O diretor Andy Tennant andou um pouco sumido das telonas, depois de "Hitch, Conselheiro Amoroso" e "Caçador de Recompensas", mas nem por isso perdeu seu bom estilo com formatações felizes e bem desenvolvidas, mesmo com situações adversas, e aqui ele pegou uma boa história de Bekah Brunstetter, que por sua vez se inspirou no livro "O Segredo" de Rhonda Byrne, e usou ela para se reinventar, não entregando uma trama exageradamente feliz, mas também não recaindo para sofrimentos e envolvimentos que fizessem o público sair lavando a sala de tanto chorar, de modo que seu filme entrega uma vivência bem colocada, e a dramatiza em cima mostrando que a famosa lei da atração pode ser funcional, de que desejando algo bom você pode alcançar isso, claro que há momentos bem apelativos, afinal no meio de uma tempestade monstruosa não iria aparecer um cara do ifood com sua pizza preferida, mas alguns momentos são plausíveis e interessantes de ver e sentir. Além de que o diretor soube conduzir bem o conflito romântico (que fica na cara logo na primeira cena que irá rolar), e também a quebra dramática por um motivo também bem imponente, e assim sendo o filme funciona. Ou seja, é um filme bonito de ver, que até dá para refletir sobre o tema da atração como aconteceu nos anos seguintes ao lançamento do livro, mas que vale bem mais como um bom romance familiar ficcional.
Sobre as atuações, diria que Katie Holmes trouxe uma personalidade bem encaixada gostosa de ver para sua Miranda, com um pessimismo clássico de pessoas digamos azaradas, mas que com uma suavidade bem direta conseguiu passar sua mensagem e envolvimento como mãe, agradando bastante em todos os momentos. Josh Lucas trabalhou bem seu Bray, criando alguém até exageradamente forçado de tão positivo, mas que depois é mostrado seu motivo de mudança pessoal, e o resultado até passa a ser digamos mais real de acreditar, e claro funcionou bem como galã, com um tom suave na voz, tons expressivos bacanas e que claro acaba conquistando com o que faz. Celia Weston trabalhou sua Bobby como a tradicional sogra mala, daquelas que acabam irritando qualquer um pelo excesso de proteção e desconfiança, de forma que seus atos até chamam bem a atenção e acabam sendo interessantes da forma feita. Jerry O'Connell até teve alguns bons momentos com seu Tucker, mas nada que chamasse muita atenção, mas não atrapalhou o andamento da trama e assim foi bem no que fez. Quanto das crianças, o destaque claro ficou a cargo do expressivo Aidan Pierce Brennan com seu Greg, mas Sarah Hoffmeister deu um bom tom também para sua Missy, e a jovem Chloe Lee ficou um pouco mais apagada, mas o trio funcionou como família ao menos, e isso é o que faz valer dentro da trama.
Visualmente a equipe escolheu boas locações para ambientar a trama, com uma casa meio que simples, mas num lago maravilhoso que a equipe de fotografia aproveitou o sol ao máximo para que as cenas ficassem incríveis com os pôr-do-sol, de forma que cada ato ali foi usado sombras e tudo mais possível para dar as nuances do longa, além de uma casa em condomínio de idosos e uma mansão mais elaborada que nem foi tão usada, mas tudo bem encaixado para cada momento, com detalhes claro para o conserto do telhado, a tempestade monstruosa, o hotel chique, o restaurante que a protagonista trabalha, e tudo mais que pudesse dar as formatações corretas para o filme. Ou seja, não é um filme que a equipe de arte precisou de muita cenografia, mas que tiveram um certo trabalho para representar os bons símbolos de cada momento como destruição, festas e tudo mais.
Enfim, é um bom filme, nada que chegue a ser surpreendente, mas que agrada bastante com a mensagem que passa, e que funciona bem como um bom romance, ou seja, vale a recomendação para quem gosta do estilo, e também para aqueles que acreditam na famosa lei da atração, que nem foi tão representativa como é no livro e no documentário de 2006, mas que funciona bem também. Bem é isso pessoal, finalmente tive um filme melhorzinho nesse começo de ano, mas vamos em frente para achar algo bem interessante a ponto de nos emocionar ou surpreender, então abraços e até logo mais.
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