#SemSaída (Follow Me) (No Escape)

2/12/2021 01:03:00 AM |

O que dá misturar os filmes de terror/suspense "Escape Room" com "O Albergue", se você não imagina, veja o lançamento da semana nos cinemas "#SemSaída", que entrega uma trama completamente maluca, cheia de reviravoltas, daquelas que mesmo você imaginando como será o final, você acaba ficando tenso e se empolga com tudo o que acaba ocorrendo. Ou seja, é um longa tão bem trabalhado, que mesmo tendo alguns absurdos dentro da formatação, vai sendo bem desenvolvido para deixar o protagonista completamente maluco com toda a realidade do jogo maluco em que ele entra, e com cenas violentíssimas regadas a muito sangue e intensidade do melhor do gênero, acabamos curtindo cada momento como se fosse algo comum (o que certamente não é!). Porém o mais engraçado é que com um nome meio que genérico, fui conferir o longa esperando outra trama completamente diferente, pronto para tacar uma tonelada de pedras, mas curti tanto tudo, que tenho de me redimir ao máximo indicando ele com toda certeza, pois a galera que curte o estilo de jogos de escapar de salas vai pirar com toda a ideia feita, e assim sendo vale o tempo na sala que nem vemos passar.

Uma estrela das mídias sociais viaja com seus amigos para Moscou para capturar novos conteúdos para seu VLOG de sucesso. Sempre gerando conteúdos diferentes e desafiadores, seus vídeos sempre foram um sucesso de acessos. Atendendo a um público sedento por desafios, ele e seus amigos entram em um jogo mortal cheio de mistério, excesso e perigo. Quando as linhas entre a vida real e as mídias sociais são borradas, o grupo deverá lutar para escapar e sobreviver.

Chega a ser irônico que o diretor Will Wernick já tinha feito um outro longa de escape room em 2017, "60 Minutos Para Morrer", que acabou não chegando por aqui nos cinemas (mas tem no TelecinePlay para quem quiser curtir!) e que pela ideia até lembra um pouco o que acabou sendo lançado por aqui em 2019, ou seja, como bem sabemos o pessoal não anda muito original com suas tramas, cada um fazendo algo mais forte que o outro, com mais armadilhas e tudo ficando cada vez mais perigoso para os personagens, e aqui a intensidade foi tão forte em alguns momentos que chega a bater o desespero no público, mas sem dúvida alguma a grande sensação aqui ficou a cargo do final, pois já falei isso muitas vezes quando vejo vídeos que tem toda essa ideia de um jogo tão imponente que acaba perdendo o rumo entre o real e o fictício. Ou seja, a violência funciona bem no conteúdo do longa, e como bem sabemos na Rússia nada tem muitos limites, então se preparem para tudo, e se impacte com o final, pois o diretor soube usar bem de toda a ideia inicial da trama, e ainda incrementar um pouco mais, ao ponto que com certeza tentaremos ver outros filmes dele.

Sobre as atuações, como é de praxe nesse estilo de filme temos somente atores bem desconhecidos do público em geral, e isso é bom para curtirmos as personalidades de cada um sem ficar pensando no que poderíamos ver de diferente. E dessa forma o protagonista Keegan Allen acabou se entregando bastante para com seu Cole, inicialmente descontraído, todo feliz por estar gerando conteúdo para seu vlog, nem ligando para a possibilidade de seus amigos estarem se machucando, mas logo que sua namorada quase morre seus trejeitos já mudam completamente, e daí para frente o ator praticamente surta com muita imposição, muito desespero, e claro raiva de tudo, num estilo tão preciso que acabamos curtindo demais toda a loucura que ele vai fazendo até o final (claro que tirando o ato de não pegar o carro, que aí dá raiva!). Quanto dos amigos, diria que as garotas fizeram trejeitos levemente forçados, e não chamaram tanta atenção, o que é ótimo, afinal o foco todo tinha de se manter no protagonista, mas valeria ir um pouco além e se mostrar mais para o filme, e assim tanto Holland Roden com sua Erin quanto Siya com sua Sam acabaram apagadas demais, agora quanto dos garotos, Denzel Whitaker com seu Thomas foi mais sutil ficando de canto, porém se entregou bem em diversas cenas, e George Janko já foi o amigo jogado maluco com seu Dash agradando com estilo. Já pelo lado russo da trama, Ronen Rubinstein trouxe um riquinho chamativo com seu Alexei, e Pasha D. Lychnikoff foi bem imponente no final com muita maldade em seu Andrei, ou seja, foram fortes e bem colocados.

Visualmente a trama foi bem montada, mostrando bem rapidamente locações clássicas de Moscou, mas sem gastar muito tempo ali, e claro indo para um galpão abandonado, no melhor estilo de uma cadeia, cheia de situações fortes de tortura, com jogos de raciocínio bem trabalhados, e num segundo momento algo ainda mais intenso de cenas fortes com muita violência, sangue e tudo mais, que até ficaram levemente estranhos para o final escolhido, mas ainda assim tudo foi muito bem pensado, e o resultado que a equipe de arte conseguiu fazer foi algo para se impressionar realmente. Felizmente a equipe de fotografia não brincou tanto com cenas escuras, dando boas nuances de sombras, mas trabalhando bem o visual sujo ao redor, e assim não colocando sustos gratuitos na trama, o que acabou funcionando bastante.

Enfim, é um filme que inicialmente não dei nada para ele, imaginando que seria mais uma trama adolescente de terror boba, mas que no final acabou impressionando com muita imponência e com cenas fortes muito bem feitas, fazendo valer cada minuto de duração e agradando demais com tudo o que foi feito, ou seja, é daqueles para recomendar com muita certeza para quem gosta do estilo, e que mesmo tendo alguns defeitos de execução, sendo previsível demais com a ideia toda (embora o final seja levemente chocante!), vai agradar a todos que forem conferir. Sendo assim vou dar uma boa nota para o longa, mesmo não sendo um filme memorável, mas que valeu pela ideia completa. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.


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