Bem no começo da pandemia no ano passado conferi a trama anterior "A Terra e o Sangue" do diretor Julien Leclercq, e quem clicar no link irá ver que falei bem mal do que vi no longa, pois lá o diretor realmente parecia bem perdido, mas aqui ele até criou algo com uma característica mais marcante, deu alguns atos de tensão fortes para a protagonista vivenciar, mas não explodiu nem metade do que estão vendendo o filme (vi um texto de um site falando que seria a versão feminina do longa "O Resgate" - ????"), e assim vemos novamente que o diretor/roteirista tem boas ideias, mas muda de opinião sobre ela muito rapidamente, sempre começando imponente, e depois caindo para vértices fáceis demais de desenvolver e não empolgando como poderia. Pois não digo que seja um filme ruim o que fez aqui, muito pelo contrário é uma trama cheia de boas lutas corporais, uma protagonista centrada, e claro muitos tiros disparados erroneamente contra ela, mas o filme que tinha inicialmente uma proposta de algo mais contundente envolvendo traumas de guerra, queda de posto e tudo mais que poderia dar uma tremenda história, acabou virando mais um filme de vingança, e nesse estilo de filme ele foi fraco demais comparado aos demais já existentes.
Sobre as atuações é fato que Olga Kurylenko está entre as melhores atrizes que tem para papeis de ação, pois ela sempre se entrega ao máximo, faz grandes saltos, sabe trabalhar trejeitos sérios com precisão e se molda bem aos papeis que exigem força e destreza, e aqui sua Klara tem toda a personificação imponente, tem estilo e chama a responsabilidade totalmente para si, fazendo com que nem iremos lembrar dos demais personagens do filme, e assim tanto o acerto pelas boas cenas de ação, quanto pelos exageros que ocorrem em alguns atos recaem sobre ela, mas não falhou tanto pelo menos no que foi pedido para fazer. Michel Nabokov até tentou ser um empresário/vilão marcante com seu Kadrikov, fazendo trejeitos de ricos exagerados e protegidos, mas falhou nas expressões de surpresa quanto dos ataques da protagonista, e assim não marcou tanto seus atos. A detetive Muller interpretada por Carole Weyers até tentou aparecer um pouco mais, mas seu papel é quase tão apagado que se falou mais que 20 palavras nas suas três cenas foi muito, e assim também não impacta em nada. E para finalizar, a irmã da protagonista até teve seus gracejos em cena, mas como logo é colocada para dormir no hospital, vemos Marilyn Lima bem pouco atuando realmente, e talvez a jovem tivesse um pouco mais para se mostrar, pois fez bons trejeitos nos atos que apareceu.
Visualmente o longa tem boas cenas de ação em cima de prédios, com vários atos de correria, um começo cheio de detalhes num campo de guerra com tanques e bombas, muitas armas de diversos tipos, figurinos bem detalhados, alguns atos em boates e mansões, mas tudo servindo apenas para as conexões, além claro de boas cenas num hospital com muita luta corporal e com tudo que aparecia na frente servindo de arma para a protagonista, ou seja, a equipe de arte destruiu muitas coisas, e o resultado funciona ao menos dentro do que foi proposto.
Enfim, é um filme que não foi muito além, que até chamaria muito mais atenção indo por um outro rumo, mas que quem não ligar para ver mais um filme de vingança pessoal contra alguém que machucou/matou um familiar pode dar o play tranquilo na Netflix, que os 80 minutos passam voando, e assim sendo não digo que não recomendo o longa, apenas digo que é mais do mesmo. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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