O diretor e roteirista Michael Cristofer teve grandes filmes imponentes no começo dos anos 2000, mas depois praticamente sumiu do mercado, e agora em sua volta trouxe um estilo que necessita de muita segurança para convencer o público, e fazer com que tudo vire um mistério intrigante, e embora nos seja dito logo na cena do crime um detalhe, só vamos nos ligar nele nos últimos momentos, ou seja, souberam amarrar bem tudo no roteiro. Porém faltou um algo a mais tanto para o protagonista causar mais, quanto para os crimes serem mais misteriosos, afinal vamos entrando no clima mais do possível romance do jovem com a garota, com os problemas do garoto com sua síndrome, que quase esquecemos do crime e da investigação, então diria que a dinâmica ficou um pouco perdida, e o resultado embora não seja ruim acaba falhando como um mistério criminal, ou seja, recai quase para um drama, e dessa forma não empolga.
Sobre as atuações, novamente Tye Sheridan se mostra como um ator extremamente promissor com o que anda fazendo, ao ponto que seu Bart tem trejeitos perfeitos, tem uma desenvoltura incrível, e principalmente como falei acima acaba nos tirando praticamente do eixo de mistério que o filme deveria ter para pensarmos nas suas atitudes e na sua síndrome, mostrando algo que vai muito além do que o pensado pelo diretor, e isso mostra o quanto o ator é bom e deve ainda chamar cada vez mais atenção em outros filmes. Ana de Armas também sempre faz bons papeis, e aqui sua Andrea tem um ar interessante, consegue cativar o público com o tratamento que dá para o garoto, e nos envolve junto do que faz, chamando bastante atenção. John Leguizamo faltou ter mais atitude com seu detetive Espada, ao ponto que até parece não estar disposto para o papel, mas em alguns atos teve um bom papo com o protagonista. E para finalizar, Helen Hunt faz o papel de uma mãe extremamente protetora que até chama a atenção em suas cenas, mas exagera um pouco, e poderia ser menos gritante, mas a cena da mesa é bem emocionante.
Visualmente o longa foi simples, porém bem trabalhado, com dois hotéis praticamente iguais, com uma recepção sem muito detalhes, dois quartos bem semelhantes de estruturas e disposições, o quarto do protagonista cheio de monitores numa casa de dois andares com vidas praticamente separadas de filho e mãe, mas com uma conexão bem bonita, e uma sala de delegacia que nem parece delegacia, ou seja, o filme foi bem barato na montagem visual praticamente todo feito em estúdio (se quisessem!), e o principal, sem falhar nesse quesito, tendo bem os objetos simbólicos bem colocados e cada cena feita para ser representativa no que precisava.
Enfim, é um filme bacana com uma boa ideia, mas que talvez precisasse de algo a mais para ficar mais misterioso, porém não tem grandes falhas, e as interpretações acabam valendo para superar o resultado valendo a indicação. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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