O longa nos conta que Kelly Ferguson é uma jovem que está trabalhando como babá pela primeira vez. Quando o menino de quem ela está cuidando é sequestrado por uma legião de monstros, Kelly é apresentada a uma sociedade secreta de corajosas babás que protegem crianças do mundo todo de diversos tipos de monstros. Ao lado de um novo grupo de amigas, ela vai lutar para salvar a criança de quem prometeu tomar conta.
A diretora Rachel Talalay atualmente tem feito muitas séries, mas começou lá atrás fazendo um filme de terror do Freddy Krueger em 91, então de intensidade de terror ao menos conhece bastante, e aqui ela soube usar muito bem o roteiro de Joe Ballarini, que inclusive é o escritor do livro, de forma que acabaram brincando bastante com todos os ambientes cênicos, criaram monstrinhos computacionais bem interessantes, e principalmente conseguiram trabalhar a história num misto de terror e aventura bem gostoso tanto para as crianças, quanto para adultos que gostam do estilo, pois mesmo apelando para situações mais bobinhas, a trama entrega algo inteligente de formatação, tendo boas dinâmicas, e agradando do começo ao fim, inclusive dando brecha para quem sabe ter continuações. Ou seja, é um filme que passa até longe de ser simples, que tem uma boa pegada, e que envolve da forma que foi entregue, não precisando de grandes astros para se sustentar, e que facilmente passaria num cinema numa sessão 3D com toda a tecnologia de coisas saindo da tela, mas que mesmo na TV funcionou bem.
Sobre as atuações, Tamara Smart não tem muito estilo, nem é daquelas que chama tanta atenção, mas sua Kelly até entrega boas dinâmicas e trejeitos ao ponto de acabarmos curtindo o que faz em cena, porém como não puxa tanto o filme para si, praticamente todos os demais personagens acabam soando mais protagonistas que ela, e isso é ruim. Dessa forma, assim que Oona Laurence entra em cena, ficamos tão conectados com sua Liz, que mesmo nas cenas que ela está em segundo plano acabamos focados nela, talvez pelo cabelo diferenciado, mas com certeza pelas atitudes mais fortes e marcantes, ao ponto que acaba agradando mesmo fazendo caras de poucos amigos. Agora certamente a surpresa total do longa é Tom Felton com um visual completamente diferente do que estávamos acostumados, ao ponto que seu Grand Guignol tem todos os trejeitos de pessoa malvada, faz intensidades de maldades, mas ao fundo até acabamos gostando de ver ele, e isso é algo bacana pelo fato de poder entrar para o famoso hall de vilões que gostamos de ver, e sendo assim foi muito bem do começo ao fim. Quanto aos demais, a maioria aparece bem pouco em situações mais simples ao ponto que acabamos curtindo seus atos, mas não indo muito além, e desde o garotinho Ian Ho acaba envolvendo com seu Jacob medroso e sem sono, Ty Consiglio entrega um Curtis cheio de apetrechos mágicos para a protagonista lutar, e Troy Leigh-Anne Johnson dá o tom de ajuda em qualquer lugar com sua Berna, ou seja, todos acabaram saindo muito bem nos seus pequenos atos, e até Indya Moore faz uma pontinha como a mulher-gato Peggy Drood.
Visualmente o longa tem alguns leves problemas, e nem é nas cenas com os monstrinhos em computação que são uma graça com tudo o que fazem e com suas texturas, de forma que as cenas com eles acabam soando tão divertidas que valeria até mais tempo na tela, nas cenas bem ambientadas tudo acaba funcionando bastante tendo uma festa de Halloween bacana, uma casa riquíssima, e até mesmo no quartel general das babás tudo é bem construído e interessante de ver, porém quando o jovem construtor de poções resolve ligar para vários QGs em outros países resolveram fazer um chroma-key com fundos em movimento, e aí ficou algo muito artificial que não agradou em nada, pelo contrário, até atrapalhando todo o resultado bonito que vinha seguindo antes, ou seja, poderiam ter mostrado menos países e feito algo mais trabalhado.
Enfim, é um filme gostoso demais de conferir, que diverte e agrada bastante do começo ao fim, que certamente poderia ter bem menos defeitos com uma protagonista que chamasse mais a atenção e um visual mais simples, porém melhor trabalhado, mas que com bons efeitos visuais, muita técnica, e principalmente com um estilo agradável que se espera muito mais, o resultado empolga e de certa forma vale bem a conferida. Ou seja, pegue toda a família e curta a trama, pois vale a pena. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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