Depois de escrever diversos filmes bem intensos, Matthew Michael Carnahan resolveu que era chegada a hora de dirigir seu primeiro filme, e aqui temos a famosa falha tanto de estreantes que querem mostrar muito serviço, quanto a de roteiristas famosos que quando pegam para dirigir não querem mudar a ideia que pensaram logo de cara, pois certamente esse roteiro nas mãos de qualquer outro diretor até manteria a ideia do final, porém no miolo, dando uma desenvoltura maior para o fechamento, pois acabar da forma que acabou mostra algo que é bonito e interessante, mas não em uma guerra, muito menos em uma missão suicida insana. Ou seja, até temos um filme intenso, cheio de batalhas bem travadas, muitos tiros, muitos mortos, muitas explosões e tudo mais, afinal é uma produção dos irmãos Anthony e Joe Russo, que adoram sair explodindo e destruindo tudo a sua frente, mas talvez faltou alguém chegar no diretor após ler o roteiro e falar que ele precisava de algo a mais para que seu filme ficasse primoroso, mas como não rolou, apenas veja sem esperar muito do fim, pois quem sabe a chance da surpresa seja positiva para você, o que não foi para mim.
Sobre as atuações, vale destacar a mudança completa de personalidade de Adam Bessa com seu Kawa desde as cenas iniciais até a final, parecendo que o filme não rolou apenas em alguns dias, mas sim anos, pois o jovem ator é quase outro no fim, e mostrou uma boa desenvoltura em tudo, embora tenha faltado um pouco mais de personalidade nas cenas iniciais, virando claro quando pega sua machadinha, ou seja, foi bom, mas demorou para explodir. Suhail Dabbach trouxe para seu Jasem toda a imponência de uma boa liderança, chamou a responsabilidade para si em diversos momentos, e conseguiu ter um bom carisma para um líder de guerra, coisa que raramente ocorre, pois geralmente são grandes matadores, e aqui ele foi bem com olhares e bons trejeitos do começo ao fim. E claro temos de falar de Is'haq Elias com seu Walled desesperado com tudo, cheio de intensidade, e que aparentemente não esperávamos nada dele, até chegar no final, e aí entendemos tudo. Quanto aos demais, todos são encaixes, mas foram bem em estilos variados, e agradam em cada cena sua, sem atrapalhar os protagonistas.
Visualmente já estou quase certo que Hollywood montou um Iraque próprio em algum estúdio, pois com tantos filmes se passando em meio a ruínas do país, com grandes amplitudes, tiros e explosões para todos os lados, ir filmar lá realmente deve ficar muito caro e complicado, então acreditaria plenamente se assim como a Globo monta cidades inteiras nos estúdios, lá fizeram algo do tipo, e todos os filmes com tanques, humvees e tudo mais estão prontinhos para serem filmados, e acabam funcionando bem, com ataques para todos os lados, e bons momentos, embora os inimigos nem sejam mostrados direito em cena.
Enfim, é um filme interessante que até tem bons momentos, que tem uma história imponente, porém um final ruim demais, que mereceria estar na trama, porém no miolo, com algo mais forte fechando tudo. Ou seja, até recomendo o longa com uma ressalva imensa do fechamento, então quem gosta de filmes de guerra pode até ser que curta o desenvolvimento, mas certamente irá reclamar ao final. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais um texto, então abraços e até logo mais.
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