Não posso dizer muito sobre o estilo do diretor Brandon Christensen, pois não vi o seu primeiro filme, mas aqui ele foi bem coerente nos atos mais tensos ao ponto de causar bons arrepios no público, pois ao invés de usar o traquejo de pegar desprevenido, ele optou por prepara o espectador para algo e intensificar o momento com coisas que ninguém pensaria num primeiro momento, e vindo de maneira bem trabalhada o resultado acaba sendo imponente e chega a assustar bastante. Ou seja, o diretor e roteirista não foi muito ousado nos atos, mas criou um bicho estranho como entidade, e trabalhou bem o envolvimento dele com a família, além claro de situações intensas, ao ponto que o resultado final funciona bem e agrada quem gosta do estilo, porém certamente poderia ter ido muito além com um conceito mais adulto, e claro com mais sustos.
Sobre as interpretações não diria que nenhum dos personagens teve algum grandioso destaque, ao ponto que o jovem Jett Klyne até tem uma boa desenvoltura com seu Josh, fazendo trejeitos desanimados sob efeito do remédio, outrora bem feliz com o amigo invisível, mas sempre sem nenhuma explosão, o que acaba soando estranho em filmes do estilo, pois geralmente vemos alguém mais rebelde, e isso não ocorreu aqui. Keegan Connor Tracy tem um começo meio estranho e desconfiado demais com sua Beth, mas conforme vai vendo seu passado aparecer mais forte, a atriz começa a ter medo e desespero cênico ao ponto de até cair bem para a personagem, porém também sem muito destaque. Sean Rogerson é quase um enfeite com seu Kevin, mas quando o rumo foi para seu lado foi bem bacana ver seu desespero, e ali resolveram bem o problema dele. Quanto aos demais, Sara Canning passeou um pouco com sua Jenna, e nem foi importante visualmente para a trama até seu desespero nas últimas cenas, de modo que se recebeu um cachê muito gordo é melhor devolver, e Stephen McHattie até teve alguns atos bem marcados com seu Dr. Seager, mas olhou para a câmera em diversos atos, fazendo coisas bem amadoras, o que desanima ver ocorrer em um filme, ou seja, Z poderia ter tido uma boa conversa com ele também, e falando em Z, Luke Moore até tentou aparecer um pouco mais, mas o diretor não quis ele em cena, então só vemos seus vultos praticamente.
Visualmente chega a ser até engraçado, pois sempre escolhem casarões gigantes para filmes de terror, perto de florestas, com ambientes bem escuros, e aqui nada fugiu disso, sendo bacana os diversos momentos com pinturas na parede, o brinquedinho de letras sonoras, e claro a cena genial com os diversos brinquedos, de modo que ali o filme tem sua explosão, pois depois quando vemos a protagonista quase virando uma garotinha novamente na casa de sua mãe, o estilo desanda completamente. Ou seja, a equipe de arte foi bem nos elementos cênicos, e junto com uma fotografia quase que 100% escura resultou em algo bem tenso e bacana de ver, dando um ar levemente antigo para tudo, mas muito bem feito.
Enfim, está longe de ser um longa genial, mas apresenta um bom resultado, e quem gosta de filmes de terror com sustos certamente irá curtir a ideia mostrada, ao ponto que recomendo a conferida, mesmo que o segundo ato tenha decepcionado. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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