O mais bacana de tudo é termos diretores novos no projeto, que apenas fizeram parte dos departamentos de arte do longa de 2015, e continuarem com a mesma pegada do original, ao ponto que vemos todas as sacadas bem colocadas em cada ato, vemos os personagens bem dinâmicos e divertidos, e a cada detalhe pensamos nas mesmas coisas, mostrando que Will Becher e Richard Phelan estudaram muito tudo para não jogar fora um trabalho de anos, e ainda manter toda a boa essência da Aardman com uma desenvoltura própria e legal de curtir, pois sabemos bem que todo o lance dos carneiros é se rebelar, é conseguir comer algo diferente do que lhe é dado, e claro se divertir enquanto o cachorro bloqueia as ideias malucas deles, e isso foi mantido mesmo com a introdução de um novo personagem, o qual ainda brincou demais, arrotou, e fez todas as loucuras possíveis com agora o famoso carneiro sendo o inverso tentando não deixar Lu-La sair fazendo mais. Ou seja, é um grande jogo bem divertido que foi muito bem pensado para não cansar ninguém e ainda ser bem desenvolvido, tanto que a surpresa veio em ponto máximo, que sendo lançado lá no comecinho de 2020, acabou sendo lembrado agora nas indicações do Oscar 2021, e só não diria que tem mais chance pois o ganhador da categoria já é carta marcada.
Quanto dos personagens, já que não dá para falar de atuações, afinal não temos falas, nem trejeitos, todos são muito bacanas de ver, e cada um da sua forma dá o tom na trama, desde o protagonista Shaun sempre se metendo nas maiores confusões e agora quase como uma babá da alienígena Lu-La que é graciosa, curiosa e faminta, fazendo as maiores loucuras possíveis, ou seja, é uma dupla com uma química imensa que agrada demais em cada movimento. Temos o Fazendeiro todo maluco por sua nova colheitadeira, pensando em fazer todo um festival alien imenso cheio de detalhes insanos e bem criativos, que faz rir demais. Temos claro o cão pastor Bitzer com sua marra tradicional, e que caiu muito bem na forma de um pseudo-alien com o que acabou fazendo e divertindo demais em todas as cenas pós o acontecimento. Tivemos a Agente Red com sua busca insana pela alienígena e depois ficamos sabendo do motivo de sua obsessão, e que agrada bastante, além claro dos seus funcionários amarelos completamente malucos (e que como foi feito antes da pandemia acho que nem imaginavam que veríamos tanto aqueles figurinos!). E claro tivemos os demais carneiros e ovelhas, que praticamente constroem todo o festival Farmageddon sozinhos, e dão um show de bagunça, ou seja, tudo muito bem feito, divertido e gracioso demais.
Visualmente o longa tem uma boa textura dos personagens, dando um formato tridimensional muito bom para todas as cenas, com boas sombras e modelagens, e mesmo nos momentos 2D tudo foi muito bem pensado, com muitas cores para chamar a atenção dos pequenos, e muita desenvoltura para todo o ambiente ser funcional e chamativo do começo ao fim, ou seja, a equipe de arte bateu um bolão, afinal como os diretores vieram dessas funções, certamente pediram mais cuidado em tudo.
O filme tem uma trilha sonora divertidíssima muito bem encaixada em todos os momentos, dando as nuances necessárias para criar o ritmo, e agradando demais, afinal como bem sabemos o longa é quase uma ode ao cinema mudo, sem falas, sem narrações, sem nada, então a música faz as vezes, e aqui claro que deixo o link para todos curtirem.
Enfim, é uma animação muito gostosa, que não sei como não me foi indicada na época que foi lançada na plataforma de streaming, então tive a oportunidade de achar agora com a indicação ao Oscar e recomendo demais para todos, pois é bonitinha e vale muito a conferida, e principalmente, entrega uma história nova, não sendo um derivado do original, o que é bacana de ver, e assim sendo darei a mesma nota que dei para o original de 2015. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos.
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