segunda-feira, 12 de abril de 2021

Netflix - New Gods: Nezha Reborn (Xin Shen Bang: Ne Zha Chongsheng)

Estamos bem acostumados que animações geralmente são filmes bonitinhos, com cores alegres, texturas envolventes, e histórias calmas que remetem filosofias e interpretações para reflexões aonde nos emocionamos e rimos com tudo o que é passado, mas quem conhece um pouco das animações orientais sabe bem que lá a pancadaria come solta, com heróis de todos os tipos, vários tipos de lutas e muito misticismo envolvido para dar todas as nuances possíveis e imaginárias. E como ainda estamos com os cinemas fechados em muitas partes do planeta, o longa "New Gods: Nezha Reborn", que foi um estouro de bilheterias na China e no Japão no começo do ano estreou agora nas plataformas digitais do mundo todo, e provavelmente vai quebrar novos recordes, afinal o estilo tem muitos fãs espalhados por aí, e com uma proposta certeira, cheia de boas batalhas, e principalmente sendo um início de franquia (que nos créditos já nos mostra duas cenas dos próximos dois filmes de 2021 e 2022) vem para dominar uma faixa que hoje tem poucos exemplares, e que agrada por ser dinâmico, bem colocado e interessante de ser conferido. Ou seja, é daquelas animações que dá para curtir bastante seja você fã dos longas orientais ou não, pois é tudo bem trabalhado, temos bem explicado quem é quem, e como é o início de uma franquia, o longa tem um bom resultado, e certamente trará muito mais para frente com os demais.

A longa conta a história de um jovem entregador, Li Yunxiang, que leva uma vida satisfatória e gosta de corridas de motos em seu tempo livre. Mas quando o filho arrogante e rico do Chefe De (o Rei Dragão) o derrota, tira sua amada moto e até fere sua irmã órfã inocente, sua raiva profunda se transforma em uma explosão de Fogo da Verdade. A verdadeira identidade - Nezha, é revelada. Nezha, o Deus rebelde, violento e egocêntrico, dá poder a Yunxiang, mas o poder incontrolável recém-obtido traz novos danos para a família e amigos de Yunxiang. Enquanto isso, os velhos inimigos de Nezha também buscam vingança. Enfrentando a reviravolta do destino, Yunxiang tem que descobrir seu próprio caminho para se tornar um verdadeiro herói.

Como não conheço nada da mitologia dos livros chineses vi a trama sem grandes pretensões e acabei curtindo toda a ideia passada, torcendo para o protagonista, e conferindo as lutas de uma maneira bem divertida, ao ponto que o diretor Ji Zhao soube controlar bem toda a movimentação, fez uma dramatização cheia de técnicas e dinâmicas, e principalmente soube colocar a equipe artística para trabalhar bastante para que as texturas fossem bem realistas, ao ponto que até vemos todas as formas no estilo de desenho, mas conseguimos ver traços humanos, texturas de peles e cabelos, e muita ambientação técnica para que o filme tivesse uma interação boa, e principalmente que cada luta tivesse um significado bem montado em cima de toda a simbologia de dragões, deuses e tudo mais, ou seja, algo que quem for bem colocado dentro da trama vai até curtir um pouco mais, mas quem for leigo vai acompanhar e gostar também do que é entregue, afinal tudo é bem contado, e assim sendo vale a conferida.

Sobre os personagens, temos um Li Yunxiang que já tem uma personalidade nervosa, e que entrega bons ralis com sua moto potente, mas quando incorpora a personalidade completa de Nezha fica ainda mais imponente e descontrolado, ao ponto que vemos o jovem disposto a brigar por tudo, e acaba fazendo boas batalhas com todos os vilões. Entre os vilões vale o destaque claro para o Chefe De, que incorpora o Rei Dragão e com um visual totalmente imponente faz insanidades com os outros dragões que são seus presos, e também contra o protagonista. Das personalidades femininas temos a beleza e nuance de Kasha, e toda a doçura e envolvimento da médica Su, que vão dando boas conexões com o protagonista. Além desses ainda temos outros vilões bem marcados, e claro o Rei Macaco que treina o protagonista para suas batalhas, fazendo momentos divertidos de luta, e com ajuda de vários personagens pequeninos acaba trazendo a comicidade comum das animações.

Visualmente o longa é cheio de técnicas tanto tradicionais de animação 2D, como bons movimentos de câmeras tridimensionais, aonde temos bons efeitos, boas nuances dentro das brigas, e um realismo incrível em cima das texturas empregadas, ao ponto que vamos sendo bem inteirados de cores fortes, explosões, bombas, e muita personalidade dentro de cada ambiente que nos é mostrado, apresentando vários e diversos personagens, cada um com um tipo de poder e visual diferente, e que certamente foi animado com minúcias por uma tonelada de pessoas, ou seja, uma trama bem densa com um bom visual.

Enfim, é uma animação bem bacana, com boas lutas, com bons momentos, e que certamente irei esperar as continuações, afinal o estilo mostrado foi interessante, e que sem muitas enrolações foi direto ao ponto entregando intensidade e boas texturas, que é o que tanto peço em boas animações, e mesmo não sendo algo perfeito, acabo recomendando o longa para todos. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.


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