Talvez alguns vão falar que a trama tenha algo a mais se visto como uma continuação de "Cão Come Cão", mas como não vi o primeiro filme de 2008 do diretor Carlos Moreno (e nem nenhum dos vários outros que ele fez depois) vou opinar pelo resultado que ele entregou aqui, e posso dizer que é algo tão jogado, com tantos personagens aleatórios (que são apresentados numa abertura animada tão bizarra) que acabamos vendo um filme sem muito nexo aonde tudo é falho demais, e que ninguém convence pelos motivos apresentados: o traficante maior é medroso e inseguro, a esposa totalmente infiel, os capangas uns frouxos bobos, os policiais de tocaia inúteis, o traficante adversário é sanguinário mas sem atitudes no filme todo (apenas no começo), e o jardineiro é ingênuo demais para demorar em fazer algo logo de cara. Ou seja, vários personagens, mas ninguém com impacto suficiente para conduzir a história, e os vários momentos não fluem facilmente, resultando em algo que mesmo não sendo cansativo não entregue nada muito além, e assim sendo é uma novelona que nem vai agradar quem gosta de novela.
Não sei nem se devo falar das atuações, afinal não consegui ver um ator se entregando para seu papel, pois até mesmo o "protagonista" Christian Tappan acabou ficando em segundo plano o longa quase inteiro, e o resultado de seu Don é alguém quase esquecível. Já o jovem Kevin Andrés Muñoz até teve a chance de fazer seu Yonier alguém chamativo, mas demorou demais para agir, até ser perseguido por Ulises González com seu Bobolitro estranho, mas importante no final. De resto ninguém vale a pena gastar palavras.
Visualmente, assim como todo o restante, o longa é bem bagunçado, com cenas numa mansão que acabam nem usando quase nenhum cômodo, só mais a área externa em "reforma" de jardinagem, um canil aonde os cachorros tomam banho pelas mãos de um protagonista, uma obra ao lado aonde os policiais à paisana ficam de bate-papo furado com figurinos de operários bem mal usados, uma fazenda abandonada aonde o protagonista se esconde com tudo caindo aos pedaços, algumas cenas em carros, e principalmente uma igreja maluca com um pastor ainda mais doido, além de diversas casas dos personagens aleatórios por onde vamos passando, ou seja, tem tantos elementos cênicos para usarem em cada local que nem dá para contabilizar direito, encaixando resultado de nada com lugar algum, mostrando até que a equipe de arte teve um trabalho bem árduo para compor tudo, mas não usaram nem metade como deveria.
Enfim, é uma bagunça visual das mais estranhas possíveis, com uma história ruim e atuações ainda piores, que com toda certeza não recomendo para ninguém, mas quem estiver querendo algo para reclamar, ou se for muito fã de novelas malucas fica a dica então. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...