mas de certa forma sua personagem Michele pedia isso, e assim sendo acertou também, mas poderia ser menos surtada. Sheila Vand deu o tradicional ar critico em cima de mulheres estrangeiras, brincando com xenofobia, e entregando momentos bem intensos com sua Mina, agradando desde o ar sedutor até os momentos mais desesperados dela. Jeremy Allen White veio com seu Josh com ares que já sabíamos o rumo que tomaria, mostrando alguém sem controle tanto na língua, quanto na força física, de modo que ficamos só esperando rolar tudo, mas foi bem feito seus atos surtados, e claro suas loucuras. Já Toby Huss trouxe um Taylor misterioso, racista e com muitas palavras e frases duplas, de modo que acabamos ficando com raiva dele, e isso foi um acerto para a trama, de modo que seu resultado acaba chamando atenção ao menos.
Visualmente a equipe encontrou uma locação de tirar o fôlego, com uma casa imponente, cheia de detalhes cênicos incríveis, com um penhasco imponente de fundo, uma floresta densa que debaixo de muita névoa deu o tom para as cenas de perseguição, e que de modo geral mostrou todo o trabalho intenso que tiveram para tudo, ao ponto que cada detalhe conta, e que acaba envolvendo bastante com tudo.
Enfim, volto a dizer que o resultado foi um filme interessante, mas que foi mal finalizado, de forma que quem gosta de um terror mais violento vai reclamar bastante, e que quem gosta de tomar mais sustos também irá reclamar, sendo para aqueles que curtem o meio termo funcional e bem planejado, e sendo assim só recomendo para esses. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, afinal esse mês está recheado de boas estreias do gênero, então abraços e até logo mais.
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