Diria que o diretor e roteirista Dan Bush teve duas boas ideias e resolveu que iria ser uma ideia melhor ainda juntar elas, porém faltou ir um pouco além em tudo para que o filme criasse mais tensão no assalto, e também assustasse um pouco mais no porão, pois ao colocar um pouco de tudo o seu filme acabou ficando frouxo nas duas pontas, e não que tenha ficado algo ruim de ver, muito pelo contrário, até entramos no clima com toda a ideia, e sendo algo bem rápido não cansa também, mas a todo momento esperamos algo mais explosivo, ou alguma ideia melhor da dramaticidade dos personagens, mas como não rola, apenas o final dá aquele lance que não havíamos pensado, e assim o filme fecha bem pelo menos.
E já que falei dos personagens, acredito que faltou também um pouco de vontade dos atores de se entregar mais ao projeto, pois James Franco que sabemos que é um tremendo ator, fez caras tão fracas e desanimadas para seu Ed, que cheguei a pensar até que o ator não queria estar na produção, mas ao final o resultado dele até foi bem colocado se pensarmos de uma forma maior. Não conhecia a filha mais nova de Clint Eastwood, mas também Francesca não puxou tanto para a imponência do pai, pois sua Leah é meio insossa, faz trejeitos forçados, e nos momentos que mais precisava se entregar para a trama ficou meio que jogada sem reações, ou seja, é apenas uma jovem bonita meio que perdida em um filme que necessitava de uma líder de assalto mais durona. E ao tentar jogar o lado durona para Taryn Manning com sua Vee, ela ficou parecendo uma maluca que só sabia gritar em cena, e isso não é algo que agrade tanto de ver, faltando algum nexo maior para sua personalidade, e assim não causando o tanto que deveria. Quanto aos demais, a trama deveria se desenrolar completa em cima de Scott Haze, afinal aparentemente as garotas entraram no meio do assalto para ajudar o irmão que estaria com dívidas, mas seu Michael é meio bobo demais, e quase sem atitudes que dessem algo a mais para ele, porém suas cenas finais foram ao menos bem agitadas, e os outros melhor nem usar, pois apenas apareceram e fizeram seus atos, sem nada a incrementar na trama, de forma que mesmo a supervisora dos caixas sendo usada para contar a história do passado do banco, acabou não sendo algo muito forte de expressões.
Visualmente o longa tem bons momentos por parte do que fez a direção de arte, encontrando momentos clássicos com o banco sendo assaltado, com caixas tradicionais, assaltantes com armas imponentes, todo um conflito de policiais do lado de fora, e ao mesmo tempo toda a tensão clássica de um filme de terror no porão do banco, com pouca iluminação, personagens mascarados, e objetos perfurantes fortes, e tudo mais bem desenvolvido, que até funciona bem dentro do que foi proposto, com bons objetos cênicos do estilo, bons atos de sustos e situações encaixadas para remeter bem ao que um bom filme do gênero necessita.
Enfim, é um filme com uma proposta diferente que talvez funcionasse bem demais se melhor desenvolvido, mas que acabou nem ficando um longa imponente de assalto a banco, nem uma trama de terror forte, resultando em algo bem em cima do muro que não é ruim de ver, por ser rápido e bem arrumadinho, mas que falta aquela explosão realmente. Sendo assim, não digo que recomendo, mas também não digo que é uma bomba tremenda. E fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais um texto, então abraços e até logo mais.
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