O longa conta a história, baseada em fatos reais, de uma das maiores forças de combate a incêndio dos EUA: os Granite Mountain Hotshots. Quando um imenso incêndio na região do Arizona se inicia, uma verdadeira guerra contra o tempo é travada por esse grupo de bombeiros na tentativa de apagar o fogo.
Diria que o diretor Joseph Kosinski foi seguro dentro do roteiro para mostrar bem a desenvoltura dos bombeiros, e que principalmente foi certeiro ao filmar tantas cenas com fogo sem matar ninguém asfixiado ou queimado, ao ponto que o filme passa um realismo tão perfeito que chegamos até a acreditar que os protagonistas foram para o meio dos incêndios gravar as cenas, e isso é algo muito bom de ver, porém as cenas dramáticas de miolo acabaram não funcionando como um estopim certeiro de envolvimento, tanto que não nos conectamos nem a história do superintendente com sua esposa domadora de cavalos, nem do drogado com sua filhinha, e assim sendo o filme acabou ficando somente com foco dos incêndios, que é bom, é real, porém não vai além. Ou seja, o diretor fez um filme muito real de essência, mostrou como são feitos os processos de fogo contra fogo para conter grandes incêndios, trabalhou bem a amizade e a família que se forma entre a equipe, mas não criou um carisma suficiente de emocionar, o que acabou pesando um pouco na desenvoltura completa da trama.
Sobre as atuações, Josh Brolin se portou de forma bem imponente com seu Marsh, criando situações fortes e verdadeiras de um personagem bruto, porém com muita vontade de comandar, agradando pela certeza cênica, e claro pela forma que o ator sempre agrada na tela. Miles Teller cada vez mais tem mostrado que já tem personalidade suficiente para papeis que misturam boa dramaticidade com envolvimento, e aqui seu Brendan foi crucial para os momentos mais dramáticos do filme, ao ponto que talvez um apelo em cima dele funcionasse bem, porém a história de seu personagem é meio jogada e não causa o que precisaria para isso, mas o ator ao menos supriu as necessidades cênicas e foi bem em cena, agradando bastante. Chegou a ser até engraçado ver Jeff Bridges com um visual completamente diferente do que estamos acostumados com seu Duane, ao ponto que seu personagem é mais um elo conector de tudo, e nem vai muito além com suas cenas, mas sua emoção nos atos finais é bem bonita de ver, mostrando algo que não vemos comumente o ator fazer. Taylor Kitsch também veio com um visual bem diferente para seu Mack, e embora o personagem comece com muitas brigas com o protagonista do filme, vemos depois muita amizade e bons atos juntos, ao ponto que o ator trabalhou seu personagem de forma agradável e interessante de ver. Quanto aos demais, tivemos bons momentos de quase todos, uns aparecendo mais, outros menos, tendo leves destaques para Jennifer Connelly com sua Amanda imponente, e James Badge Dale com seu Jesse comandando todos os jovens no meio do fogo.
Visualmente o longa se passa quase que inteiro no meio de florestas pegando fogo, ao menos as partes que mais importam, e todas foram tão bem feitas que como disse no começo ficou parecendo que os atores foram realmente para o meio de florestas incendiadas, ou seja, um show da equipe de arte e claro da equipe de efeitos especiais que soube "dominar" o fogo ao redor dos atores, além disso tivemos uma pequena cidade bem representada, bares com shows country, ranchos de cavalos e tudo com muita simplicidade cênica, porém funcional para a trama.
Enfim, é um filme que até esperava me emocionar um pouco mais com tudo o que foi mostrado no trailer, mas que acaba agradando bastante, e funciona como uma homenagem para os reais bombeiros, e suas famílias, pois foi algo simples bem feito, que até poderia ter ido além com um pouco mais de ficção ou dramaticidade para emocionar mais o público, mas ainda assim vale a conferida. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos.
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