A sinopse nos conta que depois de uma experiência de quase morte durante um tornado estranho, Danielle Moonstar acorda em um centro de pesquisa abandonado administrado pela misteriosa Dra. Cecilia Reyes. Lá, o Dra. Reyes apresenta Dani a outros quatro adolescentes igualmente incomuns: Illyana Rasputin, Rahne Sinclair, Sam Guthrie e Roberto da Costa, que quer mantê-los sãos e salvos até que aprendam a ter total controle de suas habilidades extraordinárias. No entanto, embora a equipe excepcional de presidiários traumatizados acredite que estão sendo tratados e cuidados, em pouco tempo, todos começam a ter alucinações horríveis. Mas, essa instituição deveria ser um lugar seguro. Eles são pacientes ou prisioneiros?
Tenho certeza que o problema do longa não foi o diretor Josh Boone, pois ele foi bem competente nos desenvolvimentos de seus filmes anteriores, porém aqui pediram tantas refilmagens, tanta arrumação, tanto isso, tanto aquilo, que é notável diversos problemas técnicos de continuidade, e até diferenças casuais entre pedaços da trama, ao ponto que até os jovens atores já deviam estar de saco cheio de ter que voltar para o set de filmagem para alguma correção. Ou seja, o diretor foi bem coerente na ideia da trama, que aparentemente se passa praticamente logo após "Logan", e que talvez se encaixaria com algo a mais depois para descobrirmos mais sobre a organização que cuida do hospital, veríamos eles indo para o mundo amplo dominado pelos X-Men, e por aí vai, porém com a compra da Fox pela Disney, tenho quase que 100% de certeza de que não darão seguimento aos 5 mutantes aqui apresentados, pois o filme não se encaixa no perfil da empresa, e o resultado está sendo fraco demais. Ou seja, é um longa com muitos erros técnicos, mas o diretor mostrou muito serviço, principalmente pelo tom mais puxado para algo de terror/suspense, do que para uma aventura casual que é mais o estilo da franquia.
Sobre as atuações, é claro que temos de falar de Alice Braga com sua Dra. Reyes, pois mesmo sendo simples de trejeitos, a atriz conseguiu dominar todos seus atos, sendo imponente e até cheia de poderes para se mostrar como algo direto na perspectiva que o longa queria, e ela foi bem no controle, teve atitude e se colocou sempre pronta para tudo, ao ponto que embora seja a "vilã" da trama, seu resultado agrada bastante. Sendo o primeiro longa da protagonista Blu Hunt acredito que deram responsabilidades demais para a garota, de modo que sua Dani fica sempre em destaque, porém não empolga com seus atos, de tal maneira que acabamos nos cansando dela, mas ao final quando é falado seu poder, acabamos até chamando ela por um outro personagem de terror que conhecemos, e talvez se logo de cara tivessem usado isso, e claro, colocado uma atriz mais experiente, o resultado seria bem melhor, mesmo não sendo ruim o que faz em cena. Dessa forma, Anya Taylor-Joy acabou se entregando mais com sua Illyana, e sua personagem cheia de atitude e trejeitos acabou chamando bem mais atenção, e desenvolvendo muito mais que a protagonista, de forma que mesmo sendo alguém que os efeitos precisaram exagerar demais para mostrar poderes, ela se expressou bem, e chega até incomodar com sua desenvoltura para cima da protagonista. Maisie Williams é daquelas atrizes graciosas que sabem se portar com uma classe para as câmeras de forma que mesmo sem ir muito além chama os olhares para si, e assim sua Rahne acaba sendo simples de expressões, mas interessante demais para tudo o que faz, agradando bem em todas as dinâmicas. Já os dois garotos nem tem tantas dinâmicas para serem mostradas, mas acabaram saindo bem em cena, desde o meio caipira Charlie Heaton com seu Sam descontrolado, cheio de força, porém sem controle, até o brasileiro Henry Zaga com seu personagem também brasileiro Roberto da Costa pegando fogo, ou seja, eles foram colocados para complementar praticamente, pois não possuem quase que nenhum ato chamativo para se mostrarem mais.
Visualmente o tom do filme é praticamente um filme 100% de terror, com cenas bem escuras, corredores sujos com muitas portas, injeções, polígrafos, salas abandonadas, personagens com figurinos mais escuros, e até mesmo os poderes dos personagens são puxados para algo mais denso, ou seja, o filme tem todo um clima misterioso e imponente, que só não é melhor por não terem trabalhado tanto nos efeitos, pois tudo parece falhar em diversos pontos, ou seja, vemos erros amadores em alguns casos, e isso pesa a mão, mas que mesmo não sendo algo tão primoroso, o resultado que a equipe de arte conseguiu passar ao menos nos ambientes físicos foi algo bem interessante e prazeroso de ver.
Enfim, o filme está bem longe de ser a completa bomba que muitos críticos mundo afora estão dizendo, mas também não é a melhor coisa que já vi, principalmente dentro da franquia X-Men, mas ao meu ver agrada mais do que desaponta, principalmente se não for conferir com tanta expectativa, e assim sendo vale a sessão, e diria que até é levemente melhor que "X-Men - Fênix Negra". Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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