O longa nos mostra que três décadas depois, Bill (Alex Winter) e Ted (Keanu Reeves) ainda não conseguiram escrever a melhor música de todos os tempos. Os amigos, então, têm a ideia genial de viajar para o futuro, para quando já tiverem escrito a música, e roubá-la de si mesmos… o que poderia dar errado? Ao lado das suas famílias e da inseparável amiga Morte (William Sadler), eles precisam encontrar a música perdida e salvar o mundo de uma possível catástrofe. Tudo isso, claro, sendo excelentes uns com os outros e deixando a festa rolar!
Chega a ser até engraçado ouvir os protagonistas falando nas entrevistas que o longa não foi nem um pouco planejado, que apenas resolveram fazer e saiu, pois sabemos bem que não funciona assim no mundo do cinema, e dito isso o diretor Dean Parisot pesquisou muito os longas de 1989 e 1991 para conseguir extrair bem a essência dos roteiristas, e criar um filme como se tivesse ocorrido em 1993, pois é uma trama bem atemporal, afinal brinca com idas para o passado, para o futuro, para o inferno, e sendo sagaz em criar toda a bagunça que isso acaba rolando, múltiplos passados e futuros, além de personalidades diferentes, usando claro teorias atuais sobre essas ideias, e também jogando como se fosse uma brincadeira completa. Ou seja, é um filme aonde se preocuparam em brincar com tudo, mas tentar dar um realismo (ao menos visual) com boas propostas e ainda ousar trabalhar com a ideia de uma música atemporal e universal, que é algo que muitos dizem não ser possível. Sendo assim o diretor foi preciso na ideia, deu praticamente carta branca para os atores brincarem em cena, e o resultado foi um filme leve e gostoso para curtir, que quem for fã dos antigos vai entrar no clima e gostar, e mesmo quem nunca tiver visto nenhum dos anteriores vai se divertir também, pois é um filme de viagem no tempo como qualquer outro, e tem uma rápida abertura explicativa do que rolou no passado, ou seja, vá ver, e se divirta com tudo.
Sobre as atuações é fato que ambos os protagonistas envelheceram muito desde os primeiros filmes, e a química entre eles não é algo mais tão conectado, porém ainda assim se entregam bastante nas suas diversas versões, e o resultado acaba agradando bastante com o que fazem, de modo que vemos um Keanu Reeves bem disposto com seu Bill, cheio de personalidade e olhares, porém não diria que ele se encontrou com o personagem de muitos anos atrás, pois atualmente prefere mais ir para a briga do que criar desenvolturas, e assim diria que ele foi correto, mas não perfeito. Já Alex Winter que praticamente não tem feito tantos filmes como ator, acabou se divertindo mais com seu Ted, trabalhando mais sacadas e sorrisos, e fluindo bem com seus momentos, mas não fazendo nada de muito surpreendente também. As garotas Samara Weaving e Brigette Lundy-Paine se jogaram completamente com suas Thea e Billie, ao ponto que chegam a soar até meio que bobas demais, mas as personagens pediam isso, e seus fechamentos foram preciso para com o que o filme pedia, ou seja, foram bem mesmo exagerando com trejeitos demais. Kristen Schaal acabou falante demais para com sua Kelly, mas a personagem pedia isso, e talvez pudessem ter até desenvolvido mais sua personagem, mas sairia do fluxo dos protagonistas, então fez o que pode. E para fechar, tivemos um WIlliam Sadler curtindo demais sua volta para o filme como a Morte, ao ponto que se dessem mais tempo de tela para ele, fluiria ainda mais, já no caso das esposas e do pai e mãe do protagonista, diria que ficaram meio que jogados demais, servindo apenas para algumas piadas, então melhor nem entrar na discussão. Já as diversas participações e sósias de artistas famosos foram algo bem bacana de ver, brincando com Kid Cudi, Dave Grohl, entre outros.
Bem, se nos anos 90 eles já puderam brincar bastante com efeitos visuais para as viagens no tempo, agora com toda tecnologia, tudo ficou muito mais bonito de ver, embora a cabine já bem gasta fique soltando faíscas a todo momento, mas tivemos passagens por diversas épocas bacanas da música com as garotas selecionando membros para a banda, tivemos um final apocalíptico bem trabalhado de elementos cênicos e figurantes, tivemos uma cidade futurista bem marcante e bonita, além de um inferno cheio de dinossauros, lava, e tudo mais, agradando bastante visualmente, e mostrando que a equipe de arte além de pesquisar bem os personagens para ficarem aparecendo no longa, jogaram com estilos e funcionalidades bem trabalhadas para agradar e chamar atenção.
Como todo bom longa musical, a trilha sonora escolhida foi bem primorosa e embora mostrem apenas alguns acordes de músicas conhecidas, todo o conteúdo original em si foi bem interessante de ouvir, e o resultado chama bastante atenção, com claro um fechamento digno da música "Face The Music" que dá nome ao filme, então claro que deixo aqui o link para ouvirem as canções e curtirem pós-filme.
Enfim, é um longa gostoso de conferir, que nem vemos o tempo passar (mesmo sendo bem curtinho com apenas 88 minutos), e que funcionou dentro do que se propôs, não querendo ser uma novidade monstruosa, mas sim uma continuação fiel aos demais, caindo meio que longe da época original, mas que mesmo não sendo perfeita, e até exagerando um pouco (o que era bem comum de ver na época), acaba agradando e divertindo bastante, sendo assim recomendada tanto para os fãs, quanto para aqueles que nunca nem ouviram falar nos personagens. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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