A sinopse nos conta que um médico desonrado e sua família são mantidos reféns em sua própria casa quando um grupo de criminosos que fogem de um assalto mal sucedido procuram atenção médica imediata.
Diria que o diretor Matt Eskandari junto com os produtores foram espertos de jogar Bruce Willis na trama para vender ela, pois embora o filme tenha uma essência de ação de sobrevivência que casualmente ocorre nos longas aonde ele é colocado, aqui o foco todo é entre os assaltantes e o médico, de modo que Willis fica bem em segundo plano e falha consideravelmente em sua luta com o assaltante, ao ponto que não vai muito além e fica machucado quase que o filme todo sem fazer muita coisa. Ou seja, o diretor até trabalhou bem a essência do filme de família reclusa, situação de loucuras e riscos de vidas, uma dinâmica intensa meio que sem nexo algum, mas esqueceu de dar a liberdade, e claro a força, para o personagem que sabemos que faz tudo em um filme desse estilo, de forma que acabamos esperando bem mais do que vemos, fora os absurdos comuns de uma pessoa baleada saltar de um celeiro, uma pessoa correr estilo maratona com braços e pernas bem orquestrados, um revólver de 6 balas dar uma tonelada de tiros, e por aí vai, ao ponto que tudo incomoda bastante, mas se tivesse Willis protagonizando as bizarrices, seria menos ruim.
Sobre as atuações, como já disse Bruce Willis acaba sendo quase que um personagem secundário na trama com seu Frank, de modo que vemos ele até fazendo suas tradicionais caras e bocas, mas sem muita expressão nos momentos chaves, ao ponto que até temos alguns atos que aparentaram que o ator iria para cima de tudo, mas não chegam a impressionar, ou seja, foi usado apenas para vender o filme para os fãs do ator. Chad Michael Murray até entregou alguns atos bem colocados com seu Rich, mas sempre entregando olhares meio perdidos pareceu não estar satisfeito com seu personagem, ao ponto que vemos ele meio estranho demais, e mesmo nos atos mais fortes ele não nos surpreende como poderia. Sem dúvida alguma o destaque da trama recai para Shea Buckner com seu Jamie completamente instável, cheio de trejeitos e dinâmicas que deram o tom completo para o longa, ao ponto que vemos ele desesperado pelo irmão, mas maluco também para ver muito sangue, ou seja, surtando fácil demais. Tyler Jon Olson fez um Mathias sereno e bem colocado, quase nem sendo um assaltante tradicional, e passou bem o sentimento de dor, de palidez, de tudo mais, ao ponto que agrada o que faz, mesmo que alguns momentos pós-tiro pareçam meio falso, mas não foi ruim o que fez pelo menos. Lydia Hull acabou fazendo uma Jan meio desesperada demais, e inverossímil frente a uma situação de assalto, ao ponto que numa situação real teria tomado um tiro direto, mas a jovem não desapontou tanto. Quanto aos demais, todos foram enfeites cênicos para a trama, então nem vale a pena gastar palavras.
Visualmente o longa tem uma certa sujeira cênica, com uma cirurgia numa mesa de cozinha, com tudo aberto e feito sem muita delicadeza, uma corrida de carros bizarra no meio das trilhas da fazenda, um tiroteio desnecessário numa loja de conveniência, e um celeiro completamente bagunçado aonde tem de tudo guardado, ou seja, a equipe de arte quis fazer uma zona imponente e conseguiu, ao ponto que nada parece ter necessidade, mas acaba sendo usado, sendo que nem sabemos o que queriam com o filme, e o resultado acaba sendo igual ao visual.
Enfim, é um filme razoavelmente mediano, que poderia ter sido mais ágil, com mais reviravoltas, e principalmente com muito mais participação de Bruce Willis (ou então tirasse ele de vez do filme, tipo morrendo na primeira cena, para que analisássemos somente o restante), pois com ele em cena sempre ficamos esperando um pouco de tudo, e não acontece, ao ponto que o filme soa morno e estranho demais. Diria que mesmo não sendo um filme ruim, não recomendo ele para muita gente não, pois a chance de mais reclamar do que gostar é bem alta. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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