Diria que talvez o mesmo roteiro nas mãos de um diretor mais experiente veríamos um resultado mais expressivo na tela, pois o estreante Ricky Staub até tentou trabalhar a alma realmente de cowboy, de um amante de cavalos, de saber domar a vida e tudo ao seu redor, mas ao conectar com a ideia de fugir da criminalidade, das escolhas da vida, e tudo mais em seu primeiro filme acabou fazendo algo que poderia ser grandioso ficar bagunçado e sem muitos rumos, não tendo nem apresentações bem feitas dos personagens, nem momentos que chamassem realmente a atenção, ao ponto que tudo acaba acontecendo, personagens morrendo, situações que seriam alongadas passando rápido, e o resultado sem fluir realmente, nem fazendo com que conheçamos mais nada ali, ou seja, faltou realmente um norte para o filme se direcionar.
Um dos pontos que mais faltou acontecer realmente é ver Idris Elba se mostrar realmente como um cowboy, ou melhor, como um líder da comunidade ali pelo que aparentou ser, pois sabemos o potencial do ator, e aqui seu Harp pareceu imponente, mas apenas riu nas rodas, discutiu com o filho por motivos abertos demais, e não atacou realmente quando precisava explodir, ficando bem no meio do caminho de tudo, o que acaba sendo ruim. Caleb McLaughlin pode até ser um ator muito bom na série que todo mundo fala, mas aqui seu Cole ficou muito em cima do muro, com cenas espaçadas demais, com expressões forçadas e estranhas, ao ponto que não conseguimos acreditar no seu personagem, parecendo estar completamente perdido em todas as cenas, ou seja, faltou como já disse no texto uma direção melhor para dar as nuances que o jovem precisaria mostrar, e sem isso ele não conseguiu ir muito além. Jharrel Jerome fez um Smush bem agitado, com ideias interessantes, mas não boas o suficiente para sobreviver no meio do crime, ao ponto que vemos o ator com bons trejeitos, bons momentos, e com uma malemolência bem colocada, que acaba agradando para o papel, mas de cara já sabíamos o que iria rolar com ele para o filme fluir. Quanto aos demais, alguns tentaram passar lições, as personagens femininas foram bem pouco usadas, e os verdadeiros cowboys do gueto Jamil Prattis e Ivannah-Mercedes até que se saíram bem em frente das câmeras com seus Paris e Esha.
Visualmente o longa foi interessante por criar uma casa bem rústica aonde o protagonista mora, com poucos elementos como casa realmente, parecendo até mais um estábulo, inclusive com um cavalo dentro da casa, e além disso temos como cenários os vários estábulos da rua Fletcher com seus cowboys ao redor de uma barraca e fumando e bebendo a noite ao redor de uma fogueira, alguns ambientes de drogas e vida noturna, um túnel/esgoto isolado, e o estábulo da polícia, ou seja, pouca ambientação, mas ainda tivemos uma grande festa com uma corrida de cavalos, e algumas interações na rua, mas nada de muito surpreendente, valendo claro os vários cavalos da trama bem bonitos em cena.
Enfim, não é um filme ruim, tendo uma proposta para ser mostrada, mas certamente poderiam ter ido bem além em tudo, e criado realmente uma ficção melhor dirigida em cima do tema para que tudo envolvesse realmente e funcionasse melhor, mas isso só refazendo a trama toda, o que não é o caso aqui, e sendo assim, não digo que recomendo o longa, mas também não critico quem gostar de ver. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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