O diretor Mikael Håfström tem um estilo bem peculiar em suas produções que é a de ir dando impacto aos poucos, não deixando o fluxo seguir rápido demais, e isso é bom de ver principalmente em histórias que não tem muito o que contar, como é o caso de guerras que não aconteceram e em muitos casos de tramas de terror, e aqui a dosagem dos atos foi bem colocada para que sentíssemos desde o processo de envolvimento entre os protagonistas, passando pela essência clássica das guerras futuristas que muitos roteiristas tem imaginado, até chegarmos claro no ponto principal do ato aonde fica claro a discussão entre humanidade do jovem piloto com o fato do androide ter suas vontades próprias sem aceitar comandos diretos. Ou seja, o diretor brincou bem com uma temática que sempre é usual em longas futuristas de como os robôs irão se comportar com inteligências cada vez mais trabalhadas, se irão aceitar comandos ou se acabarão decidindo o que fazer persuadindo os humanos ao seu redor, e assim o filme tendo essa base pode brincar bastante, ter boas cenas de lutas e tiros, e ainda envolver com uma boa história que funciona, e que agrada bastante.
Sobre as atuações, diria que a dupla escolhida foi bem colocada e se doaram bastante para que o filme ficasse bem convincente, ao ponto que acabam entregando carisma e atitude bem colocados nos devidos atos, e principalmente não forçaram para aparecer, caindo exatamente aonde precisavam para que isso acontecesse tranquilamente. E dessa forma o jovem Damson Idris conseguiu ter um protagonismo bem colocado, se impondo quando precisava, e não ficando atrás da estrela de Mackie, pois facilmente isso aconteceria com outros atores, mas aqui vimos seu Harp batendo, correndo, se desesperando em cenas bem trabalhadas, e principalmente criando atos corajosos, coisa que facilmente não se apresenta em segundo plano, e assim seu resultado soou forte e primoroso. Da mesma maneira, Anthony Mackie que já estamos acostumados a ver em grandes batalhas, se doou bem para o papel de Leo, e claro que também já acostumado com as tecnologias das roupas em seus personagens, acabou trabalhando um lado que nem chegou a soar robótico, mas sim um estilo duro e direto, o que acaba chamando atenção nos seus atos, além claro de ousar com trejeitos mais cômicos nas cenas que podia, fazendo com que o personagem saísse do estereótipo casual. Além dos protagonistas, tivemos alguns atores que tiveram boas conexões com eles, e chamaram a atenção para seus atos, como Emily Beecham com sua Sofiya misteriosa, Michael Kelly com seu Eckhart cheio de rancores com ambos os protagonistas, e até mesmo Pilou Asbæk próximo do final com seu Victor cheio de gracinhas, ou seja, tendo a base nos dois, mas dando boas nuances com todos os demais para o filme fluir sem precisar de histórias secundárias.
Visualmente o longa teve bons trabalhos tecnológicos, mostrando muitos robôs dos dois lados da guerra, vários atos com explosões, muitos tiros com diversos tipos de armas, e claro cidades destruídas, acampamentos de refugiados com tecnologias interessantes, e vários momentos com ângulos diferentes para uma dinâmica mais precisa, e assim o resultado acabou chamando bastante atenção, e tudo pareceu bem realista, embora claro o ar tecnológico dominasse, e não mostrassem muita diferença de 2036 para agora, o que foi bem interessante dentro da proposta.
Enfim, é um filme bem interessante, dinâmico e que ainda tem uma proposta de fundo bem colocada, agradando bastante quem gosta do estilo, mas certamente poderiam ter ido além com mais cenas após o fechamento, para sabermos um pouco mais de tudo, mas isso é querer demais, então indico o filme que mesmo não sendo perfeito, resulta em uma trama forte e bem feita, e fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...