Diria que o trabalho do diretor Michael Matthews foi daqueles que temos de anotar para acompanhar, pois ele com toda certeza pegou um roteiro completamente insano de Brian Duffield ("A Babá", "A Série Divergente: Insurgente") e transformou em realidade algo que não é totalmente palpável, como ver insetos em tamanhos monstruosos, atacando por fome as pessoas e tudo o que ver pela frente, numa Terra completamente destruída que virou uma selva imensa, e colônias humanas subterrâneas cheias de todo tipo de guerreiros a cozinheiros. Ou seja, é daquelas tramas que vamos vendo e curtindo a cada nova aparição, com a famosa jornada do herói embutida, cheias de nuances bem trabalhadas nas personalidades encontradas pelo caminho, sejam elas caninas, humanas ou robóticas, e principalmente na criatividade de fuga e luta com os bichões imensos. E dessa forma com muita criatividade, com muita ação, com uma desenvoltura bem preparada na medida para não ficar nem uma trama enrolada demais, nem um filme completamente maluco, o resultado final que acabamos vendo é imponente, gostoso, e principalmente, com piadas boas sem forçar a barra, divertindo na medida certa para não pesar a mão e agradar do começo ao fim. Além de ótimos desenhos e uma montagem precisa de movimentos para não exagerar também na computação gráfica, que claro sabemos que os monstrengos não são reais, mas que ficaram bem criativos, isso ficaram com certeza.
Sobre as atuações, depois de ficar afastado por muito tempo das produções por ter quase morrido na gravação de seu último filme, Dylan O'Brien volta com tudo como o protagonista Joel aqui, trabalhando trejeitos bem marcados, fazendo uma atuação dinâmica bem divertida, e claro fazendo o que mais gosta nos filmes: correr muito, pular e se meter em confusões, aqui no caso, gigantescas com monstros computacionais, e como ele sempre se dá bem com esse estilo, aqui meio que narrando e fazendo acontecer sua própria aventura ele cai muito bem no papel, e o acerto é preciso demais, e veremos se vai virar uma franquia, afinal ele também gosta muito de repetir papeis, ou seja, foi bem demais. Talvez sem maquiagem você não reconheça Michael Rooker, nosso querido Yondu do "Guardiões da Galáxia", e aqui com seu Clyde foi preciso nas falas, e praticamente fez um rápido treinamento com o protagonista, e com trejeitos ousados e uma imposição forte acabou chamando bastante atenção nas cenas que dividiu a tela com o jovem ator, ou seja, foi bem demais também. A jovem Ariana Greenblatt também está em todos os filmes, e depois de apenas uma rápida participação como a jovem Gamora nos "Vingadores: Guerra Infinita", vem cheia de banca com sua Minnow, dando ótimas cortadas nos diálogos do protagonista, e mostrando que não tem idade para aprender a se defender dos monstrões, e que com excelentes momentos poderia facilmente chamar a responsabilidade do longa para si e agradar bastante. Dentre os demais tivemos uma boa interação de Jessica Henwick com sua Aimee, principalmente nos momentos finais e nas cenas de lembranças do protagonista, mas nada que fosse extremamente surpreendente, e também Dan Ewing caiu muito bem na personalidade de seu Cap, que como já vimos diversos filmes do estilo, já estávamos preparados para o que o jovem iria fazer, e talvez um pouco mais de cenas dele faria com que chamasse mais atenção.
Visualmente o longa é incrível, pois temos ótimas colônias subterrâneas, cheias de detalhes, armas, cada cômodo pensado na pessoa que vive ali, diversos elementos cênicos bem representativos, e certamente aqueles que gostam de caçar símbolos perdidos vai encontrar algo ali, afinal o desenho cênico está perfeito, e isso não ocorre somente na colônia aonde o protagonista começa, pois ao chegar na colônia da namorada tudo também é riquíssimo de detalhes, ou seja, a equipe de arte trabalhou bastante para criar os ambientes pensados pelo roteirista, e claro saindo para a área externa tivemos uma floresta imensa, com cidades abandonadas, casas destruídas pelos bichos, vários objetos perdidos, e claro os monstros gigantes computacionais, mas muito bem desenvolvidos, que se espalhando por toda a parte chamaram bastante atenção tanto apenas andando, quanto nos momentos de ataques para cima do protagonista, além de figurinos destroçados em quase todos os personagens, e claro também não poderia esquecer do ônibus do cachorro Garoto, que foi uma graça só, com o bichinho extremamente bem treinado movimentando porta, deixando em esconderijos, e interagindo demais com tudo e todos, ou seja, perfeito também como um grande protagonista da trama (e detalhe, ele não foi computacional, sendo interpretado por dois cachorros verdadeiros!). Outro bom momento visual foi a cena do protagonista junto da robô Mav1s, numa cena emocionante, numa cabana abandonada, bem simbólica da destruição que tudo tomou, e juntando a isso o tom mais melancólico e escuro para contrapor todo o colorido meio que puxado para o sépia da fotografia de toda a aventura.
Claro que toda boa aventura tem de ter uma boa trilha sonora, e o filme está repleto de canções icônicas que envolvem demais do começo ao fim, valendo tanto pelas escolhas, como tudo o que as letras dizem e foram encaixadas nos devidos momentos para dar um ritmo perfeito para o longa, e claro que deixo o link da playlist para quem quiser ouvir depois elas.
Enfim, não diria que é um filme perfeito, pois os atos finais foram levemente corridos, e ali acaba acontecendo muita coisa importante que poderia ter sido diluída em mais tempo, mas é uma aventura tão gostosa de curtir, com bons efeitos (aliás o filme está concorrendo ao Oscar nessa categoria!), com uma história envolvente que não tenho como reclamar de quase nada, indicando de cara o filme para todos, pois tenho certeza que dificilmente não agradará alguém. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, torcendo claro por uma continuação do longa, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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