Sinceramente não sei qual era a ideia do roteirista Cory M. Miller quando entregou seu material para o diretor Michael Polish, pois certamente não era o resultado apresentado na tela, afinal vemos como disse no começo um amontoado de possibilidades que não leva nada a lugar algum, parecendo que falharam tanto nas montagens quanto na ideia completa, não conseguindo criar nenhuma tensão, nem desenvolver algo que empolgasse realmente, pois pelo nome dava para acreditar que veríamos um filme com um furacão destruindo tudo, pela sinopse esperávamos ver um grandioso assalto bem tramado, e pelos atores envolvidos achava que pelo menos teríamos boas interpretações de um roteiro bem moldado, mas nada disso ocorre, e acaba parecendo que a falha foi conjunta, com um estilo não preparado que certamente se fosse um diretor inexperiente até daria para acreditar nas falhas, mas com alguém que já fez outros longas, apenas imaginamos que não quiseram ir além.
Sobre as atuações, Emile Hirsch até tentou ter uma desenvoltura mais chamativa para seu Cardillo, mostrando inicialmente uma falta de vontade exagerada, mas conforme o filme teve um pouco mais de interação ele conseguiu se envolver um pouco, fazer algumas movimentações e brigas e agitar um pouco, mas nada que fosse muito além. Mel Gibson é quase um enfeite de segundo plano com seu Ray, e embora tenha várias conexões, sabendo em quais apartamentos entrar para pegar os elementos necessários como remédios e armas, ele parece se agitar demais em alguns momentos, mas sem que o diretor quisesse o usar, ou seja, ficou jogado na trama, e nem foi muito além também. Kate Bosworth trabalhou sua Troy até que bem como médica e também sabendo atirar bem, sendo usada até um pouco mais na trama (talvez por ser esposa do diretor e já ter feito outros quatro longas com ele desde que casaram em 2013!), e com isso acabou chamando um pouco mais de atenção. William Catlett foi bacana com seu Griffin, e de cara já sabíamos que ele tinha algum animal grande em casa pela quantidade de carne que estava comprando, e também que o animal seria usado para o fim do filme, mas poderiam ter dado um pouco mais de momentos para o ator chamar atenção também, pois ficou sentado quase o longa todo, e isso não vai muito além. E para finalizar David Zayas foi o vilão mais frouxo que já vi em um filme, ao ponto que tenta fazer algumas caras de malvado, tenta impressionar com conhecimento de arte, mas foi jogado na trama e não fez quase nada. Quanto aos demais, é melhor nem perder tempo, pois fizeram apenas caras e bocas e nada mais, tendo até o cachorrinho do começo do filme sendo mais chamativo.
Visualmente poderiam ter trabalhado muito mais, afinal está rolando um tremendo furacão (ou melhor uma tremenda chuva, afinal não vemos nada voando, e mesmo fazendo barulho de vento não voa nada de água para o rumo dos protagonistas que estão em corredores abertos, não tem um chão liso para escorregarem nem nada!), mas mostraram vários apartamentos, cada um decorado de um modo, com muitas armas, remédios e tudo mais que os protagonistas sabiam bem onde tinha, além claro de um dos personagens criar uma fera dentro de um apartamento, ou seja, algo muito bizarro. Outro ponto é todo o armamento dos assaltantes, e eles falhando em tudo, ou seja, uma trapalhada completa, além claro das cenas iniciais no banco serem bem bestas de ver.
Enfim, é um filme que até talvez tivesse algum potencial com as coisas mais arrumadas, com uma determinação mais carismática dos personagens, e até um pouco mais de ação por parte do furacão, mas como nada disso aconteceu chega a desanimar a maioria das cenas, e com o final decepcionante não dá para recomendar a trama não, então vamos ver o que as outras estreias da Netflix dessa semana vão entregar, pois começou mal. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais textos, então abraços e até logo mais.
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