Diria que o diretor Christopher Landon vai ser o nome dessa fase do cinema de terror divertido, pois já em seu quarto longa do estilo (se considerarmos "Como Sobreviver a um Ataque Zumbi"), está criando uma marca conhecida e que daqui a algum tempo quando vermos algo assim com piadas, sustos e mortes violentas já ligaremos ao seu nome, ou seja, ficará marcado e isso é muito bom. Claro que aqui ele não foi genial com um roteiro insano como fez com os dois filmes "A Morte Te Dá Parabéns", porém soube usar as facetas de troca de corpo e a boa dinâmica dos protagonistas para que seu filme fluísse bem e divertisse dentro do proposto, além de causar choque com as mortes entregues, usando bem de efeitos práticos e computacionais para que o realismo fosse bem presente. Ou seja, a história talvez pudesse ter ido além, e tido até mais matança, mas usando de algo rápido e dinâmico, nem percebemos que o filme teve quase duas horas de projeção, ao ponto de querermos até um algo a mais, mas não a forma escolhida para fechar, pois diria que a ideia final poderia ser melhorada como uma sacada mais própria em cima da troca, mas isso fica para outro longa talvez, afinal aqui já valeu o momento bem feito.
Quanto das atuações, posso dizer com toda certeza que Vince Vaughn voltou a ativa, pois se antes estava fazendo comédias bobas demais, com piadas ruins, aqui soube passar a mente feminina de uma maneira tão bem encaixada que mesmo as besteiras que seu carniceiro versão feminina faz acabam funcionando (como as no banheiro), ou seja, o ator se entregou bem e acabou agradando do começo ao fim. O mesmo posso dizer de Kathryn Newton com sua Millie, pois quando ainda não tinha mudado de corpo estava fraquinha demais, boba, sem muita atitude, ao ponto que quando o carniceiro entra em seu corpo vemos uma mulher potente, com garra, visual matador, e inicialmente parece meio desengonçada que até soa estranho de ver, mas depois a jovem tem boas cenas fortes e mesmo não tendo uma fluidez muito boa de trejeitos, acaba agradando bastante. Quanto dos amigos, não tivemos nenhuma grande surpresa, com Celestre O'Connor sendo bem simples de atitudes com sua Nyla, e Misha Osherovich deu um ar gay meio que forçado para seu Josh, com sacadas e trejeitos forçados demais, mas que não atrapalha, e colocar Uriah Shelton como um galã foi exagerar demais, pois seu Booker ficou bobão demais em tudo, mas sendo divertidas suas cenas no carro na delegacia. Quanto da mãe e da irmã, são dois enfeites praticamente, tendo a mãe vivida por Katie Finneran uma boa cena na loja, e poderiam ter aproveitado bem mais Dana Drori com sua Charlene, afinal uma policial na trama daria bons momentos.
Visualmente a trama mostrou que a equipe de arte teve de entrar para o hall dos fatiadores de plantão, cortando muitos pedaços de pessoas, impactando nas maquiagens de cortes, em pedaços de coisas sendo introduzidas, muito sangue cenográfico para todo lado, e claro situações tensas para dar alguns sustos, como na casa assombrada do parque com personagens e coisas aparecendo do nada, com a cena pós jogo de futebol com muita fumaça, e claro com as cenas dentro do colégio na aula de marcenaria e no banheiro, além do bom começo na casa dos ricos, ou seja, a equipe trabalhou bastante e o resultado impressiona com muitos elementos cênicos bem usados, valendo a atenção em cada detalhe.
Enfim, é um filme que quem gosta de um terrorzão mesmo talvez reclame dos exageros cômicos e do ar adolescente demais, mas quem for disposto a curtir umas mortes violentas com uma boa dose de comédia certamente irá sair contente com o resultado final, mesmo sendo algo levemente apelativo. Ou seja, recomendo ele com algumas ressalvas, mas digo que me diverti bastante com tudo o que vi, além de fazer umas boas caretas com as cenas violentas mostradas. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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