Optei por colocar uma das sinopses maiores que a Netflix disponibilizou para que ninguém fique muito perdido na trama, pois sem todos os anseios visuais que o diretor Pablo Agüero criou, a trama sozinha não fala muita coisa, e o resultado acaba fluindo de uma forma meio que jogada, mas se pararmos para analisar o resultado o filme até tem um estilo funcional, mas que certamente se o diretor tivesse ido além criando uma história maior o resultado seria ainda melhor. Ou seja, para quem gosta de ver filmes históricos, o resultado até agrada como um recorte bem marcado, mas para aqueles que preferirem um algo a mais, o resultado vai soar estranho, mostrando que o estilo do diretor/roteirista é algo clássico, que procurou mostrar bem os rituais, os figurinos, e a essência, mas não indo muito além no caso todo, e assim não demonstrando imponência de criatividade.
Sobre as atuações vale destacar toda a imponência de Amaia Aberasturi com sua Ana cheia de trejeitos, com uma dinâmica precisa e determinada, que consegue chamar muita atenção tanto do júri inquisidor quanto do público, e dessa forma o resultado agrada demais com tudo o que faz em cena, e se o filme focasse só nela o resultado seria ainda melhor. Alex Brendemühl também foi bem direto na personalidade de seu Rostegui, com atos fortes e olhares bem diretos, mostrando e fazendo tudo para entregar sua opinião, e claro interpretação da vida das garotas, e nos convence bem do que estava fazendo ali. Daniel Fanego foi bem colocado como um conselheiro, e junto de Asier Oruesagasti como o padre da comunidade das garotas fizeram expressões bem fortes e assustadas frente a tudo o que acontece na sua frente, e conseguiram se destacar também. Quanto as demais garotas, não diria que foram ruins em seus atos, tendo algumas até uma boa expressividade para chamar atenção, porém suas personagens não foram muito além nas cenas de cada uma, tendo a pequena Garazi Urkola soado exagerada com sua Katalin, mas não falhando ao menos.
Visualmente o longa está incrível e trabalha muito bem todas as prisões da Inquisição, usando celeiros em quase todas as vilas por onde passavam, mostrando as mulheres com seus trabalhos manuais, os pequenos hotéis aonde os viajantes ficavam repousados, todo o processo de julgamento com desenhos e retaliações, as formas que usavam para ouvir o que desejavam ouvir, e assim sendo vemos figurinos imponentes, muitos ambientes marcantes, e principalmente na cena final um ritual incrível feito da mesma forma que a jovem descreveu para o inquisidor, mostrando que a equipe de arte estava disposta a tudo para mostrar força visual e criar um resultado incrível de ver.
Enfim, é um filme que tem um conteúdo bacana, que soube usar bem o visual, mas que faltou um pouco de ousadia no ritmo, tendo alguns momentos exageradamente lentos, e que não determinando um contexto maior na história acabou faltando muito para impressionar, ou seja, o filme não chama muita atenção, mas não é de todo ruim, valendo para quem gosta de algo histórico, mas que não se preocupe com uma história mais montada. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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