A sinopse nos conta que apesar de sua devoção a Salem, sua cidade natal, Hubie Dubois é uma figura de grande zombaria para as crianças e adultos. Quando ocorre um desaparecimento misterioso no Dia das Bruxas, Hubie assume a responsabilidade de investigar o caso, sendo a esperança para salvação da data.
Sinceramente não sei o que o diretor Steven Brill tentou fazer com a história de Sandler, pois se pararmos para analisar a fundo, a trama não chega a ser ruim, tendo um mistério para ser solucionado, muitas cores vibrantes, e até uma produção bem grandiosa, porém o ritmo colocado foi tão lento, e os trejeitos e vozes do protagonista soaram tão bizarros que acabamos não entrando na vibe em momento algum, ao ponto de chegar a dar sono realmente (e isso é algo raríssimo de acontecer comigo pelo menos!). Ou seja, diria que faltou trabalhar melhor a dinâmica do mistério, e mesmo que o protagonista fosse um personagem bobão, deixar ele mais vivo no filme, pois ficou parecendo uma festa de Halloween dos amigos do Sandler, com o elenco completo de todos os seus filmes, mas que ninguém quis ajudar ele a seguir com um filme decentemente divertido ao menos.
Basicamente se você já viu um filme do Sandler, você já sabe como cada um dos seus amigos aparece, então para falar das atuações é até fácil demais, pois aqui caiu também um dos problemas gigantes do longa, afinal Adam Sandler quis colocar um trejeito estranho para seu Hubie, com uma voz boba e infantil, uma personalidade de 10 anos no corpo de um adulto, e nada batendo com nada, ao ponto que chega a desanimar vê-lo dessa forma, e incomoda demais tudo. Julie Bowen é o par romântico da vez, mas aqui ficou só na torcida, não indo a fundo com sua Violet, e a atriz até tentou um algo a mais chamativo, mas não funcionou. Steve Buscemi fazendo um lobisomem real foi até bem encaixado, mas seu personagem acabou ficando frouxo de atitudes, e nem é tão usado, o que daria um charme bem colocado. Rob Schneider fica o filme inteiro como um misterioso maluco que fugiu do sanatório, mas não se mostra, nem se joga no personagem, ficando bobo demais. June Squibb caiu bem como a mãe do protagonista, entregando uma velhinha bem maluca, cheia de desenvolturas, e até tendo um carisma que merecia mais cenas para aparecer. Agora quanto aos demais, todos foram exagerados visualmente e nas personalidades, não chegando a ponto algum, ou seja, desde Kevin James, passando por Maya Rudolph, Ray Liotta e Tim Meadows, ninguém conseguiu entregar nada, e até mesmo a participação de Shaquille O'Neal foi forçada demais.
Visualmente o longa é daquelas produções bem completas de elementos cênicos, com casas decoradíssimas ao nível máximo, como um grande Halloween pede, com monstros a solta, muitos figurinos interessantes, e principalmente casas do horror com muitos elementos visuais prontos para assustar quem estiver dormindo durante o longa, de modo que tudo é bem usado (tirando o excesso de comida e outras coisas bizarras que tentam tacar no protagonista). Ou seja, a equipe de arte teve um trabalho imenso para tudo, elaborou vários ambientes como uma rádio temática, um drive-in com filmes de terror clássicos, várias casas bem preparadas, mas usaram pouco, o que é uma pena.
Enfim, é um filme que até talvez tenha lá sua proposta anti-bullying, que dá para ser analisada e florear algo a mais, mas como comédia, ou até mesmo como um filme do Sandler que gostamos de ver para fazer rir, o resultado foi de péssimo pra baixo. Ou seja, não tenho como recomendar de forma alguma, pois o ritmo é ruim, os trejeitos são ruins, e tudo acaba mais cansando do que agradando, então é melhor ir para outro filme. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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