A sinopse nos conta que quando Joel se vê sozinho e precisa cuidar de seu filho de 8 anos, coisas estranhas começam a acontecer. O pequeno vive assustado e, para garantir que não há nada de monstruoso pela casa, Joel dá uma máquina fotográfica para o menino, assim, sempre que tivesse medo, a foto captaria o que há de verdade nos cômodos. Apesar de ser cético, as coisas começam a ficar estranhas e dois padres entram em cena. É uma corrida contra o tempo para a alma de um garotinho que culmina com uma revelação sombria e chocante que vai te deixar questionando a profundidade do diabo dentro de todos nós.
Diria que o diretor Pearry Reginald Teo é daqueles que se algum dia fizer qualquer filme sem ser um terror é capaz de todos ficarem com mais medo de ver do que qualquer filme seu de terror, pois a lista de filmes tensos e fortes é bem grande que escreveu e dirigiu, ou seja, tem conhecimento para saber onde assustar e pegar o espectador desprevenido, e aqui ele foi bem sagaz em nos explicitar exatamente no começo o que iria mostrar (o que a maioria não irá prestar atenção, e depois irá reclamar que não entendeu), pois ele nos dá os estágios da possessão, mostra os diversos demônios passeando ao redor de tudo, e brinca com nossa mente na ideia completa da trama para confundir realmente, e claro insere cenas tradicionais de vômitos, de tensões e tudo mais, ao ponto que podemos até falar que o final não fecha o furo do miolo, mas se voltarmos para o começo tudo faz um pouco mais de sentido, e mostra que o diretor foi muito bem no que fez. Claro que o filme brinca com muitos clichês do gênero, e apela bastante, mas o estilo pede um pouco disso para arrepiar realmente, e sendo assim o filme vai funcionar para quem gosta, pois não vá esperando que o diretor entregará uma trama envolvente demais, pois não é essa a proposta, e sendo assim, o filme agrada bem.
Sobre as atuações, diria que faltou Robert Kazinsky se soltar mais para seu Joel, de modo que tem horas acredita no que está rolando, em outras parece meio perdido, e praticamente em todas as cenas ele faz expressões estranhas demais para com seus atos, ao ponto que muita coisa acaba nem fazendo tanto sentido, ou seja, poderia ter ido mais além. Quanto dos dois padres, ficaram exagerados e jogados demais dentro da proposta do filme, parecendo ser até uma continuação de algo com o que fazem em cena, de modo que tanto Peter Jason com seu Lambert, quanto Douglas Spain com seu Michael acabaram fazendo até algumas cenas bem intensas, mas não foram além com o que deveriam ter feito. O garotinho Caden Dragomer até fez algumas cenas bem bacanas, trabalhou bem suas cenas de exorcismo com olhos virando e trejeitos fortes, de forma que seu Mason acaba saindo bem bacana de ver. Agora quem surpreendeu bem foi Florence Faivre com sua Maya, ao ponto que se mostrou bem imponente nos atos, chamou bastante atenção para as cenas finais, e conseguiu surpreender com alguns trejeitos fortes, mas talvez pudesse ser mais forte em alguns atos para agradar mais.
No conceito visual da trama, como é de praxe em longas de terror, temos muitas cenas escuras, uma casa com elementos cênicos bizarros e macabros, ao ponto que depois até vamos entender tudo no final, mas durante todo o longa chega a ser estranho ver tudo ali, e usaram em exagero imagens com efeitos de cores e luzes sobrepostas, meio como fantasmas surgindo do nada na mente do protagonista, e isso não foi algo que tenha agradado ver, mas de certa forma a equipe de arte foi bem no que propuseram, e o resultado agrada bem.
Enfim, é um bom longa de terror, mas tem defeitinhos demais espalhados por toda a trama, tampando alguns furos para conseguir explicar tudo no final, e explorando demais a imaginação dos espectadores, ao ponto que um final mais intenso acabaria agradando mais. Ou seja, não é um filme ruim, mas certamente poderia ter sido muito melhor com a proposta que tinham para mostrar, e sendo assim recomendo ele apenas para quem gosta de terror com sustos, pois os demais só irão reclamar de tudo. Bem é isso pessoal, fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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