As crianças vikings Røskva e Tjalfe embarcam em uma jornada de aventura de Midgard a Valhalla com os deuses Thor e Loki. A vida em Asgard, no entanto, acaba sendo ameaçada pelo temido lobo Fenrir e arqui-inimigos bárbaros dos deuses. Lado a lado com os deuses, as duas crianças devem lutar para salvar Valhalla do fim do mundo - o Ragnarok.
Não posso dizer que sou conhecedor de longas nórdicos, muito menos qualquer longa do diretor e roteirista Fenar Ahmad, mas posso afirmar que ele tentou aqui trabalhar bem as cenas no meio da floresta, criou ambientes fechados com uma grande altura, e principalmente desenvolveu as cenas com uma interação próxima demais, parecendo que não tinham grandes ambientes para fazer a trama acontecer, e falando na história que é baseada nos quadrinhos de Peter Madsen, conseguimos ver algo até com uma certa desenvoltura, mas como disse no começo esperava ver algo mais mitológico (por ser uma lenda nórdica claro) e acabou não rolando exatamente dessa forma. Ou seja, o diretor trabalhou uma aventura bem moldada, mas com um teor tão infantil que não empolga ninguém.
Sobre as atuações chega a ser engraçado ver que todos os atores fizeram trejeitos fechados, duros, quase sem sentimentos, e não sei se é o estilo de filme do país ou se o diretor pediu isso, mas certamente poderiam ter abaixado o tom em alguns momentos que agradariam bem mais, mas tirando isso, a jovem garotinha Cecilia Loffredo trabalhou bem com sua Røskva, dominando a tela em diversos atos, e mesmo aparentando uma certa timidez de não se impor fronte aos atores mais velhos acabou saindo bem em cena. Já o garoto Saxo Moltke-Leth trabalhou seu Tjalfe com um ar arrogante demais, não fluindo normalmente, e isso pesou em algumas cenas nem parecendo um casal de irmãos, ao ponto que faltou um pouco mais de direção. Roland Møller entregou um Thor meio estranho, que mesmo sendo todo forte como é a sina do personagem, ficou meio em cima do muro, e olha que o nome do filme é ele quem leva, então precisava chamar mais atenção, e o ator tem muito mais trejeitos de vilão do que de mocinho, então não sei se foi uma boa escolha, pois ele não foi muito além. Dentre os demais, é até engraçado como Dulfi Al-Jabouri apareceu o longa inteiro como o Deus da Trapaça Loke, e só teve um leve destaque na cena da casa das crianças aonde induz o jovem a quebrar o osso, mas depois é quase um objeto cênico presente em todos os momentos, mas sem ser importante para nada, ou seja, bem triste de ver isso, e o Odin ficou feio demais de ver com aquele buraco no olho. Quanto aos gigantes bárbaros é melhor nem falar, pois só serviu para dar risada, pois alguns conseguiam ser menores que os protagonistas, ou seja, eram apenas sujos mesmo.
Visualmente o longa não apostou tanto em computação gráfica, tendo muitos efeitos práticos que chegam a ser até engraçados de ver, como é o caso do lobo gigante, de todos os "gigantes" sujos com galhadas na cabeça e figurinos todo surrado, algumas capas e roupas de luta, mas nada que fosse surpreendente mesmo nas cenas mais amplas aonde optaram por luzes e efeitos simples demais, ou seja, tirando a imponência de cenários altos, a equipe pareceu bem condensada e econômica em tudo, e isso não foi algo bacana de ver para quem gosta de uma grande produção.
Enfim, diria que é um filme mediano que funciona como uma aventura bem simples, que talvez até passasse naquelas sessões mais jogadas de emissoras menores, e que se você não estivesse fazendo nada até pararia no canal para conferir um pouco, mas não dá pra ir muito além em nada do que é mostrado, e nem se empolgar com qualquer cena, sendo algo bem dispensável para falar a verdade, e assim sendo não recomendo ele. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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