Não conheço nenhum dos trabalhos anteriores dos diretores Kevin e Matthew McManus, mas posso dizer que sabem bem amarrar uma trama para causar tensão e confusão, ao ponto que se não tivessem explicado bem a ideia através de um personagem inserido no finalzinho, acabaríamos o longa sem entender nada, e isso pode ser bom por um lado, afinal não quiseram ser objetivos deixando o mistério todo no ar, como também pode ser bem ruim, afinal é garantido que muitos irão trocar de filme bem antes do final por toda a estranheza passada. Ou seja, a criatividade foi bem marcada, e o estilo que eles propuseram foi algo bem interessante de ver, e embora tenham feito cenas bem bizarras, como as das coisas levitando de forma desengonçada, o resultado final foi tão bem composto que acaba agradando bastante, e mesmo não sendo a melhor coisa que já vimos sobre o tema, funcionou pelo menos.
Quanto das atuações, diria que quem entregou os trejeitos mais imponentes e fortes foi Neville Archambault com seu Tom, pois se antes de morrer já fazia cenas fortes com seus desligamentos repentinos, depois então nas aparições para o filho o resultado é assustador, e o ator fez tudo muito bem, com olhares estranhos, movimentações da boca estranhas, ou seja, um personagem bizarro e intimidador. Chris Sheffield deu um bom tom para seu Harry, numa mistura de loucura com irresponsabilidade, jogando trejeitos comuns do estilo, mas usando da dúvida como argumento livre, e sabendo conduzir o papel muito bem até seu ato final, o que acaba soando imponente e bem feito. Já Michaela McManus trabalhou sua Audry de uma maneira espaçada demais, ao ponto que não vemos sua personalidade sendo desenvolvida, e ao final seus atos e frases acabaram sendo bem importantes para o que o filme tinha para mostrar, ou seja, vemos tudo acontecendo bem sem ela, e depois quem não prestou atenção ficará besta com o que ela disse sendo encaixado como o motivo de tudo, ao ponto que merecia ter aparecido mais para ser realmente importante na trama toda. Quanto aos demais, tivemos alguns bons momentos rápidos da garotinha Matilda Lawler com sua Emily, algumas aparições sem muita expressão de Ryan O'Flanagan com seu Paul, e uma participação rápida, porém muito importante para revelar tudo de Jeremy Holm, mas poderiam ter usado qualquer outra pessoa ou explicação sem a necessidade de um nômade escondido, agora tirando esses, os demais apenas foram aparições jogadas, e Jim Cummings acabou ficando como sendo um maluco exagerado que estava certo com as ideologias criadas por seu Dale.
Visualmente o longa teve bons momentos, mostrando muitos peixes e aves mortos nas praias, tendo algumas boas cenas no meio do mar com o barco dos protagonistas, algumas confusões em velórios, bares e supermercados, e uma boa ambientação cênica na casa do protagonista, mas nada muito efetivo sobre o mistério completo, sendo apenas algo falado e algumas cenas exageradas de coisas voando, de forma que poderiam ter sido mais diretos em tudo. Um ponto positivo foi a iluminação não muito artificial, mas condizente com os ambientes, envolvendo bem e criando uma certa tensão no ar.
Enfim, é um filme que passa longe de ser perfeito, que certamente tanto eu quanto a maioria que conferiu se preparou imensamente para xingar tudo dele durante mais da metade da exibição, porém com um fechamento bem interessante, e explicativo, o resultado acaba sendo daqueles que vale a conferida para a reflexão, principalmente se você acreditar no que o filme fala., Ou seja, é daqueles que não recomendaria como uma primeira opção, mas quem for conferir, se assistir até o final, acabará gostando do resultado. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos.
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