Estava quase certo que o diretor/roteirista David Robert Mitchell tinha tomado algo para escrever a trama, pois é algo bem maluco, mas depois que vi o seu longa anterior que foi algo bem bizarro também comecei a acreditar que esse é o estilo dele: de escrever coisas que só ele entende e gosta, e que o restante se vire para tentar interpretar ou imaginar algo, e é bem isso o que acaba ocorrendo com o filme, pois até já tive essa época de imaginar simbolismo em tudo, que existiam corporações misteriosas tramando algo para dominar o mundo, e tudo mais, e essa é mais ou menos a essência da trama, de alguém que imagina coisas demais, e que investigando tudo acaba descobrindo algumas coisas a mais. Porém faltou determinar para o filme algo mais crível e menos bizarro, pois aqui a loucura chega a passar dos limites, e com pouca fluidez de ideias, o resultado soa mais estranho do que envolvente, fazendo com que somente o diretor se apaixone pela essência, ou seja, não digo que seja um filme ruim, mas é tão estranho que não tem como entrar completamente no clima que desejavam passar.
Sobre as atuações, diria que Andrew Garfield até tentou se entregar bastante a toda loucura da produção com seu Sam, fazendo várias cenas com olhares vagos, muitos momentos com uma loucura impressa nos trejeitos, e cheio de dinâmicas bem abertas para que seu personagem divagasse sobre o tema, ficasse empolgado com as descobertas, e se envolvesse bastante com a trama, mas da mesma forma que tudo fica interessante de ver ele se entregando, também vemos ele extremamente perdido em alguns atos, parecendo não estar entendendo também o que precisa passar, e assim sendo o filme não flui tanto quanto poderia. O mais interessante é que o filme praticamente todo foca somente na desenvoltura do protagonista, e todos os demais personagens acabam aparecendo e sumindo a todo momento, de forma que vale destacar bem rapidamente as cenas de Riley Keough com sua Sarah, claro pela beleza que chama a atenção do protagonista, David Yow como rei dos sem-tetos pela forma direta de montar o estilo, e Jeremy Bobb pela loucura toda como o compositor.
Visualmente o longa é ainda mais maluco, com animais caindo de árvores e soltando urina no protagonista, festas estranhas com pessoas esquisitas fazendo músicas malucas, ambientes coloridos e outros simples demais, tumbas, festas/sessões de cinemas em cemitérios, toda uma desenvoltura de quadrinhos bizarra, porém falando nesse último item, fizeram animações em preto e branco para contar os quadrinhos que ficaram bem interessantes embora as histórias fossem doidas, e assim sendo diria que a equipe de arte precisou fumar do mesmo cachimbinho do diretor para conseguir representar tudo, pois tudo é estranho demais.
Enfim, é um filme esquisito, que diria ser até interessante pela proposta, mas que não foi tão a fundo no desenvolvimento ficando mediano demais para empolgar em algo, mas claro que vai ter aqueles que vão se apaixonar por algo, entrar completamente na viagem passada e o resultado será bem melhor, então fica como sendo uma dica para ver sem esperar nada dele. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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