O diretor Tim Story já levou tanta bordoada pelas adaptações que fez para o cinema que nem liga mais para isso, mas aqui ele foi tão preciso nas escolhas, em não querer tridimensionalizar os personagens característicos que são desenhados há tempos da mesma forma, foi coerente em não forçar tanto a barra com os atores, e sabendo aproveitar bem tudo o que tanto já vimos na TV, ele optou em dar boas nuances para que os personagens brincassem bastante em cena, tivesse as tradicionais perseguições, várias coisas quebrando e tudo mais, e junto de uma história bacana o resultado visto funcionou tão bem que nem parecia que eu estava vendo um longa dublado (afinal só veio dessa forma para o interior), ou seja, o acerto do diretor foi tão grande em tudo que passamos alguns minutos dentro da sessão rindo bastante, se divertindo com tudo, e principalmente vendo boas interações entre humanos e desenhos, parecendo realmente que todos estavam enxergando os personagens em cena (e olha que isso é bem raro de acertar a mão!). Sendo assim, posso dizer sem medo que o diretor voltou a ter crédito no mercado, e agora é esperar o que ele vai fazer com isso, pois já tem vários projetos estranhos em mente, e claro, com os personagens também, afinal caiu muito bem o estilo na telona, então não é de se duvidar de aparecer um 2, 3, e por aí vai.
Sobre as atuações, antes dos humanos temos de falar que todos os personagens animados deram show na tela, desde os dois protagonistas extremamente carismáticos que já conhecíamos há tempos fazendo suas tradicionais desenvolturas que tanto gostamos de ver, passando pelo buldogue sempre bravo, pela gatinha charmosa, pelos pombos cantores, pelos gatos do beco, e até mesmo os animais da festa como pavões, elefantes e tigre agradaram bastante em todas as suas interpretações. E falando dos humanos, Chloë Grace Moretz sempre se entrega bem para os papeis que faz, e aqui sua Kayla tem uma boa persuasão, tem um bom gingado com os problemas, e chama a tenção pelo estilo encontrado para que a personagem não fosse exageradamente forçada, o que acaba agradando bastante também. Da mesma força, Michael Peña costuma apelar muito nas comédias que faz, e pelo trailer parecia estar completamente irritante (aliás várias cenas bobas que tem no trailer dele e de Chloë foram tiradas!), mas acabou que seu Terence ficou interessante, fazendo cenas ligeiramente forçadas, mas que agradam dentro da proposta, e assim valendo o papel que lhe foi colocado. Pallavi Sharda e Colin Jost trabalharam bem como o casal de ricos com seu casamento indiano gigantesco, mas nada que fosse surpreendente pelas atuações, aliás tem uma ceninha bem rápida no fim dos créditos fazendo referência ao valor do casamento. Quanto aos demais funcionários do hotel, todos trabalharam para dar conjunto na trama, não sendo extremamente chamativos, mas se encaixando bem, desde o gerente do hotel vivido por Rob Delaney, passando pelo barman Jordan Bolger que quase rola um romance com a protagonista, até chegar na estranha Patsy Ferran com sua Joy que grita para tudo.
Visualmente a trama ficou só nos diversos corredores do hotel, mas sendo um tremendo hotel com lustres, redomas de vidro, quartos riquíssimos, e muitos detalhes ainda para os protagonistas saírem quebrando tudo, além de algumas cenas no Central Park, e tudo de uma forma bem simbólica para representar os passeios dos protagonistas, além de Jerry criar uma toca bem refinada com objetos que acabou pegando do hotel, uma cozinha cheia de detalhes, e claro uma tremenda festa de casamento. Ou seja, a equipe de arte trabalhou muito bem, e a equipe de computação foi extremamente bem dirigida para colocar os desenhos junto com os protagonistas sem erros ou momentos estranhos, e digo mais são tantas coisas voando e sendo quebradas, que aparentemente o longa foi projetado para funcionar bem em 3D, e assim quem tiver player e TV com a tecnologia em casa conseguirá ver alguns detalhes a mais.
Enfim, o resultado ficou incrível, e muito melhor do que o esperado, pois pelo trailer estava realmente parecendo um filme bobo e meio que sem nexo, mas ao juntar tudo e trabalhar bem nos detalhes o longa acaba sendo indicado tanto para crianças que vão curtir os bichinhos, todo o grande colorido e tudo mais, quanto para os adultos que vão voltar à infância conferindo os dois personagens que mais nos divertiam naquela, ou seja, vá ver sem nenhum preconceito, e vou falar algo que não coloquei em nenhum outro texto, podem ir conferir dublado que ficou bacana o texto colocado, não soando bobo nem falso demais. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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