É até engraçado clicar na filmografia de um diretor e ver que após esse filme, ele já fez outros dois excelentes que gostei muito de ver, e o diretor/roteirista Ric Roman Waugh entregou tanto "Invasão ao Serviço Secreto" quanto "Destruição Final: O Último Refúgio" com primores técnicos fortes, com uma pegada forte, e principalmente com os protagonistas se destacando, ou seja, fazendo exatamente o que faltou aqui que nesse, ou seja, ele melhorou consideravelmente nos últimos dois anos após esse que vi hoje, que tem uma pegada imponente, tem técnica, porém faltou um pouco mais de determinação em alguns momentos para que tudo fluísse melhor, mas sabendo agora que ele melhorou muito nos filmes posteriores dele é de um grande alívio, pois técnica ele mostrou muita aqui, mostrou que sendo antigamente dublê pôde colocar os grandalhões em grandiosas brigas dentro da prisão com muita coreografia, e principalmente acertou a mão em não amenizar o sistema, criando tensão interna nas prisões e muita força no clima para mostrar que dificilmente uma pessoa sai melhor de um lugar como esse.
Sobre as atuações, temos de pontuar facilmente o quanto uma maquiagem e um cabelo e barba mudam uma pessoa, pois Nikolaj Coster-Waldau fazendo o papel de Jacob logo é preso e já com seu novo nome Money quando sai 10 anos depois é quase como falar que tiveram dois atores interpretando o papel, pois além do ator mudar completamente os trejeitos, mudaram todo seu visual e o resultado ficou muito bom de ver, pois ele incorpora todo o peso que a prisão lhe colocou, e o ator manda muito bem em tudo, além claro de seu plano final ficar muito bem feito, ou seja, deu show. O policial vivido por Omari Hardwick aparentava ter mais importância na trama, mas acabou ficando meio que em segundo plano, o que não é legal para nenhum papel, mas ele fez bem suas cenas, e deu um tom interessante nos seus interrogatórios, só precisava que o diretor lhe desse um pouco mais de intensidade para funcionar melhor. Holt McCallany deu um tom bem imponente para seu The Beast, e com uma força descomunal ainda se impôs bastante até os grandiosos momentos finais, que além de ser bacana pelos diálogos com o protagonista, ainda teve uma boa luta. Dentre os demais valem destacar Jon Bernthal com seu Shotgun desesperado para se safar, como um líder de gangue viciado e completamente doido, e Emory Cohen com seu Howie singelo e bem dosado dentro de todo o conflito, nem parecendo ser quem arrumou todo o esquema, entre outros, afinal todos foram bem colocados nas brigas, e mesmo com poucas cenas importantes, cada um chamou um pouquinho de cena para si.
Visualmente o longa tem uma boa imposição cênica, mostrando uma prisão bem tradicional americana, com um exagero de presos num grande espaço cheio de beliches, que inclusive soa como uma loucura total, mas ainda é algo arrumado comparado ao que vemos na vida real aonde tem quase a mesma quantidade num espaço bem menor, vemos boas cenas de brigas e exercícios nos pátios da prisão, e celas de sol bem interessantes para os presos mais perigosos, ou seja, tiveram um bom cuidado para fazer algo interessante de ver por lá, e nas cenas fora da prisão mostraram bem as tradicionais festas das gangues, um pouco das reuniões de condicional e o plano de venda bem montado de armas, que foi bem tramado e organizado com jogadas de celulares, e trabalhando sempre com bons elementos cênicos bem detalhados para cada ato.
Enfim, é um bom filme que alguns até vão gostar mais do que outros, sei que muitos já até viram por não ser um longa tão novo na Netflix, mas para quem não viu fica a dica, pois é intenso e bem feito, só não sendo algo mais imponente como poderia, mas isso não atrapalha em nada o resultado final. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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