Em seu primeiro filme, depois de muitas séries, o diretor Jason Woliner foi corajoso em encarar a loucura de um projeto desse estilo, pois é um risco imenso de depois não pegar nenhum filme realmente com uma história e um estilo próprio de cinema, mas ao menos soube conduzir bem a trama, desenvolver os personagens, e claro ser bem crítico aonde deveria, ao ponto que conseguiu algo imensamente melhor que o primeiro filme que não foi dirigido por ele. Ou seja, vemos boas cenas tão absurdas com políticos que caíram ingenuamente nas jogadas de câmeras, vemos cenas idiotas com frases tão boas, que ao final acabamos rindo demais de tudo, e praticamente rindo de desespero por tudo, mas sem dúvida lembraremos da trama, pois assim como o primeiro filme ficou marcado pelo monoquíni, aqui ficará marcado pelas diretas que o protagonista deu nos políticos.
Sobre os personagens, certamente quando Sacha Baron Cohen criou o personagem Borat lá no começo dos anos 2000, ele sabia que seria polêmico, sabia de todos os processos que tomaria, mas não desistiu, e aqui ele está ainda mais ácido, e direto sem dar chance de voltas, ao ponto que funciona demais em tudo o que faz, porém como costumo dizer é apelativo ao máximo, então quem não curtir vai se irritar demais com tudo, e isso não é culpa dele, então o acerto é preciso. Agora sem dúvida alguma acharam uma garota genial para o papel de Tutar, e não é por menos que o nome de Maria Bakalova está aparecendo em todas as premiações pelo menos como indicada, fora as que está ganhando, pois a jovem dominou suas cenas como nunca e apelou também como o protagonista, mas se jogando de uma forma mais coerente, sua personalidade sobrepõe seus atos estranhos, e com isso o resultado é impressionante. Quanto aos demais, a maioria foi "enganada" pelos produtores para pensarem estar gravando um documentário sério, e depois acabavam caindo nas pegadinhas, mas com certeza o mais divertido é ver as caras dos políticos, dos seguranças e tudo mais que acabam ficando irritados com tudo, e a babá Jeanise Jones foi muito bem com caras e bocas espantadas com tudo, mas sem dúvida alguma o prefeito de Nova York, Rudy Giuliani foi quem mais ficou feio na fita com o que faz na penúltima cena.
Visualmente o longa é recheado de cenas escatológicas, muita bagunça e bons momentos em diversos lugares dos EUA, mostrando eventos do partido Republicano, a casa de alguns apoiadores malucos, a casa de uma babá profissional, várias lojas, uma clínica, mas o principal de tudo foi o longa ter sido filmado durante a quarentena de isolamento nos EUA, ou seja, vemos algumas cenas com muita movimentação no início, para depois vermos algo quase remoto, além de muitos com máscaras e tudo mais, ao ponto que o filme é até estranho de imaginar tudo sendo gravado com um doido fantasiado correndo pelas ruas, mas que funcionou, além claro das cenas de ficção no começo e no fim dando um norte da história que desejavam passar da vingança, e que surpreende ao menos.
Enfim, confesso que gostei até mais do que esperava, pois acabei pulando ele no lançamento por achar que seria muito próximo do primeiro filme (que é ridículo), mas aqui mesmo sendo apelativo, ter cenas escatológicas e bobas desnecessárias, e exagerar em tudo, tem uma base de história por trás, temos bons momentos bem atuados pelos dois protagonistas, e o resultado diverte, então quem curtir algo bizarro que você dará risadas de desespero e por não se conformar com o que está vendo pode dar o play tranquilo que vai ser bacana, do contrário fuja, pois a chance de odiar também é grande. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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