A sinopse nos conta que para os irmãos Kip e Josie, traficar opióides não é apenas um negócio de família - é seu único meio de sobrevivência. Quando um negócio dá errado, Kip decide que quer sair. Mas a tentativa de Kip de escapar do legado de sua família acende um barril de pólvora de violência e traição, pondo em perigo Kip, Josie e seu irmão mais novo, Boots, neste emocionante thriller policial que chega a uma conclusão devastadora.
Assim como a maioria dos filmes que entram em cartaz na plataforma da Amazon, é bem fácil descobrir o problema de um longa assim que clico na filmografia do diretor e aparece ser o primeiro filme, pois é nítido aqui que faltou experiência para que a trama fosse além, e assim Anthony Jerjen até mostrou que tem uma técnica bem apurada para criar climas, mas não desenvolveu isso ao ponto que fluísse para algo mais intenso (claro tirando as últimas cenas!). Ou seja, em sua estreia o diretor pegou um texto forte, que precisaria de mais tensão do começo ao fim, e apenas executou tudo, quase como uma leitura de livro sem imaginar tudo antes, ao ponto que vemos o filme sendo executado, todas as cenas aparecendo, mas elas não explodem, e isso é um problema gigante que mereceria ser resolvido para o filme ser bem melhor, pois tem potencial no texto, e os atores aparentavam disponibilidade para isso.
Sobre as atuações, Josh Hartnett trabalhou até que bem seu Kip, colocando trejeitos fortes no personagem, ousando cenas mais fortes com olhares mais abertos, e sabendo segurar a dramaticidade cênica para si, pois seus momentos são todos para dois lados, e facilmente valeria uma explosão, mas o resultado final agrada e chama atenção ao menos. Já Margarita Levieva entregou uma Josie intensa porém muito calma, ao ponto que seus atos não se justificam de uma maneira correta e fluida, que vemos acontecer tudo meio que jogado, e o resultado final ainda choca não pelo acontecer, mas sim pelo ato em si, ou seja, acabou parecendo fraca demais para tudo que a personagem pedia. Owen Teague passa o filme todo como um moleque bobo demais com seu Boots, mas vemos o filme ir se desenrolando para que ele tenha um surgimento, e isso ocorre apenas com uma denúncia e um corte de cabelo, ou seja, ou o roteiro estava de piada conosco, ou o ator não fez o que poderia para chamar a atenção ficando jogado demais, e acredito mais nessa segunda opção. Quanto aos demais, a maioria serviu apenas para as conexões da trama, tendo um ou outro ato chamativo, mas sem grandes aparições, valendo um destaque bem mediano para Dash Mihok como o Xerife, mas nada de muito expressivo.
O visual da trama é bem escuro em quase todas as cenas, tentando trabalhar a densidade dramática num nível mais baixo, e claro mostrando algo meio como um submundo criminoso, e temos boas cenas bem montadas, com ambientes marcados como um bar, uma serralheria bem suja, e até mesmo na cena mais "diurna" em meio a um descampado, o resultado ali acaba ficando tenso e sujo após as circunstâncias, ou seja, a equipe de arte quis colocar o filme como algo tenso, e ao menos nesse quesito conseguiu.
Enfim, é um filme que poderia ser incrível pela história, mas que não engrena, ficando enrolando quase que a maior parte do tempo, e resolvendo tudo de uma maneira rápida e que não convence, ou seja, é daqueles filmes que quase dormimos, mas que o final ao menos compensa um pouco, e que claro não dá para recomendar. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
2 comentários:
Na minha(humilde)opinião faltou o passado dos personagens para justificar os atos do presente. Filme bem mediano, que me lembrou o também recente "Arkansas. Uma boa história mas mal conduzida. Parabéns pelas críticas do site. Realmente são muito boas. Abraços
Opa valeu Fausto... cara é bem isso mesmo, faltou justificar os atos de tudo, e isso é algo que irrita bastante... o pior é que lembra mesmo o "Arkansas" viu, lembro o dia que uma amiga me indicou ele, fiquei puto com ela... rsss... abraços!!
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...