Mulher-Maravilha 1984 (Wonder Woman

12/17/2020 01:17:00 AM |

Um tremendo filmaço! Essa é a melhor definição do novo filme da DC, "Mulher-Maravilha 1984", pois é daqueles que vemos tudo de bom que foi o primeiro filme, junto das várias coisas que reclamamos que ficaram faltando lá. Ou seja, é o verdadeiro fanservice, mas com uma boa história, com bons personagens, com uma trama que envolvesse bastante, e principalmente com grandes momentos, ao ponto que tudo acaba surpreendendo conforme vai aparecendo, desde a cena de abertura grandiosa com a pequenina "garotinha-maravilha" Diana participando de uma competição gigantesca em Themyscira, até chegarmos na cena incrível no meio dos créditos que quem tiver mais de 40 anos provavelmente irá vibrar na sala do cinema. Sendo assim é daqueles filmes que fazem valer a conferida na sala do cinema, pois são cenas grandiosas, com um visual impecável, muitas dinâmicas e principalmente sem muitas piadinhas, o que faz toda a característica dos longas da DC, além de um contexto moral muito bem usado que funciona muito para tudo o que a proposta da super-heroína precisava, tem bons vilões, e felizmente não se faz necessário nenhuma conexão com os demais personagens de outros filmes da empresa, entregando algo que só de ter visto o primeiro filme da heroína já dá o excelente encaixe, e sigamos para muitos outros.

A trama acompanha Diana Prince/Mulher-Maravilha em 1984, durante a Guerra Fria, entrando em conflito com dois grandes inimigos - o empresário de mídia Maxwell Lord e a amiga que virou inimiga Barbara Minerva/Cheetah - enquanto se reúne com seu interesse amoroso Steve Trevor.

Não diria bem que seja uma sinopse o que a empresa forneceu, afinal esconderam até o último minuto o que veríamos no longa, e isso foi bom, pois sem saber metade das surpresas acabam sendo geniais, e isso só mostra o potencial da diretora Patty Jenkins, que se antes do filme de 2017 não tinha um grande nome, agora já está preparando um filme épico e um longa da saga mais imponente dos cinemas, ou seja, explodiu. E não por menos, pois aqui ela soube conduzir tão bem a trama, criar tantas boas possibilidades, que muitos em alguns momentos até vão se perguntar se foram ver um longa de ação ou uma trama comum, pois temos boas cenas com diálogos, temos muita interação visual, e claro também as famosas cenas inacreditáveis, mas que como é um filme de super-herói acaba funcionando, afinal nos remete ao que já lemos nos quadrinhos, ao que já vimos nas animações de antigamente, e assim acabam fazendo com que acreditemos em tudo o que ocorre. E ao brincar com a famosa frase de que para ganhar algo você precisa perder algo também, o longa acaba soando interessante pela proposta, brinca com a perca de força da protagonista, brinca com o empoderamento feminino atual, e principalmente, não força tanto a barra para algumas situações, dando claro a moral que se todo mundo puder fazer o que desejar, o caos acaba tomando conta, ou seja, é necessário ter regras para tudo. Ou seja, é um filme intenso, bem desenvolvido, e que felizmente tem a formatação tradicional de começo/meio/fim, ao ponto que não vamos precisar ficar esperando algo daqui sabe lá quantos anos para vermos uma continuação, já que tudo aqui é resolvido, e funciona demais.

Sobre as atuações, Gal Gadot é maravilhosa, tem um carisma incrível maior ainda que sua beleza, e que conquista a todos com cenas cheias de boas desenvolturas, com uma movimentação precisa nas cenas de ação, e mais do que se entregar para a personagem, ela segurou muito bem os diálogos e trejeitos, ao ponto que o filme não fica nem engessado, nem forçado nas funções dramáticas, ou seja, a atriz faz de sua Diana/Mulher-Maravilha, não apenas uma mulher com poderes, mas sim uma mulher poderosa em todos os sentidos, e agrada demais. Kristen Wiig trabalhou muito bem sua Barbara, mostrando duas facetas completamente opostas de personalidade, e sabendo encontrar com seus atos algo envolvente para chamar a atenção, ao ponto que após o seu desejo ela vira uma mulher muito mais poderosa, porém perde sua humanidade, e assim até virar a Cheetah vemos toda sua mudança acontecer em trejeitos e tudo mais, ao ponto que até fui preparado para ver uma computação ruim no seu visual, mas a até que não ficou ruim, e o resultado visual mais atriz funcionou bem, chamando atenção e não sendo apenas algo jogado. É até engraçado o visual que Pedro Pascal acabou ficando para seu Max Lord, pois se antes chegaram a cogitar o brasileiro Wagner Moura para o papel acabamos vendo um personagem muito parecido com o ator nacional, ou seja, procuravam esse biótipo dele mesmo, mas pela não aceitação do brasileiro, deram uma engordada no chileno e Pedro que é um tremendo ator deu uma imponência monstruosa para o empresário maluco, conseguiu trazer todas as atenções possíveis para suas negociações, além de incorporar trejeitos tão fortes que chegamos a ver algo fora do comum no que faz, mostrando muito serviço e agradando demais. Chris Pine foi o elo cômico da trama com seu Steve, ao ponto que era nossa maior curiosidade de como iria aparecer no longa depois do que ocorreu com ele no filme anterior, e a sacada foi muito bem colocada, embora estranha, pois não usaram nem o efeito prático do personagem real, nem mostrar seu outro visual em outras cenas, assim configurando algo que pode ser considerado um erro técnico (digo isso nas cenas aonde outras pessoas sem ser Diana o veem também), ou seja, vale para rir das coisas que faz, e o ator agrada bastante, mas poderiam ter pensado um pouco mais, e aí o acerto seria ainda melhor. Quanto aos demais, praticamente todos foram encaixes nas negociações de Max, e sendo assim nem valem tanto destaque, mas certamente temos de pontuar a imponência da garotinha Lilly Aspell como a jovem Diana (novamente, afinal já apareceu no primeiro longa), mostrando força e muita desenvoltura tanto expressiva como corporal, e claro da grande surpresa da personagem que aparece na cena do meio dos créditos, que não vou dar um spoiler direto, mas possui 71 anos!

Visualmente temos um filme cheio de cenas grandiosas, com muitas lutas corporais bem colocadas, festas, figurinos clássicos dos anos 80 dominando nas ruas e academias, uma imponente abertura com uma competição de mulheres em Themyscira retratando toda a característica competitiva de muita força e destreza das personagens com um visual lindíssimo de ver e acompanhar, temos o famoso jato invisível que tanto acompanhamos nos desenhos, temos muitos objetos cênicos da época também como TVs de tubo, computadores antigos demais, câmeras gigantescas dos programas de TV, boas sacadas dentro de um museu com vários artefatos, e claro duas grandiosas perseguições num shopping e na Casa Branca, além disso tudo, ainda temos uma destruição monstruosa por toda a guerra que acaba ocorrendo após todos fazerem seus desejos, criando uma bagunça já no Egito, e depois algo ainda maior nos EUA, aparecendo objetos para todos os lados possíveis, ou seja, um filme que faz valer a conferida numa tela bem grande, pois como todo blockbuster de super-heróis o resultado visual chama muito mais atenção que a história (embora aqui o empate ocorra). Além disso, volto a frisar a pena que está sendo não termos 3D devido a pandemia, pois conferi o longa numa tela Imax, e é notável a quantidade de cenas que a diretora filmou usando técnicas de profundidade e de coisas saindo da tela, principalmente nos momentos de voo da protagonista, e assim sendo o pessoal que for conferir em casa quando sair as versões digitais 3D certamente irá gostar do resultado.

Enfim, não diria ser um longa perfeito, afinal pontuei no texto até alguns defeitos técnicos aparentes, porém é daqueles filmes que nos transmitem tantos sentimentos, que me vi emocionado pela grandeza técnica de praticamente um blockbuster realmente que chamasse atenção, além de funcionar demais tanto como um longa de super-heróis, quanto um drama de época consistente e interessante pela moral passada, ou seja, até poderia dar a nota máxima e recomendar ele com todos os louvores possíveis, mas vou tirar um ponto para ser coerente como crítico, mas como público me apaixonei por tudo o que vi acontecer na telona. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas amanhã já volto com mais textos dos streamings, e devo seguir somente com streaming até o ano que vem, pois não temos acho que mais nenhum lançamento nos cinemas nas próximas semanas deixando a Maravilha fazer a bilheteria máxima possível no meio do caos que estamos vivendo, então abraços e até logo mais meus amigos.


7 comentários:

Luis Fernando disse...

Uma grande pena estarmos sem o nosso velho amigo 3D,excelente critica coelho,pretendo comprar o filme em blu-ray quando lançar no brasil pela warner..

Mauro disse...

Fala Fernando! Tudo na paz! Vou ver ele hoje em 3D te falo aqui o que achei. abraços!

Unknown disse...

Concordo com sua nota Fernando. Achei melhor que o um em termos de entreterimento. Acho a história do um mais rica. Agora não entendi esse filme estar concorrendo ao Fambroesa de Ouro.

Fernando Coelho disse...

Fala amigo desconhecido... o Framboesa não tem lógica alguma, eles colocam sempre filmes de super-heróis que foram lançados no ano, e esse é o da vez!!

Fernando Coelho disse...

Eae Mauro... como foi o 3D? Abraços!!

Mauro disse...

Olá Fernando! Bacana!? Cara... você não perdeu nada! o 3D não tem praticamente nada! Fiquei chateado porque pensei que seria show mas infelizmente horrível.
O BD 3D está em Imax, tela cheia muito bom mais o 3D desse filme está igual o fúria de titãs 1. Tomara que o Godzilla vs Kong seja melhor porque parece ser um filmaço. Abraços amigo! Tudo de bom". AH... Você tem alguma notícia do avatar 2? Será mesmo 3D sem óculos? pelo que ví aqui pesquisando a toshiba está com o projeto da tv 3D sem óculos. Valeu!

Fernando Coelho disse...

Opa Mauro... que bom que não perdi nada... depois comente das últimas animações que vi se saírem em 3D, pois pareceram ter bons elementos!! Avatar está quase igual caviar... só vamos saber algo na hora que formos comer! E tá difícil de comer... kkkkkkk

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