A sinopse nos conta que dois amigos de infância, Vaughn e Marcus decidem curtir o fim de semana e viajam para uma área remota da Escócia. Chegando lá, os dois são surpreendidos por uma situação cuja principal forma de superar é tentar agir normalmente.
O motivo do fechamento ruim pode ser atribuído talvez a inexperiência do diretor e roteirista Matt Palmer, pois aqui estreando em ambas posições (antes apenas tinha feito curtas-metragens), talvez ele não tenha preparado algo mais contundente ao ponto de que todo o ritual da pequena vila encontrasse algo melhor para fazer com os rapazes, ou então algo mais rápido de pensamento para a cabeça deles, pois o filme sim tem a proposta de mostrar que encobrir uma mentira é algo não muito fácil, mas se vai fazer, que a complete, e infelizmente nem os personagens, nem o roteirista acabaram completando ela de maneira imponente suficiente. Ou seja, o filme até tem uma certa atitude, mas não se desenvolve após o conflito de maneira a parecer convincente, ficando rodando sem rumo, até chegar ao bizarro fechamento que nem na história mais impossível do mundo aconteceria.
Sobre as atuações diria que o elenco ficou levemente perdido nos atos, de modo que os protagonistas Jack Lowden e Martin McCann trabalharam seus Vaughn e Marcus com segurança até irem para a floresta atirar, e a partir dali precisariam de uma melhor definição de desespero para que ficasse mais real, pois ambos se desregularam nas atitudes, fizeram caras e bocas, e principalmente não sabiam mais para onde olhar na câmera, ao ponto que o filme parece sofrer o mesmo baque que os personagens e se desliga totalmente, ou seja, vemos um apagão de estilo e de personalidade, de modo que não conseguem mais chamar atenção em nada, até o momento da fuga, aonde novamente se desesperam, e fazem algo mais produtivo ao menos. Tony Curran poderia ter dado um ar mais imponente para seu Logan, sendo meio que o prefeito da cidade, mas ficou com uma personalidade meio vaga, e mesmo nos atos mais fortes do final foi levemente frouxo demais. Já Ian Pirie trabalhou seu Brian como o cachorro louco da cidade, e talvez com mais atitudes dele o filme fluiria para alguns rumos mais fortes, mas não optaram tanto por isso.
Visualmente o longa trabalhou bem com florestas para todos os lados, uma cidadezinha extremamente interiorana que já teve áureos tempos com a caça, mas que hoje vive apenas com os habitantes sem muito rumos, fazendo apenas festas e vivendo bêbados, e com isso a equipe de arte trabalhou poucos elementos cênicos, claro todos próprios dos momentos de ocultação do cadáver, e com isso vemos facas, armas, pás, roupas sujas e símbolos bem jogados na cara do espectador, que os moradores nem veem num primeiro momento, mas mostraram que a equipe ao menos pensou em tudo.
Enfim, é um filme que talvez se melhorado a dinâmica de miolo chamaria até mais atenção, mesmo com o final ruim, mas eles ficaram muito bobos rodando na cidade, e com isso o resultado acaba ficando enrolado demais. Claro que o absurdo maior é o fechamento, que de forma alguma aconteceria em lugar algum, mas como costumo dizer, quando o longa já desanda no miolo, o diretor se for imponente sabe melhorar ou criar algo para chamar a atenção, já os estreantes acabam se perdendo ainda mais, e estragando tudo. Ou seja, é daqueles filmes que você só descobre o motivo de colocar na lista e não ver durante um bom tempo, depois que vê, pois não dá para recomendar de forma alguma. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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