Se tem um estilo de filme que amo é o tal de destruição do mundo, sempre vejo todos, fico tenso, vibro com as situações, me emociono junto com os personagens, e tudo mais que é possível, e sempre fico na torcida para que os diretores do gênero não apelem tanto e destruam os filmes com efeitos toscos ao invés de destruir o planeta realmente na trama, e hoje felizmente depois de um longo período sem filmes do gênero veio para o interior a pré-estreia do longa "Destruição Final - O Último Refúgio", que entra em cartaz na semana que vem e entrega algo muito intenso, cheio de cenas dramáticas fortes, um começo devastador de ideias, pessoas desesperadas, e claro, muita burrice de alguns personagens para que o filme tivesse algo a mais para contar e acontecer, pois seria muito fácil, chegar, entrar no avião e ir para o bunker, e fim de filme. Então se prepare para tudo o que for possível e imaginário de ver, com bons efeitos, uma história abstrata (afinal nada se fala de um cometa aparecer do nada para destruir o planeta com seus fragmentos, então nem dá para crer muito no acontecimento, mas sim nas situações que ocorreriam da mesma forma maluca com toda certeza!), e muita tensão em tudo, afinal não economizaram no envolvimento passado, e o resultado acaba agradando bastante, mesmo que o improvável aconteça demais.
A sinopse nos conta que uma família luta para sobreviver enquanto um cometa segue em direção à Terra. John Garrity, sua esposa Allison e seu jovem filho Nathan fazem uma perigosa jornada à procura de um local seguro para se estabelecerem. Nessa jornada, eles enfrentarão o pior da humanidade em um momento de crescimento do pânico, desbravando um cenário onde a lei não existe mais.
Se tem uma coisa que sabemos sobre o diretor Ric Roman Waugh é que se ele se deu muito bem com Gerard Butler após o filme "Invasão ao Serviço Secreto", pois ao dirigir o terceiro filme da franquia, o diretor já o colocou nessa nova produção e já está acordado dele protagonizar seu próximo filme que ainda está em pré-produção, ou seja, deu química, afinal Ric já foi dublê no passado e após começar a dirigir grandes produções de ação tem acertado bem a mão e cada vez ganhado maiores orçamentos, ao ponto que aqui sua história é completamente explosiva, cheia de cenas com toneladas de carros e figurantes, muita destruição pra todos os lados, e mesmo usando muita computação o resultado acabou não ficando exageradamente apelativo, ou seja, ele nos entregou uma proposta de filme que não tem como não gostar, pois entra drama, ação, explosões, brigas de casais, sequestros, politicagem, e claro, um fim de mundo, que mesmo estando passando por algo que é assustador na vida real, adoramos ver em um filme para ficarmos com medo de algo do estilo realmente acontecer. Ou seja, o diretor pegou um bom roteiro de Chris Sparling, que é mais conhecido por bons roteiros de drama e terror, e deu dinâmica, deu emoção e fez com que funcionasse do começo ao fim, aliás com um começo bem mais dramático que tudo, um miolo emocionante, e um final desesperador que vai certamente agradar muito quem gosta do estilo, mesmo com leves falhas desnecessárias em algumas cenas.
Sobre as atuações é inegável que Gerard Butler sabe segurar uma tensão como ninguém, trabalhando olhares, partindo pra briga, e claro sempre se desesperando atrás de alguém, ao ponto que aqui seu John não é um personagem daqueles que vamos nos conectar muito, mas que soube dosar seus atos, criar um carisma, e que ao final já estamos torcendo para que ele consiga tanto achar a família, quanto salvar todos, e talvez um ator menos brucutu chamasse mais a atenção para o que o personagem pedia, afinal já vimos ele como segurança fazendo coisas mil, então um pai de família tradicional aqui pesaria bem mais a carga dramática, porém ele é um tremendo ator e foi bem em tudo. A brasileira mais americana que temos Morena Baccarin deu um bom tom para sua Allison, ao ponto que o problema que existiu entre ela e o marido e apenas ficamos sabendo por algumas conversas, acabou ficando tão jogado e desnecessário que após a destruição mandar ver, o amor volta a dominar bem, e a atriz trabalhou bem a forma de fazer isso com um olhar de perdão bem colocado, porém nas cenas desesperadoras como a do carro fugindo após ser colocada pra fora é quase de surtar, mas o que fez na cena da barraca militar, quem não chorar é bem forte mesmo, pois foi lindo de ver. O jovem garotinho Roger Dale Floyd trabalhou bem seu Nathan, mas foi chorão demais, ao ponto que pareceu exagerado o que o diretor pediu para ele, porém sua cena no segundo aeroporto foi de uma expressividade muito boa, mostrando que o jovem pode surpreender se quiserem, ou seja, funcionou bem. Quanto aos demais personagens, praticamente todos foram conexões para algum momento dramático do filme, desde os militares, passando pelos vizinhos dos protagonistas, pelos ocupantes do carro que dá carona para a protagonista e os homens do caminhão que dá carona para o protagonista (ambos que sabíamos com certeza o que rolaria pelo desenrolar das conversas!), até chegarmos no pai da protagonista que foi quem entregou algumas cenas mais destacadas, ao ponto que podemos dizer que Scott Glenn foi quem mais se destacou nos secundários, fazendo bem seu Dale.
No conceito visual, o diretor soube honrar bem o orçamento grandioso que lhe foi dado, pois usou poucos protagonistas (ou seja, economizou no cachê), mas soube aproveitar muitas cenas de destruição via computação gráfica, tacou muito fogo em tudo para lembrar suas épocas de dublê, e conseguiu criar o desespero gigantesco com muitos figurantes em diversas cenas, lotando de carros parados em diversas locações, e não precisando focar em um ambiente só, meio como um road-movie de fuga, que funciona pela proposta completa, além claro de não precisar muito mostrar as cenas finais (o que foi um pouco desanimador), mas ao menos mostrando como ficou várias cidades conhecidas destruídas, e assim o resultado valeu muito a pena.
Enfim, sei que vou parecer um pouco exagerado na nota que irei dar, que certamente mais pra frente vou rever o filme e baixar bem a nota, mas estava tão sedento por um longa catástrofe bem feito, que o resultado geral acabou me agradando bastante, me fazendo emocionar em algumas cenas, e ficar nervoso com outras, ou seja, tudo o que um bom filme do gênero precisa fazer, e sendo assim, valendo a recomendação para todos, mesmo com alguns erros, alguns exageros, e até algumas cenas de computação levemente forçadas, ou seja, veja, se divirta, e ignore muita coisa. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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