É bem fácil entender o problema de duração do filme ao pesquisar sobre o diretor David Prior e ver que é seu longa de estreia após diversos curtas-metragens, pois ao pegar uma trama recheada de desenvolvimentos como é o caso de uma graphic novel, o melhor seria a trama passar por algum roteirista experiente para já dar uma boa limpada dos exageros, e assim cair nas mãos de um editor forte para que sua trama ficasse mais simples e direta. Porém longe disso se tornar algo que faça o filme não ser interessante, o resultado acabou entrando em rumos mais abertos para poder ter mais ganchos, o que fará com que alguns se cansem, mas aqueles que conseguirem chegar ao final irão gostar bastante de toda a ideia completa. Ou seja, é daqueles filmes que o diretor acaba ficando com dó de cortar coisas que filmou, e acaba alongando todo o material para mostrar alguns detalhes que talvez nem fossem necessários, mas mesmo que um pouco cansativo, o filme tem bons trabalhos com cultos, seitas estranhas, possessões e lendas, o que dá pra ele algo como um material bem completo.
Sobre as atuações, James Badge Dale soube segurar bem o clima investigativo da trama com seu James Lasombra, tendo claro muitos atos de dúvida sobre si mesmo, muitos flashbacks para mostrarem, e claro um envolvimento estranho em suas atitudes, ao ponto que é o famoso que acaba indo nos lugares que não deveria ir, que faz o que não deveria fazer, e que tanto ficamos bravos nos filmes de terror, mas ele foi imponente, e ao final seu personagem foi fortíssimo em tudo o que fez, agradando bem. O mais engraçado é que mesmo tendo diversos outros personagens, a trama praticamente toda fica ao redor do protagonista, mostrando claro alguns atos dos adolescentes com foco em alguns atos meio que estranhos de Sasha Frolova com sua Amanda, alguns momentos abstratos e jogados de Joel Courtney com seu Brandon, e até mesmo nas pirações de Samantha Logan com sua Davara, mas nenhum conseguiu chamar a atenção suficientemente. E quanto dos personagens do começo, Aaron Poole deu alguns trejeitos bem fortes para seu Paul, Evan Jonigkeit teve alguns atos de heroísmo com seu Greg, mas também não foram além para funcionar, tanto que o filme logo acelera para os anos atuais. Até mesmo Marin Ireland tentou ter alguns atos mais chamativos com sua Nora, mas logo fica em segundo plano, tendo apenas cenas quentes para serem mostradas nos flashbacks, e assim acabou aparecendo um pouco mais, mas sua personagem é fraca demais para funcionar, e a atriz nem foi tudo isso para se destacar também.
Visualmente o longa tem, como todo bom filme de terror, muitas cenas escuras que você já se prepara para algo acontecer (embora muitas vezes nem aconteça nada!), cenas em esgotos, florestas, casas e escritórios abandonados, seitas, diversos momentos em carros que acabam soando repetitivos para dar o tom de lembranças, e claro alguns momentos fortes com algumas mortes, afinal estamos falando de um estilo que precisava ter ainda mais sangue, mas a equipe soube dosar figurinos estranhos, locações amplas porém sem muita imponência, e o resultado acaba soando um pouco mais simples, porém funcionais.
Enfim, é um filme bem interessante, que está longe de ser perfeito, afinal é longo demais, tem uma bagunça completa de estilos, e certamente poderia funcionar melhor com algo mais dinâmico e direto ao ponto, mas que acaba sendo bacana de conferir e quem gosta de um terror com um pouco mais de história e menos sustos vai acabar gostando do resultado geral, mas já deixo claro para não esperar muito dele, afinal ele não entrega nada surpreendente. Sendo assim fica a dica, e eu fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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