O diretor Ian Samuels foi bem direto e objetivo nos atos que desejava passar com sua trama, ao ponto que mesmo sendo um filme que repete muitas cenas, em momento algum vemos elas sendo arrastadas ou forçadas, parecendo até serem feitas de ângulos diferentes ou de formas diferentes para que tivessem algum conteúdo a mais para passar, e isso é algo bacana de ver em um jovem diretor que despontou há alguns anos com um filme "romântico" feito também para outro streaming, e assim conseguimos ver seu estilo, e outro ponto que agrada bastante é que ele é diretor de filmes com roteiros que não assina, ou seja, é daqueles que acaba pegando uma história de outro alguém e conseguindo fazer sua marca impressa, e assim tem um ganho a mais, pois ultimamente só temos visto diretores/roteiristas que já escrevem sabendo o que vão fazer na tela, e embora isso de um tom mais emocional para algumas tramas, quando um diretor é bom mesmo, ele consegue ir além no texto de outra pessoa. Dito isso, o filme tem um ritmo bem marcado, não fica cansando com enrolações, e mesmo não sendo 100% perfeito de atitudes, consegue causar muitas sensações com tudo o que é passado, ou seja, agrada sem apelar, e assim vale a conferida até por aqueles que não são muito amantes de romances, pois aqui entra conceitos matemáticos/físicos, e que junto de uma harmonia em cima da mensagem para tentar ver além do que é bom apenas para você faz valer a lição mostrada.
Sobre as atuações, vemos dois bons atores jovens com uma química até que interessante, mas que não forçaram as cenas, e isso é algo que sempre digo funcionar até mais do que aqueles romances que já saem pegação do começo ao fim, entrando em sutilezas gostosas de ver, e que uma boa paixonite merece ser assim. Dito isso, Kyle Allen é daqueles atores que já não são tão novinhos, mas tem um perfil que dá para se passar por adolescente, e certamente ele vai usar ainda bastante isso em outros longas, de forma que aqui ele deu um bom tom para seu Mark ser carismático, cheio de nuances bem desenvolvidas para mostrar suas habilidades adquiridas após fazer a mesma coisa por vários dias, e ainda soube trabalhar bons trejeitos para cada um dos momentos da trama, ou seja, se saiu bem. Já Kathryn Newton tem aparecido em tantos filmes ultimamente que estamos até acostumando com seu estilo, apesar que tem sido bem dinâmica e feito papeis bem diferentes em todos os longas, mostrando personalidade e bons trejeitos, ao ponto que aqui sua Margaret é misteriosa, cheia de olhares reflexivos, e não se entrega de forma alguma para o romance, vivenciando bem cada momento seu, e chamando a responsabilidade nos atos que precisou, ou seja, agradou bastante também. Tivemos ainda bons momentos com o jovem Jermaine Harris, que passou o longa inteiro jogando videogame, mas trabalhou bons diálogos e olhares, fazendo com que isso chamasse bem a atenção para seu Henry. E quanto aos demais, tivemos alguns bons momentos com o pai e a irmã do protagonista, mas sem muito destaque, e também mais próximo do final com a mãe da protagonista, mas nada surpreendente nos atos expressivos da trama, além claro de vários outros figurantes bem colocados para mostrar os momentos emocionantes que os jovens procuravam na cidade.
Visualmente a trama foi formatada para não ser muito pesada nem leve demais, tendo envolvimento de locações simples, porém bem bonitas, e cores em tons mornos, porém com uma harmonia gostosa de ver, fazendo com que tudo soasse bem trabalhado, ou seja, a equipe de arte foi bem direta em encontrar bons momentos que emocionassem e representou por símbolos bem colocados como um casal de velhinhos vibrando após um bom carteado, um auxiliar de limpeza que toca piano durante sua pausa no expediente, uma águia pegando um peixe, crianças ligando luzinhas numa casa de árvore, uma bolada numa jogada de tênis, e por aí vai, tudo bem mapeado pelos protagonistas e funcionalmente usado para o desfecho da trama, e ainda tivemos alguns momentos na casa do protagonista e de seu amigo bem representados por toda a situação familiar que ele está vivendo, por suas conexões e tudo mais que acabou sendo representado por bons elementos cênicos, e claro pelos bons desenhos que o protagonista mostra sua futura escolha numa escola de Artes, além de uma ótima representação de uma viagem espacial, que deu um tom emocionante para o ato. Ou seja, a equipe de arte trabalhou bastante, e foi bem coesa para que seus resultados caíssem perfeitamente no contexto que a trama precisava.
Enfim, é um longa bem gostoso, que quem gosta de um romance sem ser meloso ou cheio de exageros do estilo vai acabar curtindo bastante, pois não entrega nada forçado demais, e mesmo não sendo perfeito em sua totalidade acaba sendo bem resolvido e agradável de conferir, e sendo assim acabo recomendando ele com certeza para todos. Bem é isso pessoal, eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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